sexta-feira, 2 de maio de 2014

Hortifrutigranjeiros
Ação de combate a mosca de carambola

Reinaldo Coelho


O Amapá vem sofrendo com problemas de saúde sanitária, tanto em seu rebanho (gado bubalino) quanto na agricultura (frutas) o que vem causando dificuldades na exportação desses segmentos. A Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA/Mapa) e a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) firmaram parceria para intensificarem ações de educação sanitária nas embarcações fluviais que aportam nas áreas portuárias e do aeroporto do Estado.

De acordo com a chefa da Sanidade Vegetal da SFA/Mapa, essa intensificação da fiscalização está acontecendo pela parceria conveniada entre a Agencia estadual e a superintendência federal. "sensibilizar a população sobre o risco do transporte de frutos hospedeiros da mosca da carambola do Amapá para outras unidades da Federação. A praga ataca a fruticultura e ameaça as exportações brasileiras de frutas "in natura" caso chegue às grandes regiões produtoras do país".

Os estados do Amapá e Roraima estão entre os estados brasileiros que continuam no status sanitário  de alto risco para a disseminação da mosca da carambola. Por se tratar de regiões de fronteira, os Ministérios da Agricultura do Brasil, Suriname e Guiana Inglesa firmaram parceria para realizar ações especificas nas áreas de fronteira. 

Um dos primeiros passos foi capacitar os técnicos ingleses e surinameses. A ideia é que eles saibam quais são as técnicas utilizadas no Brasil para combater o inseto. Algumas propriedades de produção de frutas no Amapá serviram de laboratório para o treinamento.

Essas ações ocorrem em paralelo às medidas de controle da população da mosca já realizadas pelos órgãos federais e estaduais, envolvendo a pulverização, técnicas de aniquilamento dos machos da mosca em todo o Estado.

Segundo diretor-presidente da Diagro, Marco Antonio Silva e Sousa, a praga não traz riscos à saúde, o único prejuízo é financeiro e os países que compram do Brasil não aceitam frutos das regiões que tenham a mosca da carambola. "Estamos situados numa região de fronteira, próximo a países que não têm um sistema de defesa agropecuário fortalecido, portanto somos vulneráveis a essas pragas, mas trabalhamos para impedir a disseminação dessa praga no Brasil", ponderou.

No Amapá

Macapá, Santana e Oiapoque são municípios que concentram o foco da mosca da carambola. A praga é uma espécie de mosca das frutas e sua eliminação é o principal requisito fitossanitário imposto pelos países importadores de frutas brasileiras. Segundo diretor-presidente da Diagro, Marco Antônio Silva e Sousa, "Apesar de o Amapá não ser um Estado exportador, a produção local acaba tendo prejuízo na economia", 

Orientação
Além da orientação aos usuários das embarcações, os fiscais da Diagro e do Mapa fazem a distribuição de materiais educativos como panfletos, cartazes e folhetos sobre os programas desenvolvidos pela Agência no monitoramento e combate da mosca da carambola, que ataca mais de 100 espécies de fruteiras.

Combate local
Foi promovido durante o mês de abril uma campanha em conjunto para combater a proliferação da mosca da carambola no estado. Técnicos da Diagro que trabalham em campo vão fazer o monitoramento das armadilhas para capturar as moscas da carambola. Selecionadas e separadas as moscas serão enviadas ao Ministério da Agricultura em Brasília, onde passarão por análises em laboratório.
Este ano a base da campanha foi em Santana, onde há um grande fluxo de passageiros que transportam os frutos onde a mosca costuma se hospedar.

Inicio 
Os primeiros casos da praga foram registrados há 18 anos em Oiapoque. Depois a mosca se espalhou para os demais municípios do estado. A coordenadora do núcleo de Saúde Sanitária da superintendência, Eliane Queiroz, informa que a migração das moscas da carambola prejudica diretamente a economia porque o país exporta as frutas em que a praga costuma se abrigar.


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