Chega de notícias ruins!
O relacionamento que vai mal, o chefe que faz
a maior pressão no trabalho e aquele problema que você tenta resolver a meses,
te tira o sono? Corrupção, roubo, desvios, bilhões são tragados por quem
deveria cuidar deles. Saúde precária, segurança não existe.
Que tal desabafar? Mas com quem?
Essa é a situação atual do brasileiro que
precisa desabafar, só vem recebendo notícias ruins e já está explodindo – Chega
de notícias ruins!
Sempre que abrimos o jornal lemos notícias
ruins que nos deixam descrentes com as pessoas.
Devemos mudar isso, temos que juntos tornar a
vida melhor, tornar as manchetes de jornais, inundar a cidade e o mundo de boas
ações, dar esperança de dias melhores.
As pessoas hoje em dia estão fadigadas de
notícias ruins. É por isso que as peças de teatro com humor têm mais público,
os filmes de comédia têm mais público. Até os telejornais esportivos são cheios
de humor. E é por isso que temos que ser alegres se quisermos ter mais
"público" em nossa vida!
Lendo um texto de Gisele Lemos Kravchychyn,
me deparei com esses parágrafos:
Notícias ruins, bons resultados.
Dia desses, num seriado, vi uma frase que me
impressionou: “notícias ruins nos fazem
sofrer momentaneamente, mas a esperança é paralisante”.
Na ideia apresentada a esperança é ruim, a notícia
ruim é que é boa.
Que inversão, certo?
Mas se pararmos para pensar e colocarmos no
contexto, até que o personagem tinha razão.
Em nossas vidas existem momentos que temos
que deixar coisas para trás. É triste, é sofrido, mas termina. O encerramento
de certas histórias é indispensável para criarmos espaços para coisas novas, sejam
elas relacionamentos, empregos, vínculos de qualquer tipo.
A "morte" de uma situação significa
uma oportunidade de recomeço.
Mas às vezes a querida e bem cotada esperança
nos mantém enlaçados a pessoas e coisas que já não deviam mais estar ali. É a
famosa ideia de tentar sempre, ainda que na infinita só “mais uma vez”... E a
má notícia, aquela que anuncia o fim, essa nos liberta.
Nada como um grande acontecimento, um momento
marcante, ainda que ruim, para nos dar aquele último empurrão, aquela força
para irmos em frente e pararmos de olhar para trás.
É o ‘Big Bang’ da vida. Explode-se o
conhecido, surge o novo!
Só que muitas vezes ficamos tão envolvidos
com a ideia de consertar tudo que não temos a coragem de iniciar a explosão.
O mundo então nos dá uma forcinha. São as más
notícias atuando em nosso favor. Mas sejamos justos, as boas notícias também
podem ter essa vocação transformadora.
Uma promoção, uma vitória, uma loteria, o
início de um novo ano, enfim, qualquer motivador serve desde que seja para nos
levar para frente.
E entenda-se, aqui não estou falando de desistir.
Perceber o fim não é fraqueza. Somente os fortes enfrentam as derrotas de forma
proveitosa e criadora. Os fracos se contentam, se acomodam, e seguem no mesmo
caminho, insistindo nos mesmos erros, porque mudar dá medo. Escolher outro
caminho, repaginar a vida, reorganizar projetos não é desistir. É aprender, é
crescer.
Portanto, concordo plenamente. Em muitos
casos a esperança é ruim, amarra-nos, e a má notícia nos liberta.
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