sexta-feira, 28 de abril de 2017

ESCOLAS FAMÍLIAS




ESCOLAS FAMÍLIAS
GEA repassa R$ 4 milhões a RAEFAP


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Por Mirrelle Rabelo

Mesmo com os avanços da indústria, o Brasil garante boa parte de sua economia através da agricultura. O setor agrário do Amapá cresce cada vez com a implantação de políticas públicas que garantem o desenvolvimento, como por exemplo, as Escolas Famílias do Amapá que garantem aos jovens do meio rural ensino que condizem melhor com suas realidades.
 
No Amapá seis escolas desenvolvem o ensino agrícola nas localidades de Pacuí, Carvão, Maracá, Cedro, Macacoari e Perimetral Norte. Na última semana o Governo do Amapá fez o repasse de R$ 4 milhões para a Rede de Associações das Escolas Famílias do Amapá (RAEFAP). O valor será pago em 12 parcelas, e servirá para a contratação de profissionais de educação, compra de matérias para consumo e manutenção de equipamentos nas escolas.
Esse valor garante o início do ano letivo de 2017, em Maio, e beneficiará 536 alunos de áreas rurais de Macapá e demais municípios. O recurso foi estabelecido por meio da assinatura do Termo de Fomento, firmado entre a Secretaria de Estado da Educação (SEED) e a instituição. Os estudantes das RAEFAP estão bastante animados por ter garantia do ano letivo de 2017, mas questionaram que a demora do início das aulas prejudica a continuidade do aprendizado e causa muitas vezes a evasão escolar.

Em contrapartida, o governador Waldez Góes mostrou compromisso com as escolas afirmando que essa é uma responsabilidade muito grande. “As Escolas Famílias são importantíssimas para garantirmos um ensino com desenvolvimento social e econômico, trabalhamos duas frentes fortes a mão de obra qualificada e a produção de alimentos”, pontuou o governador.
Em setembro de 2016 o Governo do Amapá também assinou um Tempo de Fomento que garantiu aporte financeiro no valor de R$ 624 mil, dividido em quatro parcelas, para a rede de escolas famílias do Amapá. Na ocasião o repasse também possibilitou a continuidade do trabalho nas instituições de ensino agrícola.
A secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, disse que a assinatura do Termo garante o fortalecimento da educação no campo por meio do atendimento pedagógico qualificado e ressaltou a importância da prestação de contas para a continuidade do apoio financeiro. “Temos uma grande responsabilidade com as comunidades agrícolas e solicitamos aos gestores escolares que realizem a prestação de contas para que possamos dar continuidade às parcerias”, reforçou.

Conforme os dados apresentados pela RAEFAP, mais de 800 estudantes concluíram os estudos em escolas agrícolas, nos últimos anos, e estão empregados no Amapá, atuando em sua área de formação. “O repasse é muito importante para desenvolver nossas atividades de campo, a exemplo do plantio de hortaliças, criação de peixes e suínos, além do extrativismo desenvolvido nas unidades”, afirmou o presidente da RAEFAP, Adenilson Corrêa.
A realidade atual do Amapá é que o Estado ainda não possui produção capaz de suprir suas demandas e é obrigado a importar parte dos produtos para consumo, por isso a necessidade do governo investir no setor. Uma das grandes dificuldades que impede o pleno desenvolvimento do Estado é a carência em infra-estrutura.
Outro grande empecilho era a questão fundiária, por ter sido território federal, aproximadamente 72% das terras do Estado tinha restrição de uso, sendo muitas áreas de assentamento do INCRA, outras de reserva indígena, sob jurisdição da FUNAI, e outras de proteção ambiental de responsabilidade do IBAMA. Uma realidade que mudou apenas no ano passado quando na época a então presidente da República Dilma Rousseff assinou, juntamente com o Governador Waldez Góes, o decreto que regulamentou e concedeu definitivamente a posse das terras do Estado ao Amapá.
O Amapá é o único Estado que possui convênio entre o governo estadual e as associações para a manutenção das escolas família sendo que nos outros Estados, estas são mantidas pelas prefeituras.

A Pedagogia da Alternância, proposta pelas escolas famílias agrícolas, é fundamental para garantir o desenvolvimento agrário, dessa forma os jovens de localidades rurais aprendem as técnicas agrícolas e quando regressa à propriedade de sua família fica incumbido de colocar em prática tudo o que lhe foi ensinado no período de internato, o que desperta interesse para que esses jovens permaneçam no campo.

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