sexta-feira, 23 de junho de 2017

BRUNO BELEM

A OUTRA FACE

Onde estará Deus? É o fim dos tempos? Por que tanta falta de amor entre as pessoas? Certamente, esses questionamentos já foram feitos por você em algum momento de angústia, de raiva ou de fraqueza. O fato é que desde os primórdios o homem busca algo ou alguém para culpar por seus erros. No início, eram os fenômenos da natureza, posteriormente, os deuses das mitologias romana, grega, egípcia e nórdica eram os culpados por acontecimentos ruins, era visto como um castigo do divino. Com o passar do tempo, todas perderam força e deu espaço a mitologia cristã, que por conta das várias ações missionárias da igreja católica, nos influencia até hoje.
Pra você que está se perguntando onde estará Deus no meio de toda essa pane mundial, respondê-lo-ei. Mas antes, não seria mais fácil se perguntar o por que estamos vivendo essa pane mundial e qual seu papel dentro desse cenário? Veja bem, é bem fácil dizermos que a culpa é de um anjo "caído”, o tal do Lúcifer. Isso é tão fácil, que vejo pessoas cometerem erros e já preparando suas defesas, de véspera, dizendo-se influenciadas por esse tal espírito caído.
Sinceramente, eu não creio que Deus tenha feito uma criatura dessas para atormentar a humanidade. E não fez mesmo, pois esse  Anjo Caído ou Anjo Decaído é um anjo que cobiçando um maior poder, acaba se entregando "às trevas e ao pecado". E por isso Lúcifer pagou um preço maior: foi transformado no horrendo Satanás, ou Satã, acho que na história política atual temos muitos exemplos disso.

Enfim, acredito que diabo seja o sentimento de fazer maldade que habita dentro de cada um de nós, bem como, acredito que não estamos vivendo o fim dos tempos. A chave para entender essas questões está no mundo globalizado, em especial nos meios de comunicação em massa, que a cada minuto, nos bombardeiam com notícias ruins, como dizem nos bastidores; "Notícia boa não vende, o povo quer ver fofoca, tragédia e confusão". Isso sem contar as mensagens em corrente que de enviadas via aplicativos de mensagens nos atormentam. Todas as coisas que vemos hoje; anomalias genéticas, suicídio, filhos assassinando pais, pedofilia entre outros, sempre existiram. Acontecesse, que no passado não tínhamos a força dos meios de comunicação e nem o advento da internet, o que tornavam esses casos mais isolados. E pra você que está dizendo que acontecia em menor número, é interessante levar em consideração que a população mundial aumentou consideravelmente.
Em relação aos eventos apocalípticos tão esperados por muitos, e ao mesmo tempo tão temido por outros, ficarão a cargo de governos que financiam guerras, da indústria farmacêutica que cria doenças para apresentar “soluções” e da forma que o homem cuidará do meio ambiente nos próximos anos, isso ditará se ainda teremos longas datas ou se uma parte considerável da população mundial será dizimada.
E Deus? Este ser maravilhoso e onipresente está sentado no seu trono nos assistindo bagunçar tudo aquilo que ele fez perfeito, como um pai que assiste sua criança fazendo travessuras e pacientemente à espera acabar, porque ao término das traquinagens, saberá como resolver cada coisa e ao mesmo tempo corrigir o filho. Não esqueçamos de ele nos dotou do “livre arbítrio”, nos mesmo escolhemos o que é certo ou errado. Ele nos ensinou o que é certo. E o principal é “amai uns aos outros como vos amei!”
Se faz necessário admitirmos que a nossa falta de amor para com o próximo é o que nos faz viver em uma sociedade tão problemática, infelizmente, você e eu, somos culpados por toda essa bagunça global. Qual é forma de mudar? É respeitar ao próximo, por mais exótico que ele possa parecer, e seguir um mandamento que é adotado por todos os segmentos religiosos; amar seu semelhante. É tão simples que chega a ser infantil, mas pergunte-se; quantas vezes você não discordou e me criticou só durante a leitura deste texto? Certamente, alguns surtaram quando propositalmente usei o termo mitologia cristã. Consegue entender onde começa, nobilíssimo?


As respostas e as soluções são simples, o difícil é conseguir abandonar crenças, dogmas pessoais e orgulho para aplicá-las. Ótima semana!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...