É uma droga, usar drogas!
O uso de drogas é um fenômeno bastante antigo
na história da humanidade e constitui um grave problema de saúde pública, com
sérias consequências pessoais e sociais no futuro dos jovens e de toda a
sociedade.
A adolescência é um momento especial na vida
do indivíduo. Nessa etapa, o jovem não aceita orientações, pois está testando a
possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle sobre si mesmo. É um
momento de diferenciação em que "naturalmente" afasta-se da família e
adere ao seu grupo de iguais. Se esse grupo estiver experimentalmente usando
drogas, o pressiona a usar também. Ao entrar em contato com as drogas, nesse
período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos.
Os pais, mesmo os mais severos, que nunca
deixam seus filhos ficarem fora de casa depois da meia-noite, não vem problema
em liberar os filhos para os festivais ou shows de música, talvez por causa da
cobertura reverente da mídia musical. Porém, é nas raves e em locais de festas
em galpões em que quase ninguém tem mais que 20 anos, que pós brancos correm
tão livremente quanto os drinques.
As drogas também são um sofrimento. O ecstasy
pode fazer com que você se sinta flutuando nas nuvens, mas também pode ser um
pesadelo para administrar: a droga bate para você em momento diferente do que
com seus amigos. Só metade das pessoas do grupo se lembrou de providenciar algo
para si, e daí rola toda uma função na balada até conseguirem descolar mais.
Mesmo quando você está se divertindo sempre há aquele monólogo interno
atravessando o processo todo: será que eu tomei o suficiente? Será que está
batendo? Será que eu estou parecendo um idiota? É este o caminho para a
overdose e o jovem pode chegar ao óbito rapidamente,
Nesta edição na matéria de capa temos uma
matéria sobre uma das drogas mais perigosas do mundo que além de um efeito
prolongado (quase 30 horas) demora a fazer efeito e o usuário, na procura do
delírio, repete as doses em sequências mortais. É a DOB, uma droga sintética
que tem a mesma base da Ecstasy e do LSD.
As drogas sintéticas são criadas usando
substâncias químicas artificiais em vez de ingredientes naturais. Algumas
drogas sintéticas que vêm sendo comercializadas no mercado, incluindo Ecstasy,
LSD e metanfetaminas, pela internet (como “material para cigarros de ervas”),
enquanto outras são disfarçadas em produtos rotulados como “impróprio para
consumo” (tais como “incenso de ervas”, “fertilizante”, “sais de banho” ou
“limpa joias”) para mascarar seus propósitos e intenções e evitar regulamentos
de saúde e segurança.
Qualquer conduta relacionada às drogas
consideradas ilícitas ainda é crime no Brasil. A atual Lei de Drogas
(11.343/2006) mantém a proibição dessas substâncias e somente despenaliza a
conduta relacionada ao uso, como pode ser observado no artigo 28 dessa lei.
Isso quer dizer que a pessoa usuária não pode ser presa por portar drogas para
consumo pessoal, mas ainda pode sofrer sanções administrativas, educativas ou
penais que não restrinjam sua liberdade.
As pessoas usam drogas porque querem mudar
algo nas suas vidas. Os jovens as usam para experimentar, adaptar-se, escapar
ou relaxar. Aliviar o tédio, parecer adulto ou, simplesmente, rebelar-se.
Eles pensam que as drogas são uma solução,
mas as drogas acabam tornando-se o problema.
Mesmo quando os problemas que se têm de
enfrentar são difíceis as consequências do uso de drogas sempre serão piores
que o problema que se está tentando resolver. A resposta real é obter os fatos
e, em primeiro lugar, não usar drogas.
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