sábado, 17 de junho de 2017

ARTIGO DO MARCO ANTÔNIO

TTECNOLOGIA DA ESCASSEZ
POR: MARCO ANTÔNIO

Apesar dos esforços da equipe econômica, as taxas de desemprego continuam a subir de forma descontrolada, tendo atingido 13,7% no 1º trimestre de 2017 e atinge 14,2 milhões de pessoas. Estudos realizados pela FIRJAN mostraram que mais de 40% dos postos de trabalho criados entre 2008 e 2015 simplesmente desapareceram. Até surgem novas oportunidades, mas o grande gargalo está na qualificação dos candidatos. Para combater os efeitos da crise, caracterizada por uma venenosa persistência ao longo do tempo e uma tendência a se tornar irrecuperável, o empreendedorismo vem sendo usado como um mecanismo capaz de ampliar a oferta de empregos e renda. Para tanto, novas políticas fiscais vêm sendo adotadas, com o intuito de facilitar a instalação de novos negócios.
A palavra empreendedorismo derivou de entrepreneur, introduzida na economia francesa no início do século XVIII, por Richard Cantillon, que a definiu como a capacidade de alguém assumir riscos, para obter recursos e iniciar um novo negócio. Empreendedorismo Social é um nome dado a um conjunto de ações empreendedoras que visam à melhoria da sociedade, onde os empreendedores lançam mão de medidas que podem ser ao mesmo tempo lucrativas e sociais.
O empreendedor trabalha para conseguir lucro, estabelece medidas e estratégias que gerem um resultado financeiro positivo, já o empreendedor social trabalha para conseguir resultados positivos dentro de uma sociedade, estabelecendo medidas e estratégias que gerem um retorno social e ambiental positivo.
O empreendedorismo social busca hoje implantar nas comunidades medidas sustentáveis para que possam conciliar avanços tecnológicos e outros progressos com um meio ambiente saudável e boas condições de vida para todos.

Mas, nem só de ideologias se escapa da crise. Novos empreendedorismos também se espalham pelas ruas, nas esquinas e onde quer que haja um certo movimento de pessoas.
E isso seria muito bom para o governo, já que se vislumbraria uma queda no desemprego e provável ascensão da economia informal. Seria, se todos corressem para registrar seus novos negócios. O ambulante, assim como quem trabalha em lugar fixo, precisa conhecer as regras municipais a respeito do tipo de atividade e do local onde irá trabalhar antes de fazer o registro. O Portal do Empreendedor emite um documento que autoriza o funcionamento imediato do negócio. Porém, o empreendedor tem de verificar se as normas e posturas municipais estão sendo cumpridas. Isso é importante para que não haja prejuízo à coletividade e ao próprio empreendedor que, caso não cumpra as normas como declarou, estará sujeito a multas, apreensões e até mesmo ao fechamento do empreendimento e cancelamento de seus registros. Caso o município constate alguma ilegalidade nessa declaração, durante os 180 dias de validade do documento que equivale ao alvará provisório, o registro da empresa poderá ser cancelado. O Sebrae, os escritórios de contabilidade e a própria administração municipal podem prestar as informações necessárias.
Mas, aos trancos e barrancos, os novos empreendedores tentam legalizar suas ações, seus negócios. E, se não o fazem, é porquê “a crise tá braba!”. As vantagens propiciadas aos que estão dentro da lei são boas. Outra opção muito procurada é o Microempreendedor Individual (MEI) pode ter um empregado ganhando até um salário mínimo ou o piso salarial da profissão e deverá recolher 3% desse salário para a Previdência Social. Com esse recolhimento, o Microempreendedor Individual protege-se contra reclamações trabalhistas e o seu empregado tem direito a todos os benefícios previdenciários como, por exemplo, aposentadoria, seguro-desemprego, auxílio por acidente de trabalho, doença ou licença maternidade. É preciso lembrar também que todos os demais direitos trabalhistas do empregado devem ser respeitados.
A criação de empresas no Brasil em janeiro de 2017 registrou o melhor resultado para o período desde 2010, segundo dados divulgados nesta pelo Indicador Serasa Experian. O empreendedorismo de necessidade segue pautando a criação de novas empresas no país. Com o desemprego elevado, pessoas que estão perdendo vagas no mercado de trabalho buscam novas fontes de renda através da abertura de novos negócios e pelo aumento constante das MEIs, registrado desde o início da série histórica do indicador. O setor de serviços segue como o mais procurado por quem deseja empreender. Em janeiro de 2017, 124.340 novas negócios surgiram neste segmento. O número equivale a 64% do total. Em seguida, estão empreendimentos do comércio , responsáveis por 53.580 registros (27,6%), e da indústria , por 15.837 (8,2%). De acordo com a Serasa, o crescimento na participação do setor de serviços tem sido constante nos últimos sete anos.
Quando as regiões do país são levadas em consideração, o Sudeste segue liderando o ranking de nascimento de empresas, com 98.804 novos negócios no primeiro mês de 2017. A região Nordeste está em segundo lugar, com 35.560 (18,3%) empreendimentos inaugurados. Em seguida, estão as regiões Sul (16,4%), Centro-Oeste (9,3%) e Norte (5,2%).



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