sábado, 16 de setembro de 2017

MATÉRIA DE CAPA



Zonas norte, sul e central terão abastecimento de água ampliado




Melhoria e expansão no fornecimento de água potável vai beneficiar 26 bairros de Macapá




Reinaldo Coelho


Um dos grandes desafios do Governo do Estado atualmente é garantir a prestação do serviço de saneamento básico de qualidade em meio a este cenário de crise nacional. Em Macapá, onde se concentra o maior número de usuários, a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) buscou, através de articulações políticas do governo em parceria com a bancada federal, dar início a um ousado projeto que pretende melhorar e expandir o fornecimento de água potável.

As obras foram oficialmente retomadas em janeiro deste ano e na última sexta-feira (15), o vice-governador do Amapá, Papaléo Paes, realizou uma visita técnica nas obras de ampliação do sistema de abastecimento de água na zona norte e zona sul de Macapá.  Estavam presentes   o diretor presidente da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), Valdinei Amanajás, o juiz federal João Bosco, além da comitiva da Justiça Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Caixa Econômica.

Estas obras consistem na construção do módulo de tratamento nº3 na área da Estação de Tratamento Água Metropolitana (ETAM) e do reservatório semienterrado de 10.000 metros cúbicos, acoplados à Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT) na zona sul e a conclusão da construção do Centro de Reservação Felicidade, localizado na Zona Norte, incluindo EEAT e sub-adutora.

As obras
Com a conclusão da ampliação da ETA da Zona Sul e no reservatório da zona norte, a capacidade de armazenamento de líquido tratado será quatro vezes maior, passando de 6 milhões de litros para 26 milhões de litros de água potável. As obras permitirão melhorias na vazão da água para 26 bairros das zonas sul, central e norte de Macapá.

Os recursos do empreendimento foram captados através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1), por meio da Caixa Econômica Federal (CEF). Eles totalizam R$ 19,153 milhões, sendo que R$ 6 milhões são de contrapartida do Governo do Amapá.  A previsão de finalização das obras dos reservatórios é para o primeiro semestre do ano de 2018.

“A parte de construção civil desse espaço está avançando, mas ainda resta um grande trabalho a ser feito com a instalação dos equipamentos que compõem essas estruturas que formarão este módulo”, informou o engenheiro responsável pela obra, Guilherme Lisboa Júnior.
No espaço da Caesa da Zona Norte, localizado na BR-210, a construção da estrutura de ampliação do atual reservatório também está em andamento. Com a obra, a capacidade de armazenamento da água subirá de 500 metros cúbicos para 10 mil metros cúbicos. Este sistema será parte integrante da Estação de Tratamento de Água (ETA) na região.
O diretor-presidente da Caesa, Valdinei Amanajás, informou que o trabalho da companhia em monitorar a execução dos serviços é essencial para que a obra esteja dentro das normas de engenharia e de acordo com o cronograma do projeto.
“É uma obra grande, voltada para o abastecimento de água na capital, que tem muitas etapas em sua execução, pois são duas frentes de trabalho atuando. Estamos fazendo esse acompanhamento constante para que não haja nenhum empecilho no andamento dos serviços”, disse o gestor.

Maior fornecimento
As obras permitirão melhorias na vazão da água na capital. “A pressão e a quantidade irão aumentar, significativamente, em pontos em que ocorre baixa pressão, como a zona norte da cidade”, reforçou o diretor-presidente Valdinei Amanajás.

Parcerias
Além de investir na ampliação do fornecimento de água na capital, o Governo tem buscado firmar parcerias com as prefeituras com foco no saneamento básico.
Essa cooperação atende a uma orientação da Justiça Federal, que determinou que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) liberasse recursos de convênios, firmados em 2012, para que as prefeituras de Laranjal do Jari e Oiapoque possam contratar projetos executivos de saneamento mais completos.

Os valores são na ordem de R$ 30 milhões para Laranjal do Jari e R$ 15,7 milhões em Oiapoque. A equipe técnica da Caesa vai orientar os municípios quanto ao trâmite para elaboração do projeto executivo.

Valdinei Amanajás disse que além da ampliação da rede de água, esse projeto precisa ter inclusos outros itens básicos de saneamento como esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais.

“Esses convênios previam, inicialmente, apenas o investimento em água tratada, mas a Justiça entendeu que é necessário implementar os outros itens. Dessa forma, estamos nos reunindo com as prefeituras para alinharmos esta cooperação”, informou o gestor.

A prefeita de Oiapoque, Maria Orlanda, considera de extrema importância este trabalho conjunto. “A prefeitura precisa desse apoio da Caesa para avançar nesse projeto para que a obra possa começar o quanto antes. Com certeza, isso vai melhorar o serviço de saneamento na nossa cidade”, concluiu.

O município de Calçoene também será contemplado. O projeto de ampliação do sistema de abastecimento de água foi apresentado à presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), na sede da instituição federal, em Brasília.

O estudo foi elaborado pela diretoria técnica da Caesa e tem como objetivo garantir o fornecimento de água tratada para toda a área urbana do município. A obra consiste na mudança de local do sistema para a localidade conhecida como Sete Ilhas, além da reestruturação do espaço.

A direção da Caesa avaliou de forma positiva o encontro entre os representantes e disse que a liberação do recurso, no valor de R$ 9 milhões, dependerá da análise técnica da Funasa.

“Esse projeto é um compromisso do governador Waldez Góes com os habitantes de Calçoene. A Caesa não mediu esforços para apresentar esse projeto a fim de que o município possa buscar recursos junto à Funasa para a execução desse projeto que atenderá 100 % da população”, explicou.

De acordo com o gestor, a resposta quanto à disponibilização do valor ocorrerá em até 90 dias. Na oportunidade também foram realizadas tratativas para a cooperação técnica entre Caesa e Funasa.

Com esta parceria, a Fundação pode disponibilizar à companhia um laboratório móvel para o controle da qualidade da água, que poderá ser usado nos estudos técnicos da água tratada nas estações e sistemas.

Em Itaubal, os moradores foram contemplados, também, com a obra de ampliação e melhoria do sistema de abastecimento de água. A obra melhorou a captação do sistema, que é formado por três poços, através do aumento da rede de adutoras em mais 128 metros, permitindo uma maior vazão da água.

Foi construído também um novo reservatório elevado com capacidade para armazenar 50 mil litros de água tratada. A estrutura substituiu a antiga, que tinha capacidade de armazenar apenas 10 mil litros.

O investimento da obra é de R$ 455 mil, com recurso oriundo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC -1), através do convênio firmado entre governo do Estado, Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) e Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Deste valor, R$ 105 mil são de contrapartida do tesouro estadual.

Compromisso
O governador Waldez Góes lembrou que foi preciso estabelecer uma força-tarefa em parceria com a Caixa Econômica e Justiça Federal para restabelecer o convênio e não perder os recursos por conta da paralização da obra (em agosto de 2014), por desistência da empresa responsável.
No início de 2015, a Caesa e a Caixa Econômica consultaram a empreiteira que não demonstrou interesse em retomar os serviços. O governo, então, rescindiu o contrato e conseguiu novamente reestabelecer o convênio, que garantiu os recursos.
“A garantia desses recursos foi fruto de um trabalho de mais de um ano junto à Caixa, com a colaboração da Justiça Federal, para que não perdêssemos o dinheiro. Agora, a obra é uma realidade”, avaliou Waldez Góes.
Governo investe em obras para melhorar e ampliar o fornecimento de água em Macapá


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 Abastecimento de água no interior do Estado

No início de 2017 a diretoria da CAESA estabeleceu um cronograma de visitas a todos os municípios, realizando inspeção nos sistemas de abastecimentos que atendem os munícipes amapaenses.
O diretor-presidente da Caesa, Valdinei Amanajás, e o diretor técnico, João Batista Gomes, visitaram os municípios de Tartarugalzinho, Calçoene, Amapá, Pracuúba e Oiapoque. “Estas visitas fazem parte da elaboração de relatórios para viabilizarmos as adequações necessárias para os sistemas do interior. Fizemos questão de ir a cada município, assim, percebendo, in loco, a situação real e podendo conversar com a população sobre o abastecimento de água”, informou Amanajás.
Um dos pontos principais foi a visita no município de Oiapoque. “Visitamos algumas obras de abastecimento de água pertencentes à Prefeitura de Oiapoque e, em contato com a prefeita, Maria Orlanda, buscamos consolidar as informações técnicas para retomar estas obras pertencentes ao município”, informou o presidente da CAESA.

Amanajás esclareceu que outros sistemas de abastecimento de água do interior do Estado serão visitados para que todos passem pela mesma avaliação. “No final do ano passado, visitamos os municípios de Porto Grande e Ferreira Gomes, que também passaram pela mesma análise. Ao final do relatório, será possível percebermos as mudanças operacionais, técnicas e financeiras em cada localidade para, assim, trazermos benefícios mútuos à Caesa e à população dos municípios visitados”, finalizou.

Os distritos receberam inspeção



A equipe técnica da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) realizou em julho e agosto, uma inspeção nos sistemas de abastecimentos dos distritos localizados na região da Pedreira, em Macapá. O objetivo foi avaliar as condições estruturais para que sejam realizadas melhorias, como parte do plano de ação da instituição no interior do Estado.

A vila do distrito de Santo Antônio da Pedreira foi o primeiro local a ser visitado. A bomba que abastece a localidade passou por manutenção devido a uma pane causada por oscilações no fornecimento de energia elétrica, deixando a comunidade sem água. O equipamento foi encaminhado para manutenção para normalizar a prestação do serviço.

Também foi feita a revitalização do espaço onde se localiza o sistema isolado, incluindo a torre da elevatória que abastece a comunidade. “Fizemos o levantamento das informações sobre o sistema. A prioridade agora é garantir o retorno do fornecimento de água para a população e, posteriormente, cuidaremos da revitalização e de alocar um servidor para que cuide da manutenção deste sistema”, explicou o diretor-presidente da Caesa, Valdinei Amanajás.

A moradora do distrito, Raimunda Soares, disse que é importante que a equipe da companhia faça as visitas na comunidade para tratar do melhoramento do serviço prestado. “É bom ter esse momento para a gente expor os problemas que passamos com a falta d’água e saber o que será feito pela Caesa. A gente espera que essa falta d’água aqui seja resolvida”, esperançou-se.

No distrito do Lontra da Pedreira, onde o sistema funciona através de uma estação de captação no Rio Pedreira, será feita a manutenção nos filtros decantadores que compõem o sistema.

No Abacate da Pedreira, onde o modelo de sistema é através de poço, também está programada a revitalização do espaço onde se localiza o poço. Essas ações serão programas ainda para este segundo semestre.




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