sábado, 26 de agosto de 2017

PREVENÇÃO E COMBATE AO ESCALPELAMENTO



Ação de prevenção e combate ao escalpelamento realiza 500 atendimentos




No próximo dia 28, as ações serão realizadas na comunidade de Ipixuna Grande, com serviços na área de saúde, cidadania e educação.

Com aproximadamente 500 atendimentos, o Governo do Estado encerrou as ações de saúde do Dia Nacional de Combate aos Acidentes com Escalpelamento, desenvolvidas na Universidade Federal do Amapá, nos dias 24 e 25. É mais uma forma de alertar sobre os cuidados que a população precisa ter para prevenir acidentes, provocados pelo eixo do motor de embarcações.
Jane de Carvalho tem 25 anos, veio do município de Afuá para participar do evento. Segundo ela, as ações são bem-vindas, pois ajudam no bem-estar físico e mental das vítimas de escalpelamento. "Precisamos nos cuidar e essas ações facilitam nossa vida. Além de termos que nos preocupar com nossa saúde física, temos que nos preocupar com a saúde mental, pois muitas vítimas ainda sofrem com vários tipos de preconceitos na sociedade", comenta.
Foram disponibilizados marcação de consultas, exames laboratoriais, testes rápido de HIV, sífilis e hepatite, aferição da pressão arterial, dentre outros atendimentos às mulheres vítimas de escalpelamento.
Mais ações
No próximo dia 28, as ações alusivas à data serão realizadas na comunidade de Ipixuna Grande, município de Itaubal, com serviços na área de saúde, cidadania e educação. No mês de setembro, ocorrerá uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir o tema.
A programação conta com o apoio da Marinha do Brasil, Corpo de Bombeiros, Unifap e secretarias de Estado da Saúde (Sesa) e de Educação (Seed).
Avanço
As mulheres vítimas de escalpelamento foram reconhecidas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) como deficientes, o que permite a cobertura dessa população pela seguridade social. "Nos casos de impossibilidade de manter ou ter mantido o sustento da família, as vítimas terão o direito de receber o benefício de um salário-mínimo por mês", explicou Rosinete Serrão, representante da Associação de Mulheres Ribeirinhas Vítimas de Escalpelamento da Amazônia (AMRVEA).
O escalpelamento
O acidente acontece quando as vítimas têm o couro cabeludo arrancado no contato com os motores dos barcos, meio de transporte comum na região amazônica. As principais vítimas são mulheres e crianças que sofrem os efeitos físicos e traumas psicológicos.
Projeto de Lei
O Dia Nacional de Combate aos Acidentes com Escalpelamento é instituído pelo projeto de lei (PL 175/08) com o propósito de conscientizar população, barqueiros e ribeirinhos sobre os riscos de acidentes em barcos da Amazônia que navegam com o eixo do motor exposto.

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