MACAPÁ E SANTANA: MOLDURA DO MESMO RETRATO
Rodolfo Juarez
As
populações dos municípios de Macapá e Santana não estão em nada satisfeitas com
o desempenho dos respectivos prefeitos.
Os
recentes problemas iniciados com as chuvas e a demora nas soluções, que
deveriam vir das prefeituras, estão deixando aqueles gestores completamente
desacreditados.
São
reclamações de toda ordem e as redes sociais e a televisão exibem cenários que
demonstram, cabalmente, o tamanho do pouco caso ou desconhecimento da cidade,
que os gestores e seus auxiliares têm.
Mesmo
assim não se acanham em apresentar para a população cobranças com valores
desafiantes de impostos e taxas, para que sejam pagas sem qualquer demonstração
de que esses acréscimos estavam, realmente, impedindo que a situação atual da
cidade seja melhorada.
Macapá
e Santana estão iguais no desleixo!
Pode
até ser que uma esteja um pouco pior que a outra, mas as duas estão muito
abaixo de ser o modelo de local que os habitantes dessas duas cidades
escolheram para morar.
A
impressão que é passada para todos é de que estamos "na casa do sem
jeito", que não adianta reclamara que nada muda e nada melhora, muito
embora, quando questionados, os gestores mostrem planos e projetos que já se
tornaram sem crédito devido às repetidas falhas que são percebidas pela
população.
E
o problema não está apenas nas vias esburacadas, enlameadas e sem condições de
ser usada pela população, mesmo os que se utilizam de caminhões e camionetes
não conseguem deixar a irritação de lado.
Se
quiser observar as dificuldades da população basta dar um "passeio"
pelas atividades que são confiadas ao setor público municipal e gerenciadas pelos
gestores dos dois municípios.
Na
saúde, os prédios onde deveriam estar os serviços de saúde, alguns deles já
aderiram aos feriados prolongados, às folgas dos profissionais ou mesmo à
compensação de horário por falta deles.
Enquanto
isso a dengue, a malária e outras enfermidades já dominadas em outras partes,
continuam massacrando boa parte da população e deixando dúvidas quanto à
capacidade dos agentes públicos municipais darem conta da tarefa que disseram,
voluntariamente, que dariam.
Na
educação, nem mesmo evitar que os alunos, principal objetivo de todo o sistema
municipal de ensino, estejam sujeitos às greves consegue. São conversas mal
terminadas com os professores, locais mal preparados para os alunos e uma
incerteza que paira sobre a cabeça dos pais desde o primeiro momento que
matricula o filho na escola do município.
Os
primeiros questionamentos são inconscientes e muito importantes: Será que fiz a
coisa certa? Será que haverá mesmo aula nesta escola? Será que não haverá greve
este ano?
Não
há confiança, não há certeza de que as questões de interesse da população sejam
resolvidas.
Enquanto
isso as reuniões intermináveis e que não decidem nada são realizadas nas salas
refrigeradas dos prédios sedes das duas prefeituras, onde prefeito, auxiliares
diretos e vereadores riem, bebem café, tomam água e, ao som do aplauso final
vão satisfeitos para os seus gabinetes individuais com a certeza de que nada do
que acertaram será feito.
O
mesmo procedimento acontece na frente de obras (frente sem frente) e serviços,
na ação social, nas mirabolantes propostas de planejamento que são levadas
depois que o ano começa e não tem mais jeito para implantação.
Enquanto
isso eles, os dirigentes públicos dos dois municípios, escancaradamente já
transformam as respectivas prefeituras em comitês políticos, onde conversam as
questões que poderão levar à reeleição, mas uma vez enganando o povo ou,
simplesmente cooptando os prováveis adversários.
É
provável, também, que pensem que a população está ai, mas não é hora de
investir na melhora da qualidade de vida que já está bastante sacrificada.
Entendem mesmo que a hora é a da eleição e pronto!
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