sábado, 11 de fevereiro de 2017

Artigo so Gato



Um tormento perto do fim



Tenho absoluta convicção que todos já tiveram na família ou na família de um amigo ou de um conhecido alguém que faleceu de Câncer. É um sofrimento que só sabe o tamanho da dor quem já enfrentou essa terrível doença. Esse quadro desolador se agrava quando à situação é dentro de casa. O martírio é muito, mais muito maior. Eu e meus filhos já nos deparamos com esse problema. Quando o médico dá a família e ao paciente o diagnóstico positivo, um sentimento de impotência toma conta de todos. Não desejo a ninguém essa  hora.
Cidadão! O mundo desaba. O medo a incerteza toma conta do doente e da família. A partir daquele momento começa um dilema. Aqui no Amapá o tratamento na saúde pública é extremamente deficitário. Nas clínicas particulares o custo do tratamento é insuportável para pessoas de baixa renda e até de classe média. È um tratamento caro. Hoje ainda a saída é o Tratamento Fora do Domicílio. Que diga-se: precaríssimo.
Esses problemas de ordem da saúde pública é o maior responsável pelo temor da doença, que tem cura, desde que diagnosticada com precocidade. Mas os exames no Amapá também são precários e o atendimento muito falho.
Diante desse quadro de total falta de assistência, perdi a minha mulher e meu pai para o câncer. Vi o sofrimento dos dois bem de perto. Podia perceber nos olhos deles que eles ainda queriam ficar aqui. Meu pai com um filho de 4 anos e a Lina com o filho de 12 que ela esperou por 20 anos. Tudo o que ela queria era ver os netos e ele casado, formado e trabalhando. Afinal são esses os nossos planos sempre.
Esse quadro caótico no tratamento do Câncer no Amapá acelerou a doença e aí não deu outra. Óbito.
Para o meu alento tenho testemunhado mais uma luta encampada pelo governador do Amapá Waldez Góes e da equipe técnica do governo estadual para varrer do Amapá essa vergonha. O processo de estruturação do setor começou com o vice-governador Papaléo Paes presidindo uma comissão responsável pela elaboração de um projeto da UNACON- Serviço de Alta Complexidade em Oncologia, ou seja, unidades hospitalares que possuem condições técnicas, instalações físicas, equipamentos, recursos humanos adequados à prestação de assistência especializada de alta complexidade para diagnóstico definitivo e tratamento cânceres mais prevalentes. No caso do Amapá, câncer de Mama e Útero.
 Esse esforço do governador Waldez Góes para implantar no Amapá de um Centro de Tratamento para o Câncer tem sido priorizada pelo governo. Na semana esteve em Brasília junto com o governador do Acre Tião Viana, Marcelo Miranda do Tocantins e técnicos do governo amapaense numa reunião com o ministro da Saúde Ricardo Barros e as notícias foram extremamente positivas. Primeiro o governador conseguiu que um dos centros de referência no tratamento da doença viesse se instalar no Amapá. Já está definido. O Amapá vai receber uma Unidade do HCB - Hospital do Câncer de Barreto. E também garantiu junto ao governo federal a construção de uma unidade que promova o tratamento de radioterapia. E a Unacon do Amapá proceder ao tratamento de quimioterapia, porém nesse encontro com o ministro da saúde ficaram definido mudanças na regra do Sistema Único de Saúde e assim se o SUS cobrir o tratamento com a quimioterapia para o HCB, a responsabilidade da quimioterapia ficará com o Hospital de Barretos que possuem Kno How nesse atendimento, aliás, especializado.
Essas notícias soam como bálsamo aos meus ouvidos. Fico muito feliz e vejo que desta forma Waldez e todos os envolvidos nesse trabalho de esforço concentrado cumprem suas funções como homens públicos comprometidos com os mais altos interesses da sociedade. Eu estou feliz, demais da conta. O Amapá caminha pra frente, graças a Deus.


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