sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

ANÁLISE

ADRIMAURO GEMAQUE


Estamos indo de mal a pior!


         A queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, que foi mostrada pela pesquisa do Datafolha reflete bem o reflexo das medidas que vem implementando no incio do seu segundo mandato, como também o estelionato eleitoral que praticou contra o povo brasileiro. Olhando por qualquer ângulo a pesquisa divulgada no último final de semana é péssima para a presidente. Pois, mostra uma queda vertiginosa de popularidade de 42% de bom e ótimo em outubro para 23% em fevereiro. A pesquisa aponta um conjunto de números desfavoráveis ao governo, e uma percepção negativa do futuro: 55% acham que a situação econômica do país vai piorar.

         O que estamos vendo agora, é a presidente Dilma pagar o preço de ter vendido na campanha eleitoral um país de ficção, que ficou sem roupa antes mesmo da posse. As medidas adotadas nos primeiros dias do segundo mandato, combinadas com as novas descobertas da Operação Lava-Jato, fizeram o índice de reprovação (soma de ruim e péssimo) saltar de 24% para 44%.
Ora, estamos vendo também a elevação dos juros e tarifas, num cenário de inflação acima da meta, e botar freio no seguro-desemprego tem motivos objetivos para considerá-la falsa, não é?

         O Nordeste nunca havia lhe dado menos de 41% de “ótimo e bom”; agora, caiu para 29%; também nunca lhe havia atribuído mais de 21% de ruim e péssimo; agora, esse índice chegou a 36%. Entre os que recebem até dois mínimos, o auge do “ruim e péssimo” da presidente havia se verificado em julho do ano passado: 23%; agora, são 36%. Nesse grupo, a categoria “ótimo e bom” nunca havia sido inferior a 38%; agora, está em apenas 27%. O mesmo se verifica com os que recebem entre dois e cinco mínimos: o máximo atingido de “ruim/péssimo” era 30%; agora, está em 46%. O menor índice de ótimo/bom era 29%; hoje, 21%. Em suma, a adesão dos pobres e dos nordestinos ao governo Dilma despencou. Essas sempre foram suas fortalezas.(Datafolha, 09/02/2015).

         Essa relação entre aprovação e rejeição é a pedra no sapato da presidente: os que consideram o governo ruim ou péssimo representam quase o dobro dos que o avaliam como bom ou ótimo. Para um terço dos entrevistados, o governo é regular.

         Era previsível que a popularidade baixasse com as medidas duras que estão sendo adotadas para devolver o equilíbrio às contas públicas, mas a crise na Petrobras, segundos especialistas empurrou os índices para além das previsões, abaixo até do que parecia ser o fundo do poço, que foram os protestos de junho de 2013. A Petrobras arrastou a imagem da presidente para o pântano da desconfiança: 77% dos 4 mil entrevistados pelo Datafolha dizem que ela tinha conhecimento do esquema de corrupção na estatal.

         Para 52%, dos entrevistados ela sabia dos desvios e permitiu que continuassem. Seis em cada 10 entrevistados acham que Dilma mentiu na campanha. Os números mais críticos são os da expectativa dos brasileiros: 81% acham que a inflação vai aumentar e 62% acreditam que o desemprego crescerá, daí a percepção de 50% de que a situação econômica vai piorar. Portanto, estamos indo de mal a pior.



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