Efetividade reduz número de reincidência de
adolescentes em prática de atos infracionais
O número
de adolescentes reincidentes em práticas de atos infracionais caiu em 90% nos
últimos dois anos, quando da transformação de Vara da Infância e Juventude em
Juizado da Infância e Juventude de Macapá, com atuação em três unidades
judiciárias distintas e competências diferenciadas: Área de Atos Infracionais;
Área Cível e Administrativa; e Área de Execução de Medidas Socioeducativa e
Políticas Públicas.
No que se
refere à área de atos infracionais, a expressiva queda é reflexo da atuação
efetiva da juíza Gelcinete da Rocha, responsável por apurar e julgar condutas
de adolescentes, identificadas com as de crimes previstos na lei penal, dentre
elas: lesão corporal, homicídio, furto, roubo, e outros.
O volume
considerado de processos, até a transformação em Juizado era fator que levava
os adolescentes, muitas vezes, ficar mais tempo ou ser liberado no prazo de 45
dias, tempo previsto de permanência do menor, em cumprimento de medida
cautelar, no Núcleo de Internação Provisória, vez que a instrução processual
não se concluía ao devido tempo.
Diante
dessa situação, “muitos eram liberados e retornavam à vida de delinquência,
crendo que já estavam isentos de punição. Nesse entendimento, saiam praticando
outros atos infracionais, sem contudo, responderem pelo ato praticado
anteriormente, mas o processo continuava em franco andamento. A reincidência
era o caminho natural, com o consequente agravamento da medida socioeducativa”,
explica a juíza.
Com a
adoção de medidas urgentes, onde se incluem os mutirões periódicos e maior
celeridade nos julgamentos, com pautas em média de 15 audiências diárias,
avançou-se no efetivo exercício jurisdicional. Ao tomar essa iniciativa, a
magistrada deu celeridade no andamento dos processos; uma resposta à sociedade;
e consequente mudança no comportamento do adolescente infrator, porque entendeu
que a cada ato infracional cometido, mais severa será a medida socioeducativa,
logo tende a repensar sua atitude.
Atualmente,
tramitam no Juízo de Atos Infracionais pouco mais de 1400 processos. Para a
juíza Gelcinete da Rocha é um número adequado para a demanda da Unidade. “Todos
os casos de repercussão social praticados por adolescentes, em que a sociedade
cobra maior eficiência da Justiça, estamos conseguindo dar uma resposta no
decurso da custódia. No prazo de 45 dias cumprimos todos os atos com a sentença
cabível. Isso é motivo de satisfação porque o empenho é de todos”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário