IAPEN
GEA anuncia retomada de obras
Da
Editoria
As
fugas e a superlotação do sistema carcerário amapaense se depender de obras
estruturantes será amenizadas. O governo estadual anunciou que na segunda
quinzena de agosto deverão ser retomadas as que devem dificultar esses
problemas.
Dois de
quatro projetos estruturantes para ampliação e reforma do Instituto de
Administração Penitenciária (Iapen) já tiveram pareceres jurídicos favoráveis
da Procuradoria Geral do Estado para continuidade dos contratos.
A
notícia foi confirmada pela Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública
(Sejusp) na terça-feira (14), durante uma inspeção técnica organizada pela
Promotoria de Execuções Penais do Ministério Público Estadual (MPE), que
fiscaliza as obras há dois anos, desde que elas foram paralisadas.
A
previsão é que estas obras reiniciem na segunda quinzena do mês de agosto. Os
empreendimentos são a reforma de todos os pavilhões provisórios e fechados e a
conclusão de uma penitenciária de segurança máxima dentro da área do instituto.
Juntos, os dois projetos representam um investimento de aproximadamente R$ 7,7
milhões, recurso que é composto por R$ 1,1 milhão em contrapartida garantida
pelo Estado.
"Tratam-se de obras com emprego de
recursos da União, controlados pela Caixa Econômica Federal, com contrapartidas
do Estado. Elas resolverão os problemas da superlotação e reduzirão as chances
de fugas. Estamos retomando obras que foram paralisadas por motivos que vão
desde a falta de pagamento da gestão passada até a falta de regularidade fiscal
das empresas", informou Gastão Calandrini, da Sejusp.
O presídio de segurança máxima já está 60% edificado.
Projetada para dificultar o resgate de internos através de invasões criminosas
e evitar fugas através de escavações ou escaladas de muro, por exemplo, a nova
estrutura tem orçamento de R$ 4,7 milhões e terá capacidade para abrigar 196
condenados de alta periculosidade. O aditivo de contrato para a conclusão deste
empreendimento deve ser assinado até o fim deste mês. A estrutura está sendo
construída numa área entre as cadeias masculina e feminina do Iapen.
Já a reforma dos pavilhões masculinos tem
contrapartida de R$ 525 mil e recurso federal de R$ 2,5 milhões. Além de impor
mais dificuldades às fugas, ela vai possibilitar acomodações com padrões
exigidos na defesa dos Direitos Humanos.
Aumento da capacidade
Quando estiverem concluídas, as
construções dos três novos pavilhões e da penitenciária de segurança máxima vão
aumentar em 61,25% a capacidade do sistema carcerário, que passará a comportar
2.580 vagas para pessoas presas. Atualmente, segundo a direção do Iapen, o
principal presídio do Estado abriga uma média semanal – pois este número oscila
quase que diariamente – de 2.600 detentos, entre provisórios (que ainda não
foram julgados) e condenados.
A edificação de três grandes pavilhões
dentro da área do "cadeião" – destinada a presos sentenciados – foi
planejada para encarcerar 588 pessoas. A obra tem orçamento de R$ 1,9 milhão.
No total, estas duas novas estruturas somam celas que comportam 980 presos.
"No momento não podemos dar ainda um
diagnóstico oficial de melhorias, mas é notório o empenho da Secretaria de
Segurança em melhorar as condições da população carcerária", avaliou a
promotora de Justiça Maria do Socorro Pelaes, durante a inspeção.
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