Um tormento perto do fim
Tenho absoluta convicção que todos já
tiveram na família ou na família de um amigo ou de um conhecido alguém que
faleceu de Câncer. É um sofrimento que só sabe o tamanho da dor quem já
enfrentou essa terrível doença. Esse quadro desolador se agrava quando à
situação é dentro de casa. O martírio é muito, mais muito maior. Eu e meus
filhos já nos deparamos com esse problema. Quando o médico dá a família e ao
paciente o diagnóstico positivo, um sentimento de impotência toma conta de
todos. Não desejo a ninguém essa hora.
Cidadão! O mundo desaba. O medo a
incerteza toma conta do doente e da família. A partir daquele momento começa um
dilema. Aqui no Amapá o tratamento na saúde pública é extremamente deficitário.
Nas clínicas particulares o custo do tratamento é insuportável para pessoas de
baixa renda e até de classe média. È um tratamento caro. Hoje ainda a saída é o
Tratamento Fora do Domicílio. Que diga-se: precaríssimo.
Esses problemas de ordem da saúde
pública é o maior responsável pelo temor da doença, que tem cura, desde que
diagnosticada com precocidade. Mas os exames no Amapá também são precários e o
atendimento muito falho.
Diante desse quadro de total falta de
assistência, perdi a minha mulher e meu pai para o câncer. Vi o sofrimento dos
dois bem de perto. Podia perceber nos olhos deles que eles ainda queriam ficar
aqui. Meu pai com um filho de 4 anos e a Lina com o filho de 12 que ela esperou
por 20 anos. Tudo o que ela queria era ver os netos e ele casado, formado e
trabalhando. Afinal são esses os nossos planos sempre.
Esse quadro caótico no tratamento do
Câncer no Amapá acelerou a doença e aí não deu outra. Óbito.
Para o meu alento tenho testemunhado
mais uma luta encampada pelo governador do Amapá Waldez Góes e da equipe
técnica do governo estadual para varrer do Amapá essa vergonha. O processo de
estruturação do setor começou com o vice-governador Papaléo Paes presidindo uma
comissão responsável pela elaboração de um projeto da UNACON- Serviço de Alta
Complexidade em Oncologia, ou seja, unidades hospitalares que possuem condições
técnicas, instalações físicas, equipamentos, recursos humanos adequados à
prestação de assistência especializada de alta complexidade para diagnóstico
definitivo e tratamento cânceres mais prevalentes. No caso do Amapá, câncer de
Mama e Útero.
Esse esforço do governador
Waldez Góes para implantar no Amapá de um Centro de Tratamento para o Câncer
tem sido priorizada pelo governo. Na semana esteve em Brasília junto com o
governador do Acre Tião Viana, Marcelo Miranda do Tocantins e técnicos do
governo amapaense numa reunião com o ministro da Saúde Ricardo Barros e as
notícias foram extremamente positivas. Primeiro o governador conseguiu que um
dos centros de referência no tratamento da doença viesse se instalar no Amapá.
Já está definido. O Amapá vai receber uma Unidade do HCB - Hospital do Câncer
de Barreto. E também garantiu junto ao governo federal a construção de uma
unidade que promova o tratamento de radioterapia. E a Unacon do Amapá proceder
ao tratamento de quimioterapia, porém nesse encontro com o ministro da saúde
ficaram definido mudanças na regra do Sistema Único de Saúde e assim se o SUS
cobrir o tratamento com a quimioterapia para o HCB, a responsabilidade da
quimioterapia ficará com o Hospital de Barretos que possuem Kno How nesse
atendimento, aliás, especializado.
Essas notícias soam como bálsamo aos
meus ouvidos. Fico muito feliz e vejo que desta forma Waldez e todos os
envolvidos nesse trabalho de esforço concentrado cumprem suas funções como
homens públicos comprometidos com os mais altos interesses da sociedade. Eu
estou feliz, demais da conta. O Amapá caminha pra frente, graças a Deus.
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