Zonas norte, sul e central terão abastecimento de
água ampliado
Melhoria
e expansão no fornecimento de água potável vai beneficiar 26 bairros de Macapá
Reinaldo
Coelho
Um
dos grandes desafios do Governo do Estado atualmente é garantir a prestação do
serviço de saneamento básico de qualidade em meio a este cenário de crise
nacional. Em Macapá, onde se concentra o maior número de usuários, a Companhia
de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) buscou, através de articulações políticas do
governo em parceria com a bancada federal, dar início a um ousado projeto que
pretende melhorar e expandir o fornecimento de água potável.
As obras foram oficialmente retomadas em janeiro deste ano e na última sexta-feira (15), o vice-governador do Amapá, Papaléo Paes, realizou uma visita técnica nas obras de ampliação do sistema de abastecimento de água na zona norte e zona sul de Macapá. Estavam presentes o diretor presidente da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), Valdinei Amanajás, o juiz federal João Bosco, além da comitiva da Justiça Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Caixa Econômica.
Estas
obras consistem na construção do módulo de tratamento nº3 na área da Estação de
Tratamento Água Metropolitana (ETAM) e do reservatório semienterrado de 10.000
metros cúbicos, acoplados à Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT) na zona
sul e a conclusão da construção do Centro de Reservação Felicidade, localizado
na Zona Norte, incluindo EEAT e sub-adutora.
As
obras
Com
a conclusão da ampliação da ETA da Zona Sul e no reservatório da zona norte, a
capacidade de armazenamento de líquido tratado será quatro vezes maior,
passando de 6 milhões de litros para 26 milhões de litros de água potável. As
obras permitirão melhorias na vazão da água para 26 bairros das zonas sul,
central e norte de Macapá.
Os
recursos do empreendimento foram captados através do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC 1), por meio da Caixa Econômica Federal (CEF). Eles totalizam
R$ 19,153 milhões, sendo que R$ 6 milhões são de contrapartida do Governo do
Amapá. A previsão de finalização das
obras dos reservatórios é para o primeiro semestre do ano de 2018.
“A
parte de construção civil desse espaço está avançando, mas ainda resta um
grande trabalho a ser feito com a instalação dos equipamentos que compõem essas
estruturas que formarão este módulo”, informou o engenheiro responsável pela
obra, Guilherme Lisboa Júnior.
No
espaço da Caesa da Zona Norte, localizado na BR-210, a construção da estrutura
de ampliação do atual reservatório também está em andamento. Com a obra, a
capacidade de armazenamento da água subirá de 500 metros cúbicos para 10 mil
metros cúbicos. Este sistema será parte integrante da Estação de Tratamento de
Água (ETA) na região.
O
diretor-presidente da Caesa, Valdinei Amanajás, informou que o trabalho da
companhia em monitorar a execução dos serviços é essencial para que a obra
esteja dentro das normas de engenharia e de acordo com o cronograma do projeto.
“É
uma obra grande, voltada para o abastecimento de água na capital, que tem
muitas etapas em sua execução, pois são duas frentes de trabalho atuando.
Estamos fazendo esse acompanhamento constante para que não haja nenhum
empecilho no andamento dos serviços”, disse o gestor.
Maior fornecimento
As
obras permitirão melhorias na vazão da água na capital. “A pressão e a
quantidade irão aumentar, significativamente, em pontos em que ocorre baixa
pressão, como a zona norte da cidade”, reforçou o diretor-presidente Valdinei
Amanajás.
Parcerias
Além
de investir na ampliação do fornecimento de água na capital, o Governo tem
buscado firmar parcerias com as prefeituras com foco no saneamento básico.
Essa
cooperação atende a uma orientação da Justiça Federal, que determinou que a
Fundação Nacional de Saúde (Funasa) liberasse recursos de convênios, firmados
em 2012, para que as prefeituras de Laranjal do Jari e Oiapoque possam
contratar projetos executivos de saneamento mais completos.
Os
valores são na ordem de R$ 30 milhões para Laranjal do Jari e R$ 15,7 milhões
em Oiapoque. A equipe técnica da Caesa vai orientar os municípios quanto ao
trâmite para elaboração do projeto executivo.
Valdinei
Amanajás disse que além da ampliação da rede de água, esse projeto precisa ter
inclusos outros itens básicos de saneamento como esgotamento sanitário, limpeza
urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais.
“Esses
convênios previam, inicialmente, apenas o investimento em água tratada, mas a
Justiça entendeu que é necessário implementar os outros itens. Dessa forma,
estamos nos reunindo com as prefeituras para alinharmos esta cooperação”,
informou o gestor.
A
prefeita de Oiapoque, Maria Orlanda, considera de extrema importância este
trabalho conjunto. “A prefeitura precisa desse apoio da Caesa para avançar
nesse projeto para que a obra possa começar o quanto antes. Com certeza, isso
vai melhorar o serviço de saneamento na nossa cidade”, concluiu.
O
município de Calçoene também será contemplado. O projeto de ampliação do
sistema de abastecimento de água foi apresentado à presidência da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), na sede da instituição federal, em Brasília.
O
estudo foi elaborado pela diretoria técnica da Caesa e tem como objetivo
garantir o fornecimento de água tratada para toda a área urbana do município. A
obra consiste na mudança de local do sistema para a localidade conhecida como
Sete Ilhas, além da reestruturação do espaço.
A
direção da Caesa avaliou de forma positiva o encontro entre os representantes e
disse que a liberação do recurso, no valor de R$ 9 milhões, dependerá da
análise técnica da Funasa.
“Esse
projeto é um compromisso do governador Waldez Góes com os habitantes de
Calçoene. A Caesa não mediu esforços para apresentar esse projeto a fim de que
o município possa buscar recursos junto à Funasa para a execução desse projeto
que atenderá 100 % da população”, explicou.
De
acordo com o gestor, a resposta quanto à disponibilização do valor ocorrerá em
até 90 dias. Na oportunidade também foram realizadas tratativas para a
cooperação técnica entre Caesa e Funasa.
Com
esta parceria, a Fundação pode disponibilizar à companhia um laboratório móvel
para o controle da qualidade da água, que poderá ser usado nos estudos técnicos
da água tratada nas estações e sistemas.
Em
Itaubal, os moradores foram contemplados, também, com a obra de ampliação e
melhoria do sistema de abastecimento de água. A obra melhorou a captação do
sistema, que é formado por três poços, através do aumento da rede de adutoras
em mais 128 metros, permitindo uma maior vazão da água.
Foi
construído também um novo reservatório elevado com capacidade para armazenar 50
mil litros de água tratada. A estrutura substituiu a antiga, que tinha
capacidade de armazenar apenas 10 mil litros.
O
investimento da obra é de R$ 455 mil, com recurso oriundo do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC -1), através do convênio firmado entre governo
do Estado, Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) e Fundação Nacional de
Saúde (Funasa). Deste valor, R$ 105 mil são de contrapartida do tesouro estadual.
Compromisso
O
governador Waldez Góes lembrou que foi preciso estabelecer uma força-tarefa em
parceria com a Caixa Econômica e Justiça Federal para restabelecer o convênio e
não perder os recursos por conta da paralização da obra (em agosto de 2014),
por desistência da empresa responsável.
No
início de 2015, a Caesa e a Caixa Econômica consultaram a empreiteira que não
demonstrou interesse em retomar os serviços. O governo, então, rescindiu o
contrato e conseguiu novamente reestabelecer o convênio, que garantiu os
recursos.
“A
garantia desses recursos foi fruto de um trabalho de mais de um ano junto à
Caixa, com a colaboração da Justiça Federal, para que não perdêssemos o
dinheiro. Agora, a obra é uma realidade”, avaliou Waldez Góes.
Governo
investe em obras para melhorar e ampliar o fornecimento de água em Macapá
BOX
Abastecimento de água no interior do Estado
No
início de 2017 a diretoria da CAESA estabeleceu um cronograma de visitas a
todos os municípios, realizando inspeção nos sistemas de abastecimentos que
atendem os munícipes amapaenses.
O
diretor-presidente da Caesa, Valdinei Amanajás, e o diretor técnico, João Batista
Gomes, visitaram os municípios de Tartarugalzinho, Calçoene, Amapá, Pracuúba e
Oiapoque. “Estas visitas fazem parte da elaboração de relatórios para
viabilizarmos as adequações necessárias para os sistemas do interior. Fizemos
questão de ir a cada município, assim, percebendo, in loco, a situação real e
podendo conversar com a população sobre o abastecimento de água”, informou
Amanajás.
Um
dos pontos principais foi a visita no município de Oiapoque. “Visitamos algumas
obras de abastecimento de água pertencentes à Prefeitura de Oiapoque e, em
contato com a prefeita, Maria Orlanda, buscamos consolidar as informações
técnicas para retomar estas obras pertencentes ao município”, informou o
presidente da CAESA.
Amanajás
esclareceu que outros sistemas de abastecimento de água do interior do Estado
serão visitados para que todos passem pela mesma avaliação. “No final do ano
passado, visitamos os municípios de Porto Grande e Ferreira Gomes, que também
passaram pela mesma análise. Ao final do relatório, será possível percebermos
as mudanças operacionais, técnicas e financeiras em cada localidade para,
assim, trazermos benefícios mútuos à Caesa e à população dos municípios
visitados”, finalizou.
Os distritos receberam inspeção
A
equipe técnica da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) realizou em julho
e agosto, uma inspeção nos sistemas de abastecimentos dos distritos localizados
na região da Pedreira, em Macapá. O objetivo foi avaliar as condições
estruturais para que sejam realizadas melhorias, como parte do plano de ação da
instituição no interior do Estado.
A
vila do distrito de Santo Antônio da Pedreira foi o primeiro local a ser
visitado. A bomba que abastece a localidade passou por manutenção devido a uma
pane causada por oscilações no fornecimento de energia elétrica, deixando a
comunidade sem água. O equipamento foi encaminhado para manutenção para
normalizar a prestação do serviço.
Também
foi feita a revitalização do espaço onde se localiza o sistema isolado,
incluindo a torre da elevatória que abastece a comunidade. “Fizemos o
levantamento das informações sobre o sistema. A prioridade agora é garantir o
retorno do fornecimento de água para a população e, posteriormente, cuidaremos
da revitalização e de alocar um servidor para que cuide da manutenção deste
sistema”, explicou o diretor-presidente da Caesa, Valdinei Amanajás.
A
moradora do distrito, Raimunda Soares, disse que é importante que a equipe da
companhia faça as visitas na comunidade para tratar do melhoramento do serviço
prestado. “É bom ter esse momento para a gente expor os problemas que passamos
com a falta d’água e saber o que será feito pela Caesa. A gente espera que essa
falta d’água aqui seja resolvida”, esperançou-se.
No
distrito do Lontra da Pedreira, onde o sistema funciona através de uma estação
de captação no Rio Pedreira, será feita a manutenção nos filtros decantadores
que compõem o sistema.
No
Abacate da Pedreira, onde o modelo de sistema é através de poço, também está
programada a revitalização do espaço onde se localiza o poço. Essas ações serão
programas ainda para este segundo semestre.
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