Juizado da Infância realiza primeira
inspeção do ano nos centros de internação de Macapá
O Juizado da Infância e da Juventude da Comarca de
Macapá - Área de Políticas Públicas e Execução de Medidas Socioeducativas-
realizou a primeira fiscalização do ano nos Centros de internação CIP, CIFEM e
Semiaberto.
As inspeções nos Centros acontecem durante todo o
ano, em cumprimento à determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Ao
final da inspeção o Juizado elabora um relatório com o diagnóstico situacional,
para que as autoridades e entidades competentes fiquem cientes das
problemáticas vivenciadas pela instituição com a missão de solucioná-las.
A fiscalização no Centro de Internação Provisória
constatou que a equipe interprofissional mantém-se insuficiente em algumas
áreas, tais como: psicologia, arte-educação e há somente 01 sociólogo. O CIP
dispõe da capacidade para atendimento em regime de custódia provisória de 40
adolescentes, subdivididos em 20 alojamentos.
No decorrer da inspeção do juizado foi
contabilizada a permanência de 40 adolescentes que constitui adequação à
capacidade. Porém, 06 alojamentos permaneciam desativados em decorrência,
principalmente, de depredações realizadas pelos próprios jovens.
O pior caso foi encontrado na inspeção do centro de
semiliberdade, no que diz respeito às providências para reparação dos danos
materiais causados ao prédio da unidade. Foi observado que ainda não foi tomada
nenhuma providência, permanecendo assim sem condições de receber nenhum
socioeducando.
Na ocasião a juíza Ilana Kabacznik Luongo visitou
os alojamentos onde os internos estão acomodados. Em seguida, a magistrada
conversou com os gerentes das unidades e alguns técnicos para tomar
conhecimento das medidas adotadas após as notificações realizadas pelo juizado
nas últimas inspeções.
Segundo a magistrada poucas foram as melhorias
realizadas dentro das instituições. Somente no Centro de Internação Feminina
houve alguns avanços.
“Acredito que a única melhoria que a gente pôde
observar foi no CIFEM onde houve a construção de uma sala de atendimento e a
melhoria dos alojamentos. Se percebeu também o comprometimento da equipe com a
única adolescente internada. Agora os outros continuam com os mesmos
problemas”.
Um relatório será elaborado diante dos fatos
verificados solicitando algumas providências, entre elas: dar ciência do
relatório enviando cópia aos órgãos da Justiça que cuidam da proteção dos
adolescentes, entre eles: Governador do Estado do Amapá, Secretaria de
Infraestrutura, Secretaria de Estado da Inclusão, Mobilização Social e
Secretaria Extraordinária de Políticas para a Juventude, bem como para o
Representante do Ministério Público do Estado do Amapá.
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