DE TUDO UM POUCO
HÁ NUVENS NEGRAS NO CÉU DO
BRASIL.
Dizem que o céu brasileiro é um
dos mais lindos do Mundo. A mim só resta
acreditar que é, porque não conheço os demais.
Hoje, 14/6/17, por exemplo, quando vinha do Oeste para o Leste,
ou do Distrito do Coração para o centro de Macapá, fotografei paisagens
espetaculares da “ briga “ do Sol com as nuvens negras que o impediam de
irradiar seus raios sobre a Terra. Havia raios coloridos, outros brancos,
outros matizados, mas, o mais belo é que todos formavam uma tela de impressionante e rara beleza
artística esculpida pela Mãe Natureza.
Fiquei deveras maravilhado e, de certa forma egoísta, porque muitos não
podem ou não puderam maravilhar-se com
tão deslumbrante espetáculo celestial. Há um ditado popular, creio, que diz
assim : “ poucos tem o privilégio de observar o maior espetáculo da terra – o
surgir do Sol no firmamento “.
Mas toda essa beleza é empanada
pelas nuvens negras que pairam sobre o céu do Brasil, que não deixam que o Sol da esperança ilumine
o espírito de brasilidade de nossos governantes, principalmente os das esferas
maiores – Legislativo, Executivo e Judiciário. É evidente que o rol é
qualificativo e identificativo, e estes, sim, representam as nuvens negras que
impedem a caminhada do brasil rumo ao desenvolvimento e da autonomia
internacional.
A Política, não é mais a Ciência
dotada de dogmas, princípios e leis reguladoras de comportamento, ética e
moralidade num Estado Democrático de Direito. A
Política transformou-se em “ profissão regulamentada “, porque seus
agentes e representantes não têm mais a preocupação e nem sensibilidade de compreender seu papel
de “ representantes do Povo “, porque
estes são, de fato e de direito, os detentores do Poder.
Os Legislativos emiscuiram-se
num emaranhado de prostituição ( com todo respeito às mulheres de ofício )
arrecadadora de “ propina “ ( pagamento por fora, caixa 2, enriquecendo em
escala geométrica e com dinheiro do Povo. O descalabro é tão grande e a
senvergonhice maior ainda, quando esses “ ladrões “ ( termo genérico aplicado
àqueles que subtraem coisa alheia para sí ou para outrem, com ou sem violência
) confessam seus crimes ( chamados de réu confesso ), sem nenhum pudor ou arrependimento,
assegurando que farão devolução de milhões ou
bilhões de Reais, com a garantia do REFIS judiciário, a chamada delação
premiada. Premiação o infrator para que se possa prender, e não investigar,
possíveis componentes da quadrilha ( hoje conhecida como associação criminosa
). É aqui que entra o Judiciário, destacando-se um órgão chamado Ministério
Público, que tem a prerrogativa de “ denunciar “ à Justiça, o resultado da
análise do Inquérito Policial ( ainda existe ? ) e, fundamentando seu pedido,
encaminhar o processo ao Judiciário, que se, aceita a denúncia, o denunciado
passa a condição de Réu, seguindo-se a aplicação constitucional da “ ampla
defesa e do contraditório “.
Nessa mesma esteira estão
agentes públicos dos Executivos
nacional, estaduais e municipais, cujas notoriedade são tornadas públicas
através da imprensa investigativa.
Um quarto personagem compõe esse
quadro dantesco de corrupção. São dirigentes
de empresas públicas, e somente eles são corruptos, porque a empresa é
ente inerte e é representada. As vezes
esses agentes são
corruptores, porque possibilitam
vantagens futuras à alguém. Outras vezes são corrompidos por agentes externos
que oferecem propina pelas vantagens recebidas de empresários, pagas com
dinheiro do Povo.
Porém, a despeito desse quadro
dantesco de miséria política e administrativa, sobram os que dedicam-se a
restaurar a dignidade do Povo brasileiro, a respeitabilidade num País chamado
Brasil. A estes, um voto de confiança. E à aqueles, nossas mais profundas
formas de repúdio.
O Ministério do Trabalho e
Emprego ainda não conheceu que quem exerce atividade política, deve tê-la como
da profissão. Mas, na prática, isso acontece, pois a perpetuação no cargo ou na
função tem escada hierárquica – tataravô, avô, pai, mãe, esposa, filhos, netos,
e, se fosse possível, o papagaio, o gato e o cachorro de estimação familiar.
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