sábado, 30 de setembro de 2017

Reaparelhamento da rede hospitalar do Amapá


Reaparelhamento da rede hospitalar do Amapá



Novos equipamentos vão reforçar a assistência no atendimento de urgência e emergência, de diagnóstico de imagem e oftalmologia.Mais de R$ 175 milhões estão sendo investidos na saúde em todo o Estado dentro do Plano de Investimento em Infraestrutura e aparelhamento hospitalar.

Reinaldo Coelho

As políticas públicas, desde que sejam estruturadas, surtem efeitos positivos a curto e médio prazo. O sistema de Saúde em qualquer administração pública mundial encontra barreiras quase intransponíveis para que o usuário receba das unidades de saúde um atendimento no mínimo aceitável para sua condição de paciente e o poder público consiga cumprir as determinações constitucionais dando prioridade de atendimento e investimento na Saúde Pública.

As unidades hospitalares já são, por si só, muito complexas para administrar devido às atividades que possuem processos bastante distintos entre si. O desafio mais evidente da saúde pública no Brasil sem dúvida envolve a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos.

Enquanto por um lado as soluções tecnológicas trouxeram a evolução de algumas técnicas importantes, por outro não foram suficientes para promover o devido avanço na humanização do atendimento ao usuário do serviço. Na prática o aspecto humano permanece em segundo plano. E o maior prejuízo dessa atitude é que o enfoque essencialmente técnico se limita à cura e à manutenção da vida, desconsiderando aspectos de suma importância relativos às necessidades psíquicas dos cidadãos.

Os governos estaduais tem procurado manter em funcionamento a máquina pública da saúde que está com sua validade “vencida” a décadas, mesmo com a obrigatoriedade de investimentos. A Rede Hospitalar amapaense está a mais de 60 anos somente com uma casa hospitalar de médio porte, o Hospital de Clínicas Alberto Lima, considerado de Especialidades e de atendimentos de alta complexidade no Estado.

A atual gestão comandada por Waldez Góes, em seu terceiro mandato executivo, vem desde sua posse investindo na saúde estadual, tanto em estruturas físicas, quando no aparelhamento das unidades de saúde, para isso deve investir mais de R$ 175 milhões já em execução pelo Plano de Investimento em Infraestrutura do seu governo.

As principais obras já em andamento na saúde pública do Amapá, destinadas a resolver gargalos crônicos no atendimento à população, deverão ser concluídas até o fim deste 2º semestre de 2017, conforme planeja a Secretaria de Estado da Saúde (SESA).
Nesse calendário estão as UPAs da Zona Sul de Macapá e do município de Laranjal do Jari. Além delas estão no planejamento para 2018 a Maternidade da Zona Norte da capital e a ampliação do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA).
Além dos Hospitais de Santana, Oiapoque e Laranjal do Jari a maioria dos atendimentos são realizados pela UPA’s e pelas redes municipais de Saúde que não tem condições de absorver a demanda local e os oriundos das ilhas paraenses.
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Waldez Góes ressaltou que a estruturação da rede estadual de saúde está passando pela construção e revitalização de diversas unidades hospitalar, umas com obras em andamento e outras já com previsão de inaugurar com equipamentos e recursos humanos instalados. “A UPA da Zona Sul de Macapá está próxima de ser inaugurada, a de Laranjal do Jari estarei neste final de semana participando de diversas ações, como do plano de Mobilidade Urbana e visita a obra da UPA daquele município para definirmos o calendário da entrega do prédio e lançamos o Edital da Maternidade da Zona Norte para sua administração e a previsão é que a obra seja entregue no início de janeiro de 2018”.

Equipagem hospitalar
 
Novos equipamentos vão aparelhar rede hospitalar do Estado.
O governo de Waldez Góes está investindo no reaparelhamento da rede hospitalar, com a aquisição de equipamentos para reforçar o atendimento de urgência e emergência, de diagnóstico de imagem e suporte na terapia intensiva, além de melhorar a assistência nos serviços de oftalmologia e cirurgias.
A primeira unidade a receber os equipamentos é o Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal). Entre os utensílios estão inclusos retinoscópio, colposcópio, mesa de exame, ultrassom, mesa cirúrgica elétrica, autoclaves, torres de videolaparoscopia, que irão auxiliar as cirurgias nas áreas de neurologia, ortopedia e urologia, e outros itens para ampliar e melhorar a assistência.

O secretário Gastão Calandrini ressaltou que as todas as medidas estão sendo tomadas para dar celeridade na instalação dos aparelhos. “Nós estamos reaparelhando a nossa rede com o recebimento desses aparelhos, que vão melhorar bastante a assistência à saúde no que concerne à parte oftalmológica, otorrino, cirurgias, além de outras especialidades médicas. Esperamos colocar em ativação o mais rápido possível esses aparelhos para que estejam disponíveis para os nossos usuários”, explicou.
Os setores que irão receber os equipamentos estão passando por modificações na estrutura, inclusive na rede elétrica, as adequações são necessárias para evitar que quedas ou variações de energia danifiquem os equipamentos que são de alta tecnologia, além de garantir que os pacientes sejam atendidos com maior segurança durante as cirurgias.


Cerca de 60% dos aparelhos já foram entregues pelos fornecedores e já estão no hospital e outros na unidade de suprimento da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), seguindo um cronograma de distribuição e montagem.

Investimentos com recursos próprios


A SESA também está em fase final de um processo licitatório para a aquisição de mais equipamentos com recursos do Tesouro Estadual que irão reforçar a assistência, diagnóstico e contribuir para uma maior qualidade no atendimento prestado aos usuários.

Oftalmologia

O setor prioritário do HCal a ser reaparelhado é o Centro Oftalmológico, onde os equipamentos já começaram a ser entregues. A medida possibilitará a normalização das cirurgias oftalmológicas que atualmente são a maior demanda a ser atendida pelo Programa de Tratamento Fora de Domicílio (PTFD), cerca de 70% dos gastos com PTFD são de pacientes que precisam de atendimento ou cirurgias oftalmológicas.
A equipe da SESA fez um levantamento dos materiais para atender as principais demandas do serviço de oftalmologia. Dentre os equipamentos adquiridos estão: coluna oftalmológica, que tem por finalidade acomodar o paciente e facilitar o posicionamento do mesmo para o exame clínico de oftalmologia; lâmpadas de fenda, instrumento usado por oftalmologistas e optometristas, para avaliação do meio ocular; microscópio especular de córnea, utilizado em pré-operatório de cirurgias intraoculares em geral, tais como a cirurgia de catarata, glaucoma e transplante de córnea, assim como nas doenças propriamente ditas da córnea; retinógrafo, aparelho usado para diagnosticar doenças da retina e nervo óptico.
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UPA de Laranjal do Jari

O governador Waldez Góes está visitando as obras da UPA de Laranjal do Jari paratomar conhecimento do andamento e fixar as datas de termino e de inauguração do prédio da instituição hospitalar.
Com 77% de conclusão da obra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Laranjal do Jari deverá ser concluída em janeiro de 2018. Essa é a terceira Unidade de Pronto Atendimento a ser entregue pelo governo do Estado e será administrada em coparticipação com Organizações Sociais em Saúde (OSS). A primeira unidade a receber esse novo modelo de administração foi a UPA da Zona Sul
Orçada em R$ 3.896.158 a UPA de Laranjal do Jari está localizada na entrada da cidade, o que beneficiará as comunidades adjacentes com atendimento de urgência e emergência 24h, serviço intermediário entre a atenção básica e as unidades hospitalares de urgência e emergência, realização de exames laboratoriais, eletrocardiográficos e radiológicos, distribuição de medicamentos e contará com uma equipe de médicos especializados em pediatria e clínica geral, equipe de enfermagem e demais profissionais de saúde.
O município de Laranjal do Jari tem mais de 45 mil habitantes, e toda essa demanda é atendida no Hospital Estadual de Laranjal do Jari.
Conforme Gastão Calandrini, por se tratar de uma unidade de porte 1, a UPA terá capacidade para atender, em média, 150 pessoas por dia e até 4.500 ao mês. "A otimização no atendimento ao público é um compromisso do governo do Estado, as UPAs são geridas em novos modelos colocados em prática e que já são realidade, oferecendo mais qualidade nos serviços da rede estadual de saúde", comenta o gestor.
A entrega da UPA deverá desafogar consideravelmente a superpopulação do único hospital da cidade, que por dia presta mais de 500 atendimentos. Como resultado espera-se que haja mais celeridade no atendimento emergencial no município, cabendo ao Hospital Estadual apenas o atendimento de risco e procedimentos cirúrgicos.

Atendimentos

De acordo com reclamações nas redes sociais usuários da rede municipal de saúde que expedem encaminhamento de pacientes para fazerem exames no hospital Alberto Lima não estão sendo atendidos. Questionado sobre o assunto o secretário Calandrini explicou a reportagem que mesmo sendo o SUS universal ele é tripartite e cada esfera tem sua atribuição. “Os exames de rotina são uma obrigação do município, pois é constitucional eles desenvolveram a Saúde Primária. O HCAL faz média complexidade e dos seus pacientes que ali estão internados, quando o município deixa de fazer esses exames, sobrecarrega os laboratórios do Estado. Além de sobrecarregar acabam com nossos insumos que são caros e vai faltar para nossos atendimentos”, esclareceu o titular da SESA.

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Governo anuncia novo sistema de marcação de consultas
 
O sistema de Saúde Estadual está comemorando a extinção de um gargalo social que prejudica a imagem do atendimento público estadual com referência a marcação de consultas. A partir de novembro deste ano a rede de saúde amapaense deverá estar interligada pelo Sistema Nacional de Regulação (SISREG), novo procedimento que acabará com as filas de marcação de consultas no Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME).
O titular da SESA explicou que estarão realizando um avanço nas marcações de consultas. “A atual marcação de consulta está com os dias contado. Essa marcação a décadas sempre foi feita HCAL, gerando desconforto, irritações do usuário, enfrentando chuvas sol e as negociações de vendas de vagas nas filas. Estamos solucionando esses problemas com a determinação do governador Waldez Góes que a colocou como prioridade para retirar essa pauta negativa da imprensa local”.
Calandrini também reforçou que o município de Amapá receberá o SISREG,em caráter experimental, e que após reajustes que deverão acontecer será expandido aos demais. “Reunimos com o secretário de saúde do município de Amapá e colocamos a ele o novo experimento, o sistema énovo e deve ser necessário alguns reajustes. Estando tudo sanado em novembro desdobraremos para todos os municípios”.
O novo sistema de marcação de consultas será completamente informatizado. Os usuários poderão marcar as consultas após receber o encaminhamento para os médicos especialistas nas unidades de saúde dos municípios, onde devem receber o primeiro acolhimento.
Com o atual sistemao usuário do município de Amapá vai na UBS local e recebe o encaminhamento para vir a Macapá para fazer os exames. “Quem fazia esse serviço era a Assistente Social, que pegava todos os encaminhamentos e vinha a Macapá, marcava as consultas. Depois voltava para o município e avisava os usuários, era complicado. Após o sistema implantado, lá mesmo na UBS vão ser marcadas as consultas pela internet, avisa o usuário que só vem a Macapá para sua consulta”.
Os municípios ficarão responsáveis por fornecer o espaço e o computador conectado à internet para que o usuário possa agendar as consultas. A solicitação deverá ser homologada pela Central de Ambulatório Especializado (CAE) em até 24 horas, já determinando a data e o médico especialista que será responsável pelo atendimento.
Isso fará com que os usuários de outros municípios não precisem se deslocar para a capital para marcar consultas e exames.
O secretário de Estado da Saúde, Gastão Calandrini, destacou que o novo sistema vem para trazer comodidade e transparência para os usuários. “A fase de testes vai nos mostrar o que precisa ser aprimorado para que, o mais rápido possível, possamos estender o sistema para outros municípios”.
O SISREG é um sistema web, criado para o gerenciamento de todo complexo regulatório, através de módulos que permitem desde a inserção da oferta até a solicitação de consultas e exames, objetivando maior organização e controle do fluxo de acesso aos serviços de saúde, otimização na utilização dos recursos assistenciais e visando a humanização no atendimento. É uma ferramenta fornecida pelo Ministério de Saúde de forma gratuita.

Hospital de Santana
 
Cerca de R$ 4 milhões devem ser investidos na obra de reforma do Hospital Estadual de Santana. A unidade de saúde receberá adequações para ser transformada em um complexo que vai agregar atendimentos de urgência e emergência, cirurgias, maternidade e pediatria.

Parada há 8 anosa obra voltou a ser discutida em agosto por técnicos das secretarias de Saúde (SESA), do Planejamento (SEPLAN) e de Infraestrutura (SEINF). O projeto original, da década de 1990, sofrerá mudanças previstas nas novas normas de engenharia específicas do ambiente hospitalar.

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