quinta-feira, 30 de março de 2017

Guianenses gritam por espaço!

Guianenses gritam por espaço!
Exibindo Destaque da Capa.jpg
O jornal France-Guyane (www.franceguyane.com) publicou em suas manchetes chamadas sobre as barricadas nas estradas, paralisação do transporte e dos hospitais.

Exibindo 8e53ae14-7df0-47ba-9c2b-4490c3a1957d.jpg


Humberto Baia
Especial para o TA

Há uma semana a Guiana Francesa esta vivendo em um verdadeiro clima de guerra. No último ano o índice de violência entre os jovens cresceu de uma forma desmedida, o departamento esta em greve geral, entre as reivindicações estão saúde, transporte, agricultura e segurança. 
A Guiana Francesa é um departamento ultramarino da França na América latina. Com população de pouco mais de 400 mil habitantes, nos anos 70 e 80 durante a construção do Centro Espacial em Kourou, que hoje se transformou na Agência Espacial Europeia (ESA), um número muito grande de brasileiros foi atraído pelos altos salários e uma vida melhor. Com o fim da obra muitos decidiram permanecer na Guiana e hoje já estão na terceira geração. A economia na Guiana Francesa é baseada principalmente na pesca e na exploração de ouro.


Hoje a Guiana registra uma notável imigração, onde várias comunidades de estrangeiros compõem sua população. Esse fluxo de pessoas e de mercadorias para a Guiana Francesa – que acontece principalmente de forma clandestina – alimenta a economia de vários Estados do mundo inteiro, porque a Guiana atrai imigrantes de vários lugares: asiáticos, africanos, sul-americanos e europeus.
Segundo as autoridades policiais francesas, a violência cresceu justamente dentro comunidades estrangeira e bateu recorde em toda a França, levando o medo a toda população.
 Exibindo Capa.jpg
Explodiu a violência

Na última sexta feira (17 março), a ministra da França da Ecologia, Segolene Royal, que deveria participar da inauguração da ponte binacional, não veio ao Oiapoque por não achar seguro, depois que um grupo de pessoas que faziam protesto contra a violência entrou no auditório onde estava acontecendo uma conferência internacional sobre a Convenção de Cartagena, onde alguns acordos seriam assinados, em face da insegurança e do incidente diplomático, Royal decidiu voltar para a França. O presidente do território, Rodolphe Alexander, enviou uma carta ao presidente François Holande, pedindo um “plano de recuperação ambicioso para a Guiana”.
Exibindo 13f19595-ac56-4b49-bf6e-9e9b0ffa38de.jpg
Mesmo com a meia volta da ministra francesa, os protestos continuaram e existe um clima de perigo no ar, que coloca os guianenses em situação de insegurança. Diversas gangues criminosas se insuflaram e cometeram atos ilícitos contra os cidadãos. Foram ataques, espancamentos, apropriação de veículos com violência generalizada contra o cidadão francês.
Uma greve social, que questiona direitos trabalhistas, foi transformada em barbárie criminosa, e de imediato alguns cidadãos se uniformizaram e criaram pelotões para enfrentamentos com os criminosos, transformando as cidades em praça de guerra.

Reação das comunidades

Os protestos continuaram em Caiena. 500 freires (IMAOS) é um grupo que decidiu ir as ruas, enfrentar a violência, vestidos de preto e capuz para tentar inibir os criminosos. As greves em Caiena são marcadas principalmente pela violência nas ruas.

Base de lançamento paralisada

Terça feira (21) os protestos chegaram a Kourou onde uma greve geral estava em andamento. Na entrada do centro espacial os manifestantes entraram em confronto com a polícia, que reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e bloqueou a entrada para a base espacial, onde seria feito o lançamento do foguete com satélite Brasileiro de defesa e comunicação, este será o primeiro satélite geoestacionário de uso civil e militar adquirido pela TELEBRAS que ampliara a oferta de banda larga no País, por enquanto a empresa Ariene Spece não anunciou a nova data para o lançamento.

A situação está caótica na Guiana Francesa. De acordo com o publicado pela imprensa da Guiana Francesa, a greve local é promovida por funcionários de uma empresa de energia elétrica e de um centro médico. Durante os protestos foram feitas barricadas na entrada do centro espacial com carros, pneus e pedaços de madeira.
Exibindo Cidade de Caiena sitiada.jpg

O jornal France-Guyane (www.franceguyane.com) publicou em suas manchetes chamadas sobre as barricadas nas estradas, paralisação do transporte e dos hospitais. Inter-Andrée o hospital Rosemon (Char) interpôs greve na terça-feira (21). As negociações sobre o futuro Pacto devem avançar até 28 de Março.

Longa noite na RCT

O movimento de greve teve uma magnitude raramente vista na comunidade Transportation Authority (RCT). Ontem (23), nenhum ônibus tem circulado na rede devido a um movimento iniciado pela CDTG o que vem prejudicando os usuários do transporte coletivo. Além do que, a Greve Social chegou as transportadoras que fazem o descarrego dos navios.
No momento desta edição, as discussões estavam em andamento entre a Estrada União guianense Transportes (UGTR) e do Grande Porto Marítimo (GPM)



Deputado anuncia lançamento de satélite para a Região Norte
 Exibindo Lançamento do satelite brasileiro foi mais uma vez transferido devido a Greve Social.jpg
No plenário da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (22), o deputado federal Marcos Reátengui (PSD/AP) anunciou o lançamento de um satélite, que irá tirar do isolamento a Região Norte. Na ocasião o parlamentar amapaense discursou que “O satélite irá tirar do isolamento o povo da Região Norte, a Amazônia e principalmente o Amapá. Esse será um grande avanço para a Ciência e Tecnologia e para as Comunicações, pois aquele espaço imenso que é preenchido por brasileiros garantindo a soberania e autoridade do Brasil, terá a facilidade de contatar de forma direta com seus parentes no Amapá de um ponto a outro, para outros Estados do Brasil e do mundo”.
Este será o primeiro satélite geoestacionário brasileiro de uso civil e militar. Adquirido pela Telebrás, o equipamento será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente em áreas remotas. O satélite será lançado do Centro Espacial de Kourou, na Guiana, e ficará posicionado a 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico.

Porém, o lançamento que estava marcado inicialmente para às 17h31 de terça-feira (21), mas foi transferido na véspera para quarta-feira (22), e logo em seguida transferido para quinta-feira que de novo não aconteceu e ficou suspenso sem prazo para ser cumprido.
O motivo são as greves que estão paralisando a Guiana Francesa, principalmente Kourou onde fica a base de lançamento e não havia motoristas para o transporte do grande foguete dos laboratórios da Ariane, dentro do centro espacial até a plataforma e por isso não há uma nova data prevista para a operação, que precisa ser preparada com 24 horas de antecedência.

A greve vem acontecendo desde o início da semana por mais segurança pública e contra a privatização de um hospital de Caiena, capital da Guiana Francesa, provocou o fechamento da estrada que leva ao Centro Espacial da Guiana, na cidade de Kourou. Com adesão de caminhoneiros e outros setores, a paralisação causou o adiamento do lançamento do foguete Ariane 5, da Ariane Space, que colocaria em órbita o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...