Armadilhas nossas de cada dia - 2
Por Marco Antônio
Antes de falarmos de como driblar as
arapucas, vamos esclarecer umas coisas. Comemorado em 17 de maio, o Dia Mundial
da Sociedade da Informação, mais conhecido como Dia da Internet, foi instituído
pela ONU em 2005 como forma de promover a reflexão em torno da influência que
as novas tecnologias da informação têm na sociedade. Neste ano, por exemplo, o
foco da celebração está no potencial que essa área apresenta quando associada
ao empreendedorismo que busca impacto social. A ideia é debater o papel-chave
que as startups e os hubs de tecnologia podem ter no desenvolvimento de
soluções práticas que ajudem a atingir as metas globais de desenvolvimento
sustentável.
Startup é um grupo de pessoas à
procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em
condições de extrema incerteza, uma espécie de incubadora de ideias. E com o
crescimento da economia criativa, onde a capacidade de inovar, gerar ideias e
soluções originais se tornou um importante ativo de mercado, é cada vez mais
comum o aparecimento de hubs, lugares físicos de conectividade que vão além da
definição de um “espaço compartilhado de trabalho”, onde várias empresas se
conectam em buscas de resultados de sucesso, comuns ou não. Em um próximo
artigo abordaremos melhor estes e outros tópicos relativos.
Mas, vamos as dicas de hoje. Com o
crescimento absurdo de usuários, tem aumentado em proporção direta o número de
espertalhões querendo dar golpe. Não pense que só caem nessas arapucas apenas
os ingênuos. A cada dia que passa, pessoas de má índole se empenham mais em
busca da emboscada perfeita para abater suas vítimas, por vezes enganando até
mesmo os experientes. Mas como se manter longe dessas armadilhas?
Já consideramos aqui que o IMEI, o
identificador digital de seu aparelho, é a forma de garantir que o mesmo jamais
seja roubado. E, se o for, não poderá ser utilizado como celular. Ocorre que
essa prática, que deveria ser adotada desde a saída da fábrica e chegar em sua
nota fiscal, é relaxada e posta em prática apenas pelo usuário final. Ou seja,
fica todo o percurso com as portas escancaradas para o bel prazer dos
meliantes.
Com isso, tem-se a nítida impressão
que as marcas não estão nem aí para o crescimento exacerbado do roubo e furto
de celulares, tornando-os as principais moedas entres os bandidos. Tal fato nos
provoca a seguinte conclusão: se roubarem nos caminhões transportadores alguém
os reporá de volta, pois devem ter seguro. Se furtarem nas distribuidoras ou
nas lojas, o mesmo poderá acontecer. E se acontecer com você, furto ou roubo,
com toda a certeza, comprará outro.
Agora, vejamos ao contrário, se o
bendito IMEI andasse junto com o aparelho: Após ser fabricado os mesmos seguem
para as distribuidoras. Vinte mil, cinquenta mil aparelhos, não sei... E,
evidente que serão repassados On Line ao gerente, ou o que for, a quantidade,
as séries, e todos aqueles números e letras, e o IMEI, que daí em diante chega
até você junto com a nota fiscal. Assim, bonitinho, sem você exigir. Feito
isso, automaticamente, nenhum bandido almejaria roubá-lo porque, se o fizesse
em qualquer momento desse processo, o aparelho seria bloqueado e não serviria
mais para nada, capisce?
No entanto, isso não acontece, e todo
o processo citado provoca ambições, por parte dos malfeitores, gerando
uma violência totalmente desnecessária. Contra os caminhoneiros, carregadores,
repositores, gerentes e... Contra você, consumidor final!
Bom, mas enquanto isso não ocorre, de
posse do seu celular, com o IMEI devidamente anotado, ainda tem que se livrar
dos boatos, gracinhas, fofocas, e das armadilhas daqueles que se dizem amigos
do alheio. Nesse sentido, repassamos algumas dicas:
Desconfie de tudo que pareça uma
grande oportunidade, principalmente se a mensagem em questão for um site
direcionada à venda de produtos. Produtos milagrosos e com preço muito abaixo
do mercado são os principais itens a serem observados. No caso de sites de
leilão, verifique a reputação do vendedor, comentários de outros compradores e,
principalmente, leia atentamente a descrição do produto para não cair em uma
"pegadinha".
Não se deixe levar pela curiosidade.
Infelizmente esse é um ponto fraco da maioria dos usuários e é muito bem
explorado por pessoas mal-intencionadas. Mensagens suspeitas incitando o
usuário a clicar sobre um link é a principal forma desse tipo de fraude.
Em casos de suspeita, pesquise sobre
o site que estiver prestes a acessar. Mantenha-se informado e não cometa o
mesmo erro de outras pessoas.
Utilize navegadores confiáveis. Estes
funcionam como a porta de acesso para a Internet e, por vezes, até ajudam o
usuário a se livrar de uma "furada". Ainda no navegador, observe se
páginas que lhe solicitam informações pessoais são criptografadas. Isso pode
ser identificado nos navegadores mais famosos por um ícone em forma de cadeado
na barra de endereços. Mas nem por isso informe os seus dados pessoais a
qualquer site. Mais uma vez pesquise e certifique-se que não está entrando em
uma fria.
Sempre use ferramentas de segurança
no computador e as mantenha atualizadas. São imprescindíveis: antivírus,
anti-spyware, antiphishing (alerta o usuário sobre sites falsos) e firewall.
Pode-se optar por utilizar um software para cada fim, desde que estes não
entrem em conflito, ou partir para aplicativos mais robustos que englobam todos
esses tipos de ferramentas.
Uma vez que esses cuidados sejam
tomados, a chance de você cair em uma armadilha na Internet diminui
consideravelmente. E, principalmente, anote o seu IMEI e peça aos seus amigos e
familiares a fazerem o mesmo. Mas no caso se assalto, não entre numa de tentar
avisar ao bandido de que o aparelho não valerá de nada se ele levar, pois,
provavelmente, assim como você, antes de se informar aqui, ele nem saberá o que
é IMEI.
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