sexta-feira, 8 de setembro de 2017

FIQUE INFORMADO

OS CONTO DA PRAÇA
Por: Marco Antônio

É cada dia mais difícil achar alguém que não tenha caído pelo menos alguma vez em um conto-do-vigário. Existem dezenas de golpes sendo aplicados na praça e o número de vítimas aumenta a cada ano. Os lesados poderiam ser em maior número se as pessoas não tivessem vergonha de registrar o caso em uma delegacia.

Apesar da aparente vergonha da vítima em registrar o caso e se apresentar como um “otário”, não passa um dia sem que as delegacias registrem pelo menos um novo golpe. Muitas vezes, os contos antigos retornam com nova roupagem, como os que estão sendo praticados com a ajuda da tecnologia. Antigamente, bastava uma boa lábia para ludibriar alguém, agora, os bandidos usam celular, computador, internet, fax, anúncios classificados”.

Na maioria das vezes, o que faz um crime desses dar certo é o fato de muita gente querer se dar bem com um negócio da China. Ou é por ganância e ainda  por ingenuidade. Alguns são fraudes cometidas para perpetrar um crime em seguida. Um dos golpes mais antigos, aplicado sobretudo em comerciantes, é o do dinheiro falso. No mais recente, divulgado semana passada, estelionatários usam o nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para tirar dinheiro de parentes de aposentados recém-falecidos.
A Delegacia de Estelionato classificou os dez golpes mais aplicados por estelionatários na praça, com registros de ocorrências na Polícia Civil. Apresentaremos os cinco mais aplicados. São eles:

 1.    Carro quebrado ou “Bença Tia” - Esse é um golpe muito cometido por detentos de presídios do Brasil. O criminoso liga para números aleatórios e quando alguém atende diz “bença tia (o)”. O suspeito se passa por parente da vítima, geralmente sobrinho, e diz que está com o carro quebrado na estrada e que precisa de dinheiro para o guincho ou para pagar o mecânico. A vítima acreditando que o parente está com dificuldades realiza o depósito. Em outra versão do golpe, o estelionatário pode pedir crédito de celular, supostamente para manter contato com a seguradora e com familiares.
2.    Envelope Vazio - Muito usado na compra de carros, motocicletas, e materiais de construção, mas pode acontecer também com o objetivo de adquirir outros produtos como móveis, aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos. O estelionatário realiza a compra dos bens e faz o depósito em um envelope sem o dinheiro. Ao apresentar o comprovante de pagamento, a vítima entrega a mercadoria, descobrindo mais tarde que sofreu um golpe.

3.    Gincana de programas de TV - Geralmente cometido por detentos de dentro presídios com o objetivo de arrecadar créditos de celular. Neste golpe, o criminoso envia uma mensagem de texto dizendo que a pessoa acabou de ganhar, um carro, uma casa ou algum eletrodoméstico e que para receber o bem, basta seguir as instruções contidas na mensagem. Quando a vítima compra o crédito de celular, o golpista oferece novos prêmios em troca de mais créditos.
4.    Falso sequestro - Esse golpe é tratado como extorsão e não estelionato. O autor do golpe liga aleatoriamente para telefones de vítimas e diz que está com o filho/a e exige dinheiro para o resgate. Com ameaças de morte e aproveitando a situação de nervosismo, os golpistas acabam convencendo a vítima de que realmente está com alguém de sua família. Nessa situação, a vítima deve perguntar por alguma coisa que só o filho ou filha saberia, por exemplo, o nome do animal de estimação ou outro lugar em que tenham morado anteriormente. Antes da confirmação não se deve tentar negociar com os criminosos ou fazer qualquer depósito em dinheiro.
 5.    Facilitador de programas de casa habitacionais do governo - Este é um dos exemplos em que a vítima também está procurando obter uma vantagem. O golpista pede uma quantia em dinheiro para que a pessoa passe na frente de outras no recebimento de casas de programas habitacionais. Após receber o dinheiro, o estelionatário some sem dar satisfação a vítima. Os interessados em adquirir casas de programas do governo devem ter a consciência de que existe uma ordem no sistema que deve ser seguida e qualquer forma de facilitação ou proposta de burlar o sistema, provavelmente é um forte indício de golpe.

Você deve sempre desconfiar de propostas de venda de produtos no valor abaixo do mercado. A venda de materiais do governo deve ser feita de acordo com os princípios da administração pública, e não negociada diretamente com particulares. Em caso de dúvidas, entrar em contato com o órgão que supostamente está fazendo a venda, para confirmar as informações.



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