Aleap Judicializada
Kaká Barbosa deve assumir a presidência da Casa de
Leis.
Reinaldo Coelho
A desembargadora Stella
Ramos, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), derrubou a decisão que suspendia
a posse do deputado estadual Kaká Barbosa (PT do B) na presidência da
Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), marcada para 1º de fevereiro. A decisão
da desembargadora Stella Ramos foi expedida dia 26 de janeiro e revogou uma outra, de 15 de janeiro, expedida
pelo desembargador Manoel Dias.
A situação administrativa
da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá vem sofrendo intervenções
constantes da Justiça amapaense. A mesa diretora vem sendo constantemente
modificada em apenas uma legislatura.
Na atual legislatura, a
presidência da casa já passou pelas mãos dos deputados Moisés Sousa (PSC), Kaka
Barbosa (PT do B) e Jaci Amanajás (PV) e sempre com decisões judiciais.
O deputado Kaká Barbosa
(PT do B) que foi eleito para presidir a Casa de Leis amapaense no biênio
2017/2019 e deveria assumir em fevereiro, teve uma liminar expedida pelo do
desembargador Manoel Brito, que em regime de plantão barrou o parlamentar para
a presidência. Na ocasião, ele aceitou os argumentos apresentados pelo autor do
pedido, deputado Pedro Da Lua (PSC), que alegou "prática de atos de gestão
temerária cometidos" por Kaká, eleito em maio de 2016 para comandar a casa
no biênio 2017/2019.
Toma posse ou não
O caso foi parar na
Justiça após Kaká entrar com mandado de segurança contra uma decisão de outubro
dos próprios parlamentares que anularam a escolha dele para a presidência. A
posse do deputado estava mantida após o Tjap apreciar o teor do mandado em novembro.
Na decisão de 15 de janeiro, o desembargador
Manoel Brito suspendeu a posse até a análise final dos recursos de todos os
processos que envolvem dos casos para evitar a chama "confusão
processual".
A desembargadora Stella
Ramos, no entanto, revogou a decisão do colega de pleno ao reavaliar os autos
após pedido de Pedro Da Lua para reunir a liminar da suspensão aos outros casos
envolvendo a disputa pela presidência da Alap.
Para Stella Ramos, o pedido
de suspensão de posse não poderia ter sido feito no plantão porque ainda teria
tempo para a Justiça analisar o caso antes da posse marcada para fevereiro,
além disso, ela sustentou a decisão em outra do próprio tribunal que reconheceu
a eleição de Kaká Barbosa para a presidência da Casa.
"Assim, em que pese
a suspensão dos prazos processuais até o dia 20/01/2017, o suposto ato ilegal e
abusivo que se pretende coibir com esta demanda, segundo noticiou o impetrante,
somente ocorrerá 02/02/2017, o que afasta a necessidade de sua apreciação no
plantão judiciário", argumentou.
Decisão judicial
favorável
Em sessão do
pleno do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) em novembro de 2016, foi mantido
por maioria de votos o resultado da eleição que escolheu o deputado Kaká
Barbosa (PT do B) para a presidência da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap)
no biênio 2017-2019.
A posse de
Kaká, eleito em maio de 2016, se judicializou após o deputado entrar com mandado de segurança depois de ter
sido destituído da presidência. A saída dele do cargo aconteceu em agosto por
conta da renúncia dos demais membros da Mesa Diretora, ato que provocou a
realização de uma nova eleição para o período, que elegeu o deputado Jaci
Amanajás (PV).
O
parlamentar argumentou no pedido que a destituição do cargo teve motivação
política e citou que houve no início de 2016 uma alteração no regimento da Alap
que aprovava a possibilidade de nova eleição em caso de renúncia na Mesa Diretora.
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