sábado, 21 de outubro de 2017

DE TUDO UM POUCO.




MENSAGEM DO FANTASMA
Autora : S.A.M.

         Deu-me o amigo/irmão Roberto Gato, um escrito, meio que rebuscado e em linguagem coloquial e, também, escrito de próprio punho sem guardar as regras gramaticais, demonstrando que sua autora não tinha ou tem domínio gramatical e nem da língua portuguesa. Mas isso não tira o brilho do conteúdo escrito, que traduz o conhecimento empírico e vivencial da narração gravada em folha de papel avulsa e a tinta de caneta bic.
         A frase inicial do texto – “ mais um ano que passou “, remonta a 2016, e traz na narração a incerteza de que não alcançaria 2017, vez que foi acometida de doença e também seus familiares, mas que tudo fora superado e, como agradecimento, autorizou que a CARLA e SANDRO fizessem uma festinha na casa deles, mas trazendo consigo a angústia de essa alegria, frustrava-se a ausência de muitos familiares, vez que reafirma “ que poucos foram lá ( na festinha ) me dar um abraço e foi quando percebi que eu não era mais nada de grande coisa ... “.  Esta breve constatação da autora do texto revela sua nostalgia ao descobrir que já não é tanto amada pelos seus como fora já em tempos passados, pois deixa transparecer a solidão em que se encontra pela ausência de carinho e afetos.
         A autora afaga suas memórias na lembrança de sua mãe, mas entristece quando lembra das profecias de sua genitora, que ditas em tempos idos reflete no presente sua confirmação – “ então lembrei de minha mãe que me disse : um dia filha, quando a gente fica mais velho, mesmo não querendo a gente tem que morrer para deixar o lugar para os outros, mesmo que estejamos rodeados de gentes, mas estamos só, pois ninguém te quer por perto, pois tu já não é mais uma companhia agradável, vez que a gente não tem direito de falar, pois ninguém ouve tua conversa e discretamente vão se afastando do teu lado e te deixando só. A gente perde o direito de ter alguma coisa, pois velho não precisa ter nada, então só contamos com Deus ...”
         O lamento acima é pura constatação da realidade moderna onde os mais novos de idade não dão a mínima atenção ao mais idosos, sendo familiares ou não, frustrando-os de continuar a viver com alegria, tendo como alimentação corporal e espiritual carinho, atenção, respeito e, acima de tudo, continuar a viver com dignidade.
         Quem este artigo ler deve primeiramente refletir sobre seu conteúdo, incorporar-se a ele, extrair dele a forma de entender a caminhada da vida terrena representada pela trilogia – nascer, crescer, morrer; ou infância, juventude, velhice; ou ainda, filho, pai, avô.
         Há uma frase épica que diz :  “ tu és hoje o que fui ontem “.

         Muito obrigado à autora deste maravilhoso texto-documentário de vida.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...