COMO SE NÃO
TIVESSE PÁTRIA
Rodolfo
Juarez
Mesmo sendo
uma questão recorrente entendo que é importante insistir para que as
autoridades acordem e veja o Brasil real, aquele Brasil que não atende o seu
cidadão nem quando as ordens estão expressas e claras na Constituição Federal.
E o Amapá é
parte desse país que está deixando os seus nacionais sem atendimento de saúde
ao mesmo tempo em que vê importantes autoridades atuais e de passado recente
envolvidos em escândalos que, em regra, deram prejuízos ao povo brasileiro esse
mesmo povo que se sente abandonado por aquelas autoridades.
As
propagandas, principalmente dos partidos políticos que servem de base de
sustentação do Governo, seja Federal, seja Estadual ou Municipal, descrevem
situações absolutamente fora da realidade ou, então, não tocam nos assuntos que
estão na pauta dos brasileiros e dos amapaenses, como a saúde pública.
É chocante
ver o momento daqueles que recorrem ao sistema público de saúde para serem
atendidos em situação de emergência ou não, em situação de gravidade ou não,
saírem cabisbaixo, sem chão, como se não tivesse pátria.
Materialmente
falta tudo e, socialmente faltam as relações pessoais mais elementares onde os
pacientes são atendidos de uma forma desumana, levando-os ao desespero pela
situação de um familiar ou pela sua própria situação.
Os
funcionários públicos perderam a confiança no Estado e não hesitam em tentar
puni-lo atendendo mal o povo que, em verdade, é o verdadeiro punido pelo
sistema que atende mal e produz a desesperança.
Ao contrário
do que pode ser interpretada pelos observadores externos a solução começa pelos
municípios e pelos estados, no aspecto operacional e por um choque de realidade
nos organismos federais procurando trazer os chefes de ministérios, ministros e
adjuntos, ao entendimento do que está acontecendo.
A própria
presidente da República tem negociado questões que são inegociáveis. Alguns
ministros não podem ser políticos.
O que está
acontecendo no sistema público de saúde é uma verdadeira aberração, deixando os
mais pobres, isto é, mais de 80% da população, sem atendimento adequado para
qualquer problema de saúde.
O Amapá
podia dar exemplo de organização, tratando os que procuram o sistema público de
saúde de forma respeitosa, fazendo com que os profissionais se sentissem parte
de uma sociedade que sofre vendo seus filhos sem atendimento médico,
esparramados pelos corredores das casas de saúde e uma condição degradante no
momento que mais precisam do Estado.
Nem mesmo os
que carregam doenças mais graves recebem tratamento diferenciado. Também são
deixados à sorte da burocracia e dos incompetentes agentes públicos
encarregados de resolver os problemas.
Reconhecer
que a situação é grave é dever de quem está no setor e resolver a situação
grave deve ser o compromisso de quem é o gestor.
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