Reaparelhamento
da rede hospitalar do Amapá
Novos equipamentos vão reforçar a assistência no atendimento de urgência
e emergência, de diagnóstico de imagem e oftalmologia.Mais de R$ 175 milhões
estão sendo investidos na saúde em todo o Estado dentro do Plano de
Investimento em Infraestrutura e aparelhamento hospitalar.
Reinaldo Coelho
As políticas
públicas, desde que sejam estruturadas, surtem efeitos positivos a curto e
médio prazo. O sistema de Saúde em qualquer administração pública mundial
encontra barreiras quase intransponíveis para que o usuário receba das unidades
de saúde um atendimento no mínimo aceitável para sua condição de paciente e o
poder público consiga cumprir as determinações constitucionais dando prioridade
de atendimento e investimento na Saúde Pública.
As unidades
hospitalares já são, por si só, muito complexas para administrar devido às
atividades que possuem processos bastante distintos entre si. O desafio mais
evidente da saúde pública no Brasil sem dúvida envolve a melhoria da qualidade
dos serviços oferecidos.
Enquanto por um
lado as soluções tecnológicas trouxeram a evolução de algumas técnicas
importantes, por outro não foram suficientes para promover o devido avanço na
humanização do atendimento ao usuário do serviço. Na prática o aspecto humano
permanece em segundo plano. E o maior prejuízo dessa atitude é que o enfoque
essencialmente técnico se limita à cura e à manutenção da vida, desconsiderando
aspectos de suma importância relativos às necessidades psíquicas dos cidadãos.
Os governos
estaduais tem procurado manter em funcionamento a máquina pública da saúde que
está com sua validade “vencida” a décadas, mesmo com a obrigatoriedade de
investimentos. A Rede Hospitalar amapaense está a mais de 60 anos somente com uma
casa hospitalar de médio porte, o Hospital de Clínicas Alberto Lima,
considerado de Especialidades e de atendimentos de alta complexidade no Estado.
A atual gestão
comandada por Waldez Góes, em seu terceiro mandato executivo, vem desde sua
posse investindo na saúde estadual, tanto em estruturas físicas, quando no
aparelhamento das unidades de saúde, para isso deve investir mais de R$ 175
milhões já em execução pelo Plano de Investimento em Infraestrutura do seu
governo.
As principais
obras já em andamento na saúde pública do Amapá, destinadas a resolver gargalos
crônicos no atendimento à população, deverão ser concluídas até o fim deste 2º
semestre de 2017, conforme planeja a Secretaria de Estado da Saúde (SESA).
Nesse calendário
estão as UPAs da Zona Sul de Macapá e do município de Laranjal do Jari. Além
delas estão no planejamento para 2018 a Maternidade da Zona Norte da capital e
a ampliação do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA).
Além dos Hospitais
de Santana, Oiapoque e Laranjal do Jari a maioria dos atendimentos são
realizados pela UPA’s e pelas redes municipais de Saúde que não tem condições
de absorver a demanda local e os oriundos das ilhas paraenses.
Calandrini anuncia reforma urgente do Hospital de Santana |
Waldez Góes ressaltou que a estruturação da rede estadual
de saúde está passando pela construção e revitalização de diversas unidades
hospitalar, umas com obras em andamento e outras já com previsão de inaugurar
com equipamentos e recursos humanos instalados. “A UPA da Zona Sul de Macapá está próxima de ser inaugurada, a de
Laranjal do Jari estarei neste final de semana participando de diversas ações,
como do plano de Mobilidade Urbana e visita a obra da UPA daquele município para
definirmos o calendário da entrega do prédio e lançamos o Edital da Maternidade
da Zona Norte para sua administração e a previsão é que a obra seja entregue no início de janeiro de 2018”.
Equipagem hospitalar
O governo de
Waldez Góes está investindo no reaparelhamento da rede hospitalar, com a
aquisição de equipamentos para reforçar o atendimento de urgência e emergência,
de diagnóstico de imagem e suporte na terapia intensiva, além de melhorar a
assistência nos serviços de oftalmologia e cirurgias.
A primeira unidade
a receber os equipamentos é o Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal).
Entre os utensílios estão inclusos retinoscópio, colposcópio, mesa de exame,
ultrassom, mesa cirúrgica elétrica, autoclaves, torres de videolaparoscopia,
que irão auxiliar as cirurgias nas áreas de neurologia, ortopedia e urologia, e
outros itens para ampliar e melhorar a assistência.
O secretário
Gastão Calandrini ressaltou que as todas as medidas estão sendo tomadas para
dar celeridade na instalação dos aparelhos. “Nós estamos reaparelhando a nossa rede com o recebimento desses aparelhos,
que vão melhorar bastante a assistência à saúde no que concerne à parte
oftalmológica, otorrino, cirurgias, além de outras especialidades médicas.
Esperamos colocar em ativação o mais rápido possível esses aparelhos para que
estejam disponíveis para os nossos usuários”, explicou.
Os setores que
irão receber os equipamentos estão passando por modificações na estrutura,
inclusive na rede elétrica, as adequações são necessárias para evitar que
quedas ou variações de energia danifiquem os equipamentos que são de alta
tecnologia, além de garantir que os pacientes sejam atendidos com maior
segurança durante as cirurgias.
Cerca de 60% dos
aparelhos já foram entregues pelos fornecedores e já estão no hospital e outros
na unidade de suprimento da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), seguindo um
cronograma de distribuição e montagem.
Investimentos com recursos próprios
A SESA também está
em fase final de um processo licitatório para a aquisição de mais equipamentos
com recursos do Tesouro Estadual que irão reforçar a assistência, diagnóstico e
contribuir para uma maior qualidade no atendimento prestado aos usuários.
Oftalmologia
O setor
prioritário do HCal a ser reaparelhado é o Centro Oftalmológico, onde os
equipamentos já começaram a ser entregues. A medida possibilitará a
normalização das cirurgias oftalmológicas que atualmente são a maior demanda a
ser atendida pelo Programa de Tratamento Fora de Domicílio (PTFD), cerca de 70%
dos gastos com PTFD são de pacientes que precisam de atendimento ou cirurgias
oftalmológicas.
A equipe da SESA fez
um levantamento dos materiais para atender as principais demandas do serviço de
oftalmologia. Dentre os equipamentos adquiridos estão: coluna oftalmológica,
que tem por finalidade acomodar o paciente e facilitar o posicionamento do
mesmo para o exame clínico de oftalmologia; lâmpadas de fenda, instrumento
usado por oftalmologistas e optometristas, para avaliação do meio ocular;
microscópio especular de córnea, utilizado em pré-operatório de cirurgias
intraoculares em geral, tais como a cirurgia de catarata, glaucoma e
transplante de córnea, assim como nas doenças propriamente ditas da córnea;
retinógrafo, aparelho usado para diagnosticar doenças da retina e nervo óptico.
.
UPA de Laranjal do Jari
O governador
Waldez Góes está visitando as obras da UPA de Laranjal do Jari paratomar
conhecimento do andamento e fixar as datas de termino e de inauguração do
prédio da instituição hospitalar.
Com 77% de
conclusão da obra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Laranjal do Jari
deverá ser concluída em janeiro de 2018. Essa é a terceira Unidade de Pronto
Atendimento a ser entregue pelo governo do Estado e será administrada em
coparticipação com Organizações Sociais em Saúde (OSS). A primeira unidade a
receber esse novo modelo de administração foi a UPA da Zona Sul
Orçada em R$
3.896.158 a UPA de Laranjal do Jari está localizada na entrada da cidade, o que
beneficiará as comunidades adjacentes com atendimento de urgência e emergência
24h, serviço intermediário entre a atenção básica e as unidades hospitalares de
urgência e emergência, realização de exames laboratoriais, eletrocardiográficos
e radiológicos, distribuição de medicamentos e contará com uma equipe de
médicos especializados em pediatria e clínica geral, equipe de enfermagem e
demais profissionais de saúde.
O município de
Laranjal do Jari tem mais de 45 mil habitantes, e toda essa demanda é atendida
no Hospital Estadual de Laranjal do Jari.
Conforme Gastão
Calandrini, por se tratar de uma unidade de porte 1, a UPA terá capacidade para
atender, em média, 150 pessoas por dia e até 4.500 ao mês. "A otimização no atendimento ao público é um
compromisso do governo do Estado, as UPAs são geridas em novos modelos
colocados em prática e que já são realidade, oferecendo mais qualidade nos
serviços da rede estadual de saúde", comenta o gestor.
A entrega da UPA
deverá desafogar consideravelmente a superpopulação do único hospital da
cidade, que por dia presta mais de 500 atendimentos. Como resultado espera-se
que haja mais celeridade no atendimento emergencial no município, cabendo ao
Hospital Estadual apenas o atendimento de risco e procedimentos cirúrgicos.
Atendimentos
De acordo com
reclamações nas redes sociais usuários da rede municipal de saúde que expedem
encaminhamento de pacientes para fazerem exames no hospital Alberto Lima não
estão sendo atendidos. Questionado sobre o assunto o secretário Calandrini
explicou a reportagem que mesmo sendo o SUS universal ele é tripartite e cada
esfera tem sua atribuição. “Os exames de
rotina são uma obrigação do município, pois é constitucional eles desenvolveram
a Saúde Primária. O HCAL faz média complexidade e dos seus pacientes que ali
estão internados, quando o município deixa de fazer esses exames, sobrecarrega
os laboratórios do Estado. Além de sobrecarregar acabam com nossos insumos que
são caros e vai faltar para nossos atendimentos”, esclareceu o titular da
SESA.
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Governo anuncia novo sistema de marcação de
consultas
O sistema de Saúde
Estadual está comemorando a extinção de um gargalo social que prejudica a
imagem do atendimento público estadual com referência a marcação de consultas.
A partir de novembro deste ano a rede de saúde amapaense deverá estar
interligada pelo Sistema Nacional de Regulação (SISREG), novo procedimento que
acabará com as filas de marcação de consultas no Serviço de Arquivo Médico e
Estatístico (SAME).
O titular da SESA
explicou que estarão realizando um avanço nas marcações de consultas. “A atual marcação de consulta está com os dias
contado. Essa marcação a décadas sempre foi feita HCAL, gerando desconforto,
irritações do usuário, enfrentando chuvas sol e as negociações de vendas de
vagas nas filas. Estamos solucionando esses problemas com a determinação do
governador Waldez Góes que a colocou como prioridade para retirar essa pauta
negativa da imprensa local”.
Calandrini também
reforçou que o município de Amapá receberá o SISREG,em caráter experimental, e
que após reajustes que deverão acontecer será expandido aos demais. “Reunimos com o secretário de saúde do
município de Amapá e colocamos a ele o novo experimento, o sistema énovo e deve
ser necessário alguns reajustes. Estando tudo sanado em novembro desdobraremos
para todos os municípios”.
O novo sistema de
marcação de consultas será completamente informatizado. Os usuários poderão
marcar as consultas após receber o encaminhamento para os médicos especialistas
nas unidades de saúde dos municípios, onde devem receber o primeiro
acolhimento.
Com o atual
sistemao usuário do município de Amapá vai na UBS local e recebe o
encaminhamento para vir a Macapá para fazer os exames. “Quem fazia esse serviço era a Assistente Social, que pegava todos os encaminhamentos
e vinha a Macapá, marcava as consultas. Depois voltava para o município e
avisava os usuários, era complicado. Após o sistema implantado, lá mesmo na UBS
vão ser marcadas as consultas pela internet, avisa o usuário que só vem a
Macapá para sua consulta”.
Os municípios
ficarão responsáveis por fornecer o espaço e o computador conectado à internet
para que o usuário possa agendar as consultas. A solicitação deverá ser
homologada pela Central de Ambulatório Especializado (CAE) em até 24 horas, já
determinando a data e o médico especialista que será responsável pelo atendimento.
Isso fará com que
os usuários de outros municípios não precisem se deslocar para a capital para
marcar consultas e exames.
O secretário de
Estado da Saúde, Gastão Calandrini, destacou que o novo sistema vem para trazer
comodidade e transparência para os usuários. “A fase de testes vai nos mostrar o que precisa ser aprimorado para que,
o mais rápido possível, possamos estender o sistema para outros municípios”.
O SISREG é um sistema
web, criado para o gerenciamento de todo complexo regulatório, através de
módulos que permitem desde a inserção da oferta até a solicitação de consultas
e exames, objetivando maior organização e controle do fluxo de acesso aos
serviços de saúde, otimização na utilização dos recursos assistenciais e
visando a humanização no atendimento. É uma ferramenta fornecida pelo
Ministério de Saúde de forma gratuita.
Hospital de Santana
Cerca de R$ 4
milhões devem ser investidos na obra de reforma do Hospital Estadual de
Santana. A unidade de saúde receberá adequações para ser transformada em um
complexo que vai agregar atendimentos de urgência e emergência, cirurgias,
maternidade e pediatria.
Parada há 8 anosa
obra voltou a ser discutida em agosto por técnicos das secretarias de Saúde (SESA),
do Planejamento (SEPLAN) e de Infraestrutura (SEINF). O projeto original, da
década de 1990, sofrerá mudanças previstas nas novas
normas de engenharia específicas do ambiente hospitalar.
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