Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Na ilha de Creta havia um quadro da Virgem Maria
muito venerado devido aos estupendos milagres que operava. Certo dia, porém, um
rico negociante, pensando no bom preço que poderia obter por ele, roubou-o e
levou-o para Roma.
Durante a travessia do Mediterrâneo, o navio que
transportava a preciosa carga foi atingido por terrível tempestade, que
ameaçava submergi-lo. Os tripulantes, sem saber da presença do quadro,
recorreram a Virgem Maria. Logo a tormenta amainou, permitindo que a embarcação
ancorasse, sendo salva num porto italiano.
Algum tempo depois, o ladrão faleceu e a Santíssima
Virgem apareceu a uma menina, filha da mulher que guardava a pintura em sua
casa, avisando que a imagem de Santa Maria do Perpétuo Socorro deveria ser
colocada numa igreja.
O milagroso quadro foi então solenemente entronizado na capela de São Mateus, em Roma, no ano de 1499, e aí permaneceu recebendo a homenagem dos fiéis durante três séculos, até que o templo foi criminosamente destruído. Os religiosos se dispersaram e a santa caiu no esquecimento.
Finalmente, em 1866, a milagrosa efígie foi
conduzida triunfalmente ao seu atual santuário por ordem do Santo Padre, que
recomendou aos filhos de Santo Afonso de Ligório: – “Fazei que todo o mundo conheça o Perpétuo Socorro”.
A devoção ao ícone de Nossa Senhora
O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
constitui um admirável ícone oriental. Com termos de origem grega (‘eikón’),
que significa imagem, pintura ou quadro. Trata-se de uma pintura sagrada, feita
em madeira, segundo técnicas e tradições seculares. Os ícones podem representar
Jesus Cristo, a Virgem Maria, os Anjos ou os Santos. Obedecem a normas bem
precisas sob o ponto de vista artístico e teológico.
Possuem como fundamento a encarnação do Verbo de
Deus. A encarnação é o mistério cristão básico no qual a Igreja reconhece que a
Segunda Pessoa da Santíssima Trindade se fez homem no seio da Virgem Santíssima
por obra do Espírito Santo (Mt 1, 18-25;Lc 1, 26-38). Encarnando-se, o Filho de
Deus tornou-se visível (Jô 1, 1-17; 6, 1-6). O ícone procura representar esse
Deus divino e humano.
O ícone é uma espécie de sacramental, um sinal da
graça, um auxílio para a vida espiritual dos cristãos. Assim como Jesus Cristo,
Aquele que assume a história humana e torna-se a revelação concreta da Palavra
de Deus, é a imagem de Deus invisível (Cl 1, 15; Heb 1,3), o ícone é a imagem
artística e religiosa do Transcendente e Invisível, levando à oração e à
meditação aqueles que o contemplam. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
celebra-se no dia 27 de junho.
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