AS DESCULPAS ESTÃO DESATUALIZADAS
Rodolfo
Juarez
Já começam a ficarem expostas as fissuras que
foram causadas na Administração Estadual e que resultaram em situações que
estão exigindo tempo e criatividade para serem resolvidos.
Também já se observa que há na equipe de
governo alguns pontos que não estão correspondendo com as exigências do cargo.
Pontos que estão fragilizando a gestão e dificultando o entendimento da
população com relação à falta de resultados, principalmente aqueles desejados
para o primeiro trimestre.
Há um misto de frustração e confiança na
população que, por maioria esmagadora elegeu o governador Waldez para exercer o
seu terceiro mandato como governador do Amapá, acreditando que a experiência
adquirida nos outros dois poderia fazer desse terceiro um dos melhores já
exercidos por todos os governadores.
O que se observa é que há um empenho muito
grande de alguns auxiliares diretos, estes procurando saídas para cada um dos
problemas, enquanto outros, não dão sinal de que estão dispostos a enfrentarem,
com a mesma determinação, os problemas que são inerentes ao setor que aceitaram
dirigir.
A Assembleia Legislativa tem colaborado com a
gestão, não colocando obstáculo nos projetos de leis que são mandados para
serem apreciados pelos deputados. O empenho do deputado escolhido para ser
líder do governo na Casa Legislativa tem correspondido à expetativa do Palácio
do Setentrião.
Com os demais órgãos do Estado tem-se
observado a construção de uma linha de atuação eficiente e que possa superar
todas as eventuais cicatrizes que possam ter sido causadas em ações passadas.
Mesmo assim o Estado não anda. Ou melhor,
anda muito devagar e muito mais pelo esforço do governador que tem se empenhado
para ser, antes de tudo, um ordenador de trabalho, um orientador serviço, mas
que não tem conseguido ser entendido pelos seus auxiliares que continuam
imaginando que, no momento que quiserem tudo vem para os eixos.
A situação está sobrecarregando alguns
agentes da administração, principalmente aqueles que estão querendo resolver
todos os problemas, enquanto que os outros, que ainda representam a maioria,
pouco se importam com os resultados que devem ser perseguidos e se contentam em
esperar.
O Estado precisa que os seus gestores, todos
eles, sejam criativos, saibam se mexer durante os momentos de dificuldade e,
não fiquem esperando o tempo melhorar, pois, são eles mesmos que precisam mudar
de atitude e, com isso, mudar a forma de encarar os problemas.
A sociedade precisa que o Governo assuma o
papel de comando do Estado, mostrando para os outros Órgãos, do próprio Estado,
que precisam estabelecer a sintonia e que sem essa sintonia, as dificuldades
não serão superadas e, que o tempo de cabo-de-guerra precisa acabar.
Os secretários e dirigentes de órgãos que já
receberam – sem atraso, quatro meses de salário, e que ainda não iniciaram os
trabalhos de suas responsabilidades, entendem que essa situação prejudicará
toda a administração que é uma corrente tão forte como o seu elo mais fraco.
As desculpas possíveis já estão
desatualizadas e são poucos os que ainda acreditam que as dificuldades são por
causa de administradores anteriores. O momento é de trabalho, muito trabalho,
para que a população acredite nas medidas e tenha paciência suficiente para
esperar os resultados prometidos.
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