quarta-feira, 12 de abril de 2017

Piscicultura

Piscicultura
Criação de pescado em cativeiro
Inserido como fonte de exportação no Amapá





“Para atingir seu potencial no Amapá, o setor do pescado terá mais investimentos público”. Governador Waldez Góes.


Por: Mirrelle Rabelo

A tradição de comer peixe na semana santa aquece o setor nesse período,
para fomentar o e garantir peixe na mesa do consumidor por um preço bem acessível o Governo do Estado do Amapá (GEA), em parceria com colônias de pescadores e empresas de comercialização de pescado, realizaram a venda das espécies do Programa Peixe Popular.
A estratégia do governo foi subsidiar o custo do óleo diesel para o transporte do produto e gelo para que o peixe fosse vendido com uma redução de até 40% no preço total de cada espécie. Duzentas toneladas foram distribuídas em postos nos municípios de Macapá, Santana e Porto Grande. Uma tabela com os valores definidos com preços entre R$ 5 a R$ 10 o quilo. Além de espécies de peixe do mar, o programa também ofertou peixe vivo criado em cativeiro por piscicultores.

E não é só isso, a culinária do norte do Brasil possui forte influência indígena, com muitos pratos de peixes, para completar o Estado do Amapá é cortado por inúmeros rios e lagos e o pescado se torna um grande mercado, onde mais de 18 mil pescadores estão cadastrados em colônias, associações e cooperativas.

O governo amapaense está apostando e investindo no setor. O governador Waldez Góes propõe um calendário mais extenso para a realização Projeto Peixe Popular, ele quer que aconteça mensalmente.

 “A ideia já esta estabelecida ao nível de política pública, e nesta parceria com demais órgãos do governo realizaremos uma frequência de edições Programa Peixe Popular oferecendo cada vez mais apoio ao produtor e melhor preço e qualidade para o consumidor, abrangendo varias localidades do estado a política publica já esta implantada. O produtor esta sendo motivado, estimulado e o consumidor poderá ter acesso com preço bom, o estado funciona também como regulador beneficiado produtor e consumidor”. Disse Waldez.
De acordo com dados do governo essa é uma atividade que cresce bastante e que pode ter um impacto significativo nos próximos anos, principalmente agora com a Zona Franca Verde.
“Uma atividade que cresce muito no Amapá é a piscicultura e cada vez mais apostamos nisso e estamos próximo de dar um grande salto porque esta associado a questão da produção de grãos na medida que crescemos nessa produção temos hoje dois grupos interessados em instalar fabricas de ração no Amapá e no momento que produzirmos ração para piscicultura vamos aumentar significativamente a produção de pescado em cativeiro e abastecer mercados fora do Amapá.
O gestor amapaense destacou que hoje o Estado do Mato Grosso avançou muito na produção no melhoramento animal, assim como outros estados da Amazônia. “Esse avanço levou ao melhoramento da alimentação animal. Tornando uma conversão alimentar de um quilo de ração para um quilo de produto, fazendo o peixe crescer um quilo de carne, isso demostra que a tecnologia, inovação e pesquisa o manejo animal esta dominado, isso já existe então não precisamos mais atravessar esses desafios essa tecnologia já esta disponível a todos os produtores e a todas as politicas de governos”. Reforçou o governador.

Os limites a serem destravados.
As vendas de pescado têm aumentado, porque o brasileiro começou a ter condições de comprá-lo. Um fator importante para o consumo é o custo do pescado, que era caro comparativamente às outras carnes. O hábito de consumir pescado tem se intensificado, e o consumo per capita anual já está em torno de nove quilos por habitante/ ano, quando, cinco anos atrás, era de seis quilos. Em relação à carne bovina, frango e suína, o consumo é muito maior.
 Proporcionalmente, o incremento no consumo de pescado tem sido bem superior ao das outras carnes, até porque tem sido cada vez mais associado à nutrição saudável, por que apresenta Ômega-3, entre outros nutrientes recomendados para uma boa saúde.


O Amapá não sofre falta de mão de obra e nem de mercado, mas o setor pesqueiro precisa ainda de melhorias e investimentos, como afirma o comerciante de pescado Abimael de Sousa de 45 anos, pescador desde criança, hoje ele é filiado a Associação da Feira do Pescado do Igarapé das Mulheres e conhece bem o mercado.
“Sou filho de pescador, tudo que eu sei aprendi com meu pai, vim do interior do Pará cheguei a quase vinte anos no Amapá com apenas sete reais no bolso e hoje sustento minha família com esse trabalho, o que precisamos e de melhores estruturas nos portos e nas feiras, temos dificuldades para trabalhar nessas condições, na feira por exemplo precisamos de um espaço mais adequado para oferecer nossos produtos, essa falta de infraestrutura prejudica nossa venda, perdemos clientes muitas vezes”. Desabafou o pescador.
Para o governo, os avanços são necessários para o desenvolvimento de um setor que só cresce por isso estão sendo implantadas políticas públicas. “Temos a consciência que precisamos de uma infraestrutura melhor, capaz de servir inclusive pescadores de outras regiões que são licenciados e pescam aqui na costa do Amapá, mas que levam o produto para serem consumidos em outros estados. Se tivermos uma infraestrutura capaz de dar apoio, fazer o abastecimento de produtos que eles precisam como gelo, alimentação podemos atrai o pescador para nosso mercado, fazendo com que a rentabilidade desse recurso permaneça aqui”. Confirmou Waldez Góes.

Pesquisas e capacitação.


Outra estratégia do governo para o setor e apostar na escala comercial nos animais que já foram dominadas a questão do manejo e melhorias com a responsabilidade de desenvolver pesquisas e testes, avançando na produção alevinos e na produção da ração.
“O que existe hoje dominado são espécies como: tambaqui, pintado, pirapitinga, curumatã e o pirarucu, que estão sendo desenvolvido estudos e tem muitos piscicultores criando, mas nos não podemos dizer que definitivamente o manejo do pirarucu está já  aponto de se transformar numa política de produção de cativeiro ainda temos muitas limitações  a serem vencidas nessa questão do manejo do pirarucu pois precisamos oferecer o menor risco a natureza”. Reforçou Waldez.

No fim do mês passado cerca de 100 pescadores vinculados à Colônia Z-7, sediada no município de Ferreira Gomes, participaram do curso sobre cultivo de tambaqui em tanques-redes, ministrado por uma equipe técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Emprapa) com o apoio da Agência Estadual de Pesca do Amapá (Pescap)
A capacitação foi realizada na sede da Colônia de Pescadores, com uma programação teórica e prática, dividida em temas como introdução ao cultivo, alimentação e nutrição durante a recria, qualidade da água, manutenção de tanques-rede, cuidados para evitar doenças e montagem prática de tanques-redes. O tambaqui é um peixe de água doce, comum na bacia amazônica e do qual se aproveitam a carne e o óleo.

Essas capacitações são fundamentais para o pescador, que atribui ao seu trabalho técnicas que fortalecem o seu empreendimento, tento o conhecimento também mais amplo do produto já que são apresentadas a eles pesquisas e formas que trabalham a conscientização ambiental, respeitando o tempo do animal.
Os investimentos devem ser feitos desde o pescador, na infraestrutura e chegar no grande mercado pesqueiro, assim o Amapá estará inserido como fonte de exportação produto.



Novas tecnologias estão sendo testadas pela EMBRAPA/AP
Projeto quer desenvolver no Amapá criação de peixes em tanques-rede
Equipamento acelera crescimento de peixes e reduz custos de produção. Projeto foi implantado no Amapá de forma experimental até 2017.
Um projeto implantado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Amapá pretende incentivar os produtores de peixe em cativeiro a adotar a forma de cultivo em tanques-rede. Segundo pesquisadores, a medida reduz o tempo de crescimento das espécies e é mais econômica na logística de implantação, dispensando atividades de escavação e bombeamento de água, necessárias nos tanques cavados.
A forma de cultivo vem sendo mantida no Amapá como experimento prático até este ano (2017), com acompanhamento permanente de piscicultores com a nova técnica no interior do estado. A Embrapa aposta na viabilidade do projeto no Amapá em função da grande disponibilidade de rios, onde a estrutura formada por canos e caixas d’água pode ser facilmente instalada.
 
“As redes podem ser instaladas em rios, lagos e barragens sem risco algum para a criação. O custo-benefício de produção também é menor, pois, dependendo do tanque-rede você pode pagar entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil e está tudo pronto, enquanto nos tanques cavados o produtor tem o trabalho de abrir o buraco e transportar a água”, explicou o pesquisador da Embrapa Marcos Tavares, um dos desenvolvedores do projeto.
Para os primeiros experimentos, o peixe usado é o da espécie tambaqui, um dos mais comercializados na Região Norte. “O foco é o tambaqui por ser um peixe nativo da Amazônia e bastante apreciado no Amapá, e além do mais ele também é criado no Nordeste”, justificou o pesquisador.
A Embrapa acrescenta que um tambaqui criado em tanque cavado durante dez meses terá em torno de 1,2 quilo. A mesma espécie criada em tanque-rede atinge de um 1,5 a 2 quilos. A nova forma de produção é uma solicitação antiga dos piscicultores que alegam a pouca disponibilidade no estado de equipamentos para produção de peixes em larga escala.


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