Dança pode ajudar mulheres no
tratamento de câncer: IJOMA aplica essa técnica
Segundo
pesquisa realizada pelo Laboratório de Bioética do Hospital de Clínicas de
Porto Alegre a dança interfere na qualidade de vida de pessoas com câncer, que
estão em tratamento, que já adquiriram a doença ou que pretendem preveni-la.
O
Instituto do Câncer Joel Magalhães (IJOMA) iniciou neste sábado (15), projeto
de dança intitulado – “Dançar ajuda a Viver”, desenvolvido por Luiz Fábio, graduado
em educação física e pós-graduado em educação especial.
“É
importante realizar exercícios físicos para melhorar todo o sistema corporal,
em especial o organismo. Por conhecer o trabalho do IJOMA, resolvi criar esse
projeto para ajudar os pacientes da entidade, além de oferecer maior qualidade
de vida a eles”, disse Luiz.
As
aulas são ministradas todos os sábados pela manhã, de forma voluntária pelo
professor, que atende pacientes oncológicos em tratamento e pessoas que
procuram realizar atividades físicas para prevenir a doença.
As
ações iniciam com exercícios de alongamento seguido de práticas anaeróbicas e
começam a esquentar com aeróbicas, fazendo com que os alunos possam movimentar
todo o corpo.
Segundo
Luiz, com cinquenta minutos de aula, uma pessoa queima aproximadamente mil
calorias além de combater muitas doenças, inclusive o câncer.
“As
atividades físicas iniciaram ligadas diretamente à saúde, na Grécia Antiga. Com
o passar do tempo, invadiu a área da educação, quando ficou conhecida como
educação física. Hoje, o profissional é conhecido como educador físico, que
atende ambas as áreas. No entanto é mais ligada a saúde”, afirma.
O
instituto IJOMA seguindo essas boas práticas, em outubro, na campanha Outubro
Rosa, irá desenvolver em sua programação as quartas rosas, que serão realizadas
todas as quartas-feiras do mês com atividades voltadas ao esporte e exercícios
físicos orientados por profissionais, que irão incentivar as pessoas a
praticarem esse método de prevenção.
Em
Porto Alegre
Na
cidade porto-alegrense quem desenvolveu um programa de dança chamado OncoDance
foi Cristina Soares Melnik. Graduada em Psicologia e especialista em dança, a
professora descobriu que mulheres poderiam ter a percepção da dor diminuída com
a ajuda de movimentos corporais, o que poderia resgatar o bem-estar durante e
após os tratamentos.
O
câncer e as formas de tratar estão relacionados a muitas perdas, como a do
cabelo, que prejudica a autoestima. Por meio da dança, é possível resgatar a
confiança e a qualidade de vida das mulheres, afirma a psicóloga.
Em
16 de outubro de 2014, Cristina orientou, no Teatro Hebraica, a primeira aula
da oficina gratuita para mulheres que já tiveram ou têm câncer. As aulas
voluntárias, ministradas em espaços cedidos, foram divulgadas em jornais e no
Facebook e, no mesmo mês em que a iniciativa foi idealizada, os primeiros
convites para participar de eventos e mostras de dança começaram a surgir.
A
história do OncoDance serviu de exemplo para que superação fosse o tema
representado pelas mulheres por meio de passos na Mostra de Dança Dançando
Sentimentos. Ainda em 2014, o grupo ganhou o ‘Prêmio Açorianos de Dança’, em
categoria destaque.
Esse
trabalho traz um novo olhar sobre a doença, por parte das pacientes e também
das famílias e de amigos, que têm a oportunidade de assisti-las nas
apresentações, explica Cristina.
Como
participar das aulas no IJOMA
Para
participar das aulas ministradas no IJOMA, basta realizar a inscrição na sede
da entidade, na Av. Dr. Silas Salgado, 3586, Bairro Alvorada, no horário da
manhã, durante toda semana.
Com
informações do ZH Portal
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