O registro fotográfico
dos acervos arqueológicos do Amapá
Reinaldo Coelho
Fotos antigas de um sítio arqueológico ou histórico comparado
com fotos atuais podem permitir questionamentos como o que existia e o que não
existe mais?
Sim, além de contribuir para criar um cervo fotográfico do
patrimônio arqueológico local e para a preservação e promoção do patrimônio
arqueológico como em qualquer área rupestres do mundo, além de que, atividades
específicas como o trabalho com as fotografias, (re) uni a Pré-história à
História, na medida de que o homem busca registrar, gravar sua passagem quer
através dos grafismos representados nas rochas ou por meio, das mais modernas
lentes e máquinas fotográficas, disponíveis no mercado para registros do homem
contemporâneo.
Em busca desse aprendizado foi que no ultimo fim de semana, o
Fotoclube Fotógrafos Anônimos em parceria com o Núcleo de Pesquisas
Arqueológicas do Iepa realizou uma excursão para o exercício fotográfico de
objetos e artefatos históricos. Os participantes da atividade tiveram acesso ao
acervo arqueológico do IEPA com direito à visita guiada, portanto, além de
exercitarem a prática fotográfica de cunho antropológico, poderiam refletir
coletivamente acerca dos materiais e sítios arqueológicos do estado do Amapá e
seus criadores.
O grupo foi heterogêneo na sua formação com níveis variados
de interesse, que utilizaram suas experiências fotográficas e a observação para
realizarem uma experiência impar que é a captura da historia através das lentes
de suas máquinas fotográficas. Transformando em imagem a historia milenar das
peças arqueológica catalogadas no Museu Sacaca.
Os fotógrafos presentes receberam orientações do expert
fotográfico Maksuel Martins e da arqueóloga do IEPA e mediadora da
visita, Mara Rosa. Assim
iniciava o momento de integração real entre o grupo que interagiu ricamente
entre um click e outro trocando dicas, orientações técnicas de manuseio das
máquinas, iluminação, enquadramento, etc. O grande barato de se exercitar a
prática fotográfica coletiva é o auxílio e intercâmbio que acaba brotando
naturalmente entre os envolvidos na ação.
O interesse dos participantes na excursão inédita foi tanta
que teve parcerias voluntarias dos participantes em dividir equipamentos, caso
de Edinei Campos, fotógrafo de tradição local e proprietário do Foto Imagem,
levou tripés e fundo preto para ajudar no controle do reflexo da luz, o que
contribuiu muito para os efeitos visuais adquiridos nas fotos, assim como os
refletores cedidos pelo Foto Nunes.
Na finalização da tarde os fotógrafos exercitaram click's à luz de velas,
o que ressaltou o aspecto tenro e a força mágica que sobressai dos objetos
arqueológicos. Confira algumas das belíssimas fotos produzidas pelos
participantes:.
Fotógrafos
anônimos
Surgiu em Macapá no ano de 2011, quando um grupo de pessoas
interessadas em fotografia resolveu se reunir sistematicamente para discutir,
pesquisar e exercitar a prática fotográfica de forma coletiva. Dentre esse
pequeno grupo, formado após a realização do III Colóquio Amapaense de
Fotografia, estavam estudantes, fotógrafos profissionais, amadores, curiosos e
pessoas interessadas em saber um pouco mais sobre o universo fotográfico.
De 2011 para cá os Fotógrafos Anônimos já realizaram mais de
50 encontros voltados para a formação e interação entre os diversos agentes da
fotografia no estado. Oficinas, cursos, exposições, palestras, maratonas e
excursões fotográficas são algumas das principais atividades desenvolvidas pelo
fotoclube que deu seus primeiros passos no Museu da Imagem e do Som do Amapá.
Atualmente o fotoclube segue suas atividades no Espaço Caos
de Arte e Cultura, promovendo e fortalecendo a arte fotográfica, contribuindo
para que sua linguagem e desdobramentos estejam cada vez mais acessível a
todos.
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