sábado, 21 de outubro de 2017

FIQUE INFORMADO

O que está acontecendo com o Brasil?
Por Marco Antônio

Onde estamos, afinal? Como diz a velha melodia, “Que país é esse? ” Parece que são dois Brasis: o Brasil do Lula, que estava dando certo, para o seu povo, para a democracia, para a autoestima, de um herói íntegro e sem máculas, que aparece na frente em todas as pesquisas e o Brasil que deu errado, que só favoreceu as elites conservadoras e hoje quer impedir que o Brasil que deu certo volte a se impor. Lula representa o Brasil que dá certo, a mídia representa o Brasil que sempre deu errado. E que quer impedir que seja o povo que decida, pelo voto democrático.

E então, que Brasil os brasileiros preferem: o que deu certo ou o que sempre deu errado para o povo e para a democracia?

Na TV, o que vemos em horas a fio nos jornalísticos que se alongam, que classe política fica brincando de jogar caca entre si, enquanto as coisas se agravam. Que ajuste milagroso poderia ser feito num país que ficou atado à dívida, inflação e estagnação industrial por mais de 30 anos? Não avançamos na eletrônica e nem na informática. As condições globais não são fáceis, mas o pior é o nosso atraso nos setores de autopeças, têxteis, confecções e tantos outros.

Os governos e suas equipes gastam mal. Muita gente mete a mão. Os gestores não buscam equilíbrio, preferem aumentar as dívidas e pagar juros. Não conduzem para o progresso real. As empresas buscam vantagens como podem. Agora a casa precisa ser arrumada no equilíbrio das contas, mas e as melhoras, quando virão? Ficamos com a impressão de que fomos programados para não dar certo. A indústria estagnou; as mais importantes foram adquiridas pelo capital externo, mas não tiveram impulso para integrar suas operações à economia global.

Permanecemos dependentes da exportação de matérias-primas e semielaborados. A Argentina se voltou para a China e, com isso, perdemos negócios. Triste ver que nesse período todo ninguém se mexeu visando um país melhor: nem os congressistas aboletados em Brasília, nem os governadores, nem as entidades patronais. Menos ainda o povo despreparado, dopado com o circo emburrecedor, representado pelo futebol, carnaval e pelos barzinhos da vida, que lhe são fartamente oferecidos e as pelas parcas migalhas de pão, jogadas aos seus filhos.

Fomos ensinados que vivemos em um país democrático, que a ditadura acabou e que dias melhores estavam por vir. Entretanto, também há o pensamento de que poderíamos viver muito melhor, caso tivéssemos líderes melhores e fôssemos um povo mais participativo. Não se participa de nada. Um nada que vai desde a reunião de pais, na escola, à associação de moradores, reles grupo que trabalha em prol da ascensão de seu presidente.

Por que todos assistem e não fazem nada? Não há um sentimento de revolta contra essas situações? Não digo o depauperado Zé Povinho, mas cadê os defensores da moralidade e dos bons costumes?  E seguimos em frente, vendo diariamente, que mais vale o conhecimento dos atalhos do apadrinhamento, do que o da educação e o do mérito pelo esforço pessoal. Mas, por que isto indigna e ninguém faz nada? Ou você vê a isso tudo e acha normal?
Os Três Poderes deveriam ser independentes e harmônicos entre si, e não subservientes e combinadores entre si. Cada um deveria fiscalizar e coibir o excesso dos outros, em uma constante, buscando sempre o bem comum, de acordo com os preceitos constitucionais. Aos poucos, os freios e contrapesos da divisão de poderes parecem estar ruindo, sem que ninguém faça nada contra isso.

E os dois Brasis, cujos dois comandos partem de Brasília, giram em torno de si mesmo, como as duas estrelas descobertas há alguns dias. Ainda assim, formam um país que tem uma grande força, apesar de passar por um período de baixo crescimento, especialmente na indústria, o aumento da inflação, especialmente irrita os mais pobres, um dólar a um custo elevado para remover a força real da despesa pública continua a crescer. Entretanto, o Brasil, pode-se dizer, as suas contas em ordem. Goza de reservas invejáveis ​​que protegem potenciais novas crises internacionais.

Mas, o que vem ao caso, para o povo é o crescimento dos empregos, não apenas para os seus filhos, como outrora, mas para si mesmos; a baixa da inflação, melhoria nos sistemas de saúde, segurança e educacional. Segundos alguns sociólogos de plantão, essa crise que engessa o povo não passa de uma crisálida onde gera uma população que sairá do casulo cheio de uma consciência cidadã e maior maturidade política. Serão pessoas bem mais participantes, protagonista de crescimento no Brasil e formadores de um futuro mais brilhante e mais injusto democraticamente participativo. É o que esperamos, com toda as nossas forças é fé!


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