Desperdício COM
IMPROVISOS, CLÉCIO JOGA DINHEIRO FORA.
Reinaldo Coelho
De improviso em improviso Macapá vem ganhando situações que apenas se
complicarão no futuro e, como exemplo, temos a Feira do Caranguejo e do Camarão que funciona de maneira improvisada no
entorno dos tapumes da obra do shopping popular (paralisada) que, aliás, virou
um excelente criadouro para o mosquito aedes aegypit.
E aproveitando-se do ano eleitoral, o prefeito de Macapá, Clécio Luís
(sem partido), resolveu realizar uma maquiagem imperfeita, com material de
segunda, esteticamente horrível e que não atende as necessidades dos feirantes,
pois os “boxes” em madeira são tão pequenos que mal recebem um paneiro de
camarão.
A estrutura dos 40 boxes, que está sendo construída pela prefeitura da
capital, é provisória e de madeira, e o local insalubre, sem condições
higiênicas. Por certo terá pouco tempo de garantia e vai custar aos cofres
públicos mais de R$ 110 mil, sem falar que o prefeito vem alegando falta de
recursos nos cofres do município.
Este jogo cênico e de improvisos, espertamente
arquitetado pela equipe do prefeito de Macapá, Clécio Luís, que está
pressionado por iniciar o último ano de seu mandato com apenas 7,5% das
promessas de campanha cumpridas, passou a adotar o improviso como forma de
melhorar o índice de execução dos compromissos firmados na campanha e conseguir
uma improvável e quase impossível reeleição.
Vereador denuncia
Para o vereador Auciney Maciel (PTB) que usou sua página em rede social
para denunciar que o prefeito de Macapá, o sem partido Clécio Luís, declarou
que em vez de iniciar a construção do shopping popular está construindo uma
estrutura temporária na Feira do Caranguejo no centro comercial da capital. O
parlamentar disse que falta mais visão por parte dp executivo municial “para
que o dinheiro público seja empregado devidamente, sem que haja esse indesejado
e corriqueiro desperdício”.
“Serão gastos R$ 110 mil com a
construção de uma estrutura temporária na Feira do Caranguejo. É inviável para
a Prefeitura Municipal de Macapá gastar este dinheiro com algo que será
demolido posteriormente”.
Continuando, o vereador demonstra a sua perplexidade com a situação. “Ninguém sabe ao certo por quanto tempo os
novos e mal feitos boxes ficarão improvisados ali. O que sabemos é que, com
este recurso, poderiam ser construídos boxes permanentes em outro local. Seria
uma alternativa mais viável para a prefeitura que, ao mesmo tempo, estaria
garantindo uma estrutura mais adequada para os feirantes trabalharem”,
questiona Auciney.
A prefeitura justificou que a obra é para melhorar provisoriamente o
trabalho dos feirantes, mas não quis comentar sobre as afirmações do vereador.
Ora, porque não admitir os erros, a inoperância administrativa neste quase
3 anos e meio de governo? Na certa iria o prefeito, atribuir grande parte deles
à gestão anterior e ao governo do Estado. Porque não apertar mais nas suas
avaliações e verificar onde está o problema?
Quando era vereador, Clécio se adiantava em criticar, cobrar as
incompetências administrativas dos gestores, chegou até a criticar o prefeito
anterior de ter jogado fora o dinheiro público com obras para os feirantes.
E mais, o prédio do Hospital Metropolitano, na Zona Norte de Macapá, que
se transformou em um dos inúmeros elefantes brancos que fazem parte do cenário
de abandono do governo Clécio. Mesmo com dinheiro na conta, ainda não tem data
para retomar a obra que está parada desde 2012, último ano da gestão do
ex-prefeito Roberto Góes (PDT). Mesmo com os postos de saúde da capital com
vários problemas, o prefeito não priorizou a retomada da obra e alega que o
município precisa de mais recursos. E olha que o seu aliado, o senador Randolfe
Rodrigues, disponibilizou emendas parlamentares para destinar recursos ao
Estado e ao município, e até hoje não conseguiu liberar dinheiro junto ao
Governo Federal para garantir investimentos na nova unidade de saúde, que
desafogaria o setor de saúde na capital. A conclusão da obra do Hospital
Metropolitano foi uma das principais promessas de campanha de Clécio.
Afinal, onde estão as promessas de campanha? O asfalto de qualidade, a
solução para a saúde, a melhoria na educação, as oportunidades de emprego, a
melhoria na qualidade de vida dos macapaenses... e ainda, os investimentos nos
serviços de limpeza, retirada de entulhos, terraplanagem e asfaltamento de ruas
e avenidas de Macapá, principalmente nos bairros mais afastados do centro da
cidade... Tudo apenas para ludibriar o povo e alcançar o poder. Na certa, em
mais um ano eleitoral, em mais uma corrida a reeleição, as soluções deverão
aparecer, pena que, outra vez, em forma de fantasiosas promessas.
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