domingo, 8 de outubro de 2017

Coluna CISMANDO




Cada um com seu cada um...

Desde tenra idade demonstramos pleno conhecimento entre o certo e o errado. Podemos não saber definir o porquê, mas sentimos uma sensação que parece nos indicar quando corremos riscos, quando não estamos usando de equilíbrio, quando nossas escolhas não se fazem centradas. Então, se sabemos que não está certo, por que insistimos no erro?

É reconhecido o elo energético entre mãe e filhos, a ponto de prever situações de perigo, mesmo estando separados por grande distância. Mas essa sensível ligação sempre foi definida como “praga de mãe”. O desprezo pela maior experiência de vida também alimentava esse estigma. Que ninguém negue as situações embaraçosas e, muitas vezes, dolorosas que poderiam ter sido evitadas, se acolhidos os insistentes alertas que nos passavam nossas mães. Se nos escondíamos na desculpa da falta de maturidade e vivência, o que dizer dos tropeços já adultos?
Alegar ignorância diante de tanta bagagem já adquirida chega a ser ridículo e, independentemente do nível cultural, intelectual ou regionalismos, todos trazemos a mesma noção do politicamente correto.
O intuito desse artigo é tentar tocar o ponto de entendimento de cada um diante de seu universo, suas limitações..., mas mesmo considerando tais bloqueios é impossível negar o alarme íntimo que todos escutamos quando a decisão aponta uma direção perigosa. Mesmo assim teimamos em inadmissível negligência e, geralmente, pagamos caro por isso.
Graças a tanta displicência a prática do sexo livre, que já trazia consequências graves, mas perfeitamente tratáveis, colocam hoje, à disposição dos distraídos, vírus letais como o HIV e o HPV. Apesar de campanhas de claro entendimento ao raciocínio mais lento que se fizer, alertando do perigo e indicando forma de prevenção, o contágio continua se espalhando, simplesmente porque alguns acham que vale o risco.
O crescimento indiscriminado da pirataria, nos mais diversos setores da indústria mundial, só se faz por conivência do consumidor, que tem noção de alimentar o mercado ilícito em troca de um favorecimento inexpressivo, se comparado aos prejuízos para o mercado, o qual ele mesmo, indiretamente, irá ressarcir.
Uma coisa é certa, a pior sociedade é aquela que acaba por se conformar com o errado e passa a trata-lo como cotidiano fosse. E o pior é que a banalização dessa onda escandalosa por que passa nosso país, só favorece aos malfadados políticos de plantão.
E olha que não é fácil saber que o malfeito está sendo feito e que não se tem chance de reverter a situação.
E, mais...

A aparentemente inofensiva e rapidinha parada em fila dupla, a qual nos permitimos o direito e, quando deparamos com outro nessa situação, entre esbravejos e resmungos, nos vem a vontade de lhe passar por cima. Sem contar tantos outros deslizes, alguns irremediáveis, que assolam o caminho de cada um, e a primeira reação é posar de vítima das circunstâncias.
Ora, se a vida é consequência daquilo que se busca e pratica, não dá pra culpar ninguém. É óbvio que somos responsáveis e, embora convenientemente nos isentemos do júri, somos nossos próprios juízes e carrascos.
Por tudo isso é que esse Brasil varonil encontra-se mergulhado num rio de corrupção, pois todos nós temos, pelo menos, uma gota de culpa. Ou vai me dizer que você nunca cometeu um deslizezinho corrupto, por menor que tenha sido?

Quem não tem pecado, que atire a primeira pedra!

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