quinta-feira, 31 de julho de 2014

Cultura





O registro fotográfico dos acervos arqueológicos do Amapá



Reinaldo Coelho

Fotos antigas de um sítio arqueológico ou histórico comparado com fotos atuais podem permitir questionamentos como o que existia e o que não existe mais? 


Sim, além de contribuir para criar um cervo fotográfico do patrimônio arqueológico local e para a preservação e promoção do patrimônio arqueológico como em qualquer área rupestres do mundo, além de que, atividades específicas como o trabalho com as fotografias, (re) uni a Pré-história à História, na medida de que o homem busca registrar, gravar sua passagem quer através dos grafismos representados nas rochas ou por meio, das mais modernas lentes e máquinas fotográficas, disponíveis no mercado para registros do homem contemporâneo.

Em busca desse aprendizado foi que no ultimo fim de semana, o Fotoclube Fotógrafos Anônimos em parceria com o Núcleo de Pesquisas Arqueológicas do Iepa realizou uma excursão para o exercício fotográfico de objetos e artefatos históricos. Os participantes da atividade tiveram acesso ao acervo arqueológico do IEPA com direito à visita guiada, portanto, além de exercitarem a prática fotográfica de cunho antropológico, poderiam refletir coletivamente acerca dos materiais e sítios arqueológicos do estado do Amapá e seus criadores.

O grupo foi heterogêneo na sua formação com níveis variados de interesse, que utilizaram suas experiências fotográficas e a observação para realizarem uma experiência impar que é a captura da historia através das lentes de suas máquinas fotográficas. Transformando em imagem a historia milenar das peças arqueológica catalogadas no Museu Sacaca.
Os fotógrafos presentes receberam orientações do expert fotográfico  Maksuel Martins e da arqueóloga do IEPA e mediadora da visita, Mara Rosa. Assim iniciava o momento de integração real entre o grupo que interagiu ricamente entre um click e outro trocando dicas, orientações técnicas de manuseio das máquinas, iluminação, enquadramento, etc. O grande barato de se exercitar a prática fotográfica coletiva é o auxílio e intercâmbio que acaba brotando naturalmente entre os envolvidos na ação. 

O interesse dos participantes na excursão inédita foi tanta que teve parcerias voluntarias dos participantes em dividir equipamentos, caso de Edinei Campos, fotógrafo de tradição local e proprietário do Foto Imagem, levou tripés e fundo preto para ajudar no controle do reflexo da luz, o que contribuiu muito para os efeitos visuais adquiridos nas fotos, assim como os refletores cedidos pelo Foto Nunes.
 Na finalização da tarde os fotógrafos exercitaram click's à luz de velas, o que ressaltou o aspecto tenro e a força mágica que sobressai dos objetos arqueológicos. Confira algumas das belíssimas fotos produzidas pelos participantes:.








Fotógrafos anônimos

Surgiu em Macapá no ano de 2011, quando um grupo de pessoas interessadas em fotografia resolveu se reunir sistematicamente para discutir, pesquisar e exercitar a prática fotográfica de forma coletiva. Dentre esse pequeno grupo, formado após a realização do III Colóquio Amapaense de Fotografia, estavam estudantes, fotógrafos profissionais, amadores, curiosos e pessoas interessadas em saber um pouco mais sobre o universo fotográfico.
De 2011 para cá os Fotógrafos Anônimos já realizaram mais de 50 encontros voltados para a formação e interação entre os diversos agentes da fotografia no estado. Oficinas, cursos, exposições, palestras, maratonas e excursões fotográficas são algumas das principais atividades desenvolvidas pelo fotoclube que deu seus primeiros passos no Museu da Imagem e do Som do Amapá.

Atualmente o fotoclube segue suas atividades no Espaço Caos de Arte e Cultura, promovendo e fortalecendo a arte fotográfica, contribuindo para que sua linguagem e desdobramentos estejam cada vez mais acessível a todos.

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