sábado, 17 de junho de 2017

ARTIGO JURACY FREITAS




DE TUDO UM POUCO

HÁ NUVENS NEGRAS NO CÉU DO BRASIL.

                Dizem que o céu brasileiro é um dos mais lindos do Mundo. A  mim só resta acreditar que é, porque não conheço os demais.

                Hoje, 14/6/17, por  exemplo, quando vinha do Oeste para o Leste, ou do Distrito do Coração para o centro de Macapá, fotografei paisagens espetaculares da “ briga “ do Sol com as nuvens negras que o impediam de irradiar seus raios sobre a Terra. Havia raios coloridos, outros brancos, outros matizados, mas, o mais belo é que todos formavam  uma tela de impressionante e rara beleza artística esculpida pela Mãe Natureza.  Fiquei deveras maravilhado e, de certa forma egoísta, porque muitos não podem ou não puderam  maravilhar-se com tão deslumbrante espetáculo celestial. Há um ditado popular, creio, que diz assim : “ poucos tem o privilégio de observar o maior espetáculo da terra – o surgir do Sol no firmamento “.

                Mas toda essa beleza é empanada pelas nuvens negras que pairam sobre o céu do Brasil,  que não deixam que o Sol da esperança ilumine o espírito de brasilidade de nossos governantes, principalmente os das  esferas  maiores – Legislativo, Executivo e Judiciário. É evidente que o rol é qualificativo e identificativo, e estes, sim, representam as nuvens negras que impedem a caminhada do brasil rumo ao desenvolvimento e da autonomia internacional.

                A Política, não é mais a Ciência dotada de dogmas, princípios e leis reguladoras de comportamento, ética e moralidade num Estado Democrático de Direito. A  Política transformou-se em “ profissão regulamentada “, porque seus agentes e representantes não têm mais a preocupação  e nem sensibilidade de compreender seu papel de “ representantes  do Povo “, porque estes são, de fato e de direito, os detentores do Poder.

                Os Legislativos emiscuiram-se num emaranhado de prostituição ( com todo respeito às mulheres de ofício ) arrecadadora de “ propina “ ( pagamento por fora, caixa 2, enriquecendo em escala geométrica e com dinheiro do Povo. O descalabro é tão grande e a senvergonhice maior ainda, quando esses “ ladrões “ ( termo genérico aplicado àqueles que subtraem coisa alheia para sí ou para outrem, com ou sem violência ) confessam seus crimes ( chamados de réu confesso ), sem nenhum pudor ou arrependimento, assegurando que farão devolução de milhões ou  bilhões de Reais, com a garantia do REFIS judiciário, a chamada delação premiada. Premiação o infrator para que se possa prender, e não investigar, possíveis componentes da quadrilha ( hoje conhecida como associação criminosa ). É aqui que entra o Judiciário, destacando-se um órgão chamado Ministério Público, que tem a prerrogativa de “ denunciar “ à Justiça, o resultado da análise do Inquérito Policial ( ainda existe ? ) e, fundamentando seu pedido, encaminhar o processo ao Judiciário, que se, aceita a denúncia, o denunciado passa a condição de Réu, seguindo-se a aplicação constitucional da “ ampla defesa e do contraditório “.

                Nessa mesma esteira estão agentes públicos dos  Executivos nacional, estaduais e municipais, cujas notoriedade são tornadas públicas através da imprensa investigativa.

                Um quarto personagem compõe esse quadro dantesco de corrupção. São dirigentes  de empresas públicas, e somente eles são corruptos, porque a empresa é ente inerte e é representada. As vezes  esses agentes  são corruptores,  porque possibilitam vantagens futuras à alguém. Outras vezes são corrompidos por agentes externos que oferecem propina pelas vantagens recebidas de empresários, pagas com dinheiro do Povo.

                Porém, a despeito desse quadro dantesco de miséria política e administrativa, sobram os que dedicam-se a restaurar a dignidade do Povo brasileiro, a respeitabilidade num País chamado Brasil. A estes, um voto de confiança. E à aqueles, nossas mais profundas formas de repúdio.


                O Ministério do Trabalho e Emprego ainda não conheceu que quem exerce atividade política, deve tê-la como da profissão. Mas, na prática, isso acontece, pois a perpetuação no cargo ou na função tem escada hierárquica – tataravô, avô, pai, mãe, esposa, filhos, netos, e, se fosse possível, o papagaio, o gato e o cachorro de estimação familiar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...