domingo, 1 de outubro de 2017

Projeto Maçônico Irmanar

Governo conhece Projeto Maçônico Irmanar



Vice-governador Papaléo Paes participou da abertura do evento, que ocorreu na Câmara de Vereadores de Macapá.



O vice-governador João Bosco Papaléo Paes representou o Poder Executivo Estadual na primeira vez que o Amapá sediou uma edição do Projeto Maçônico Irmandar. O evento objetiva despertar os membros da Maçonaria para retomar uma participação mais ativa no processo político e social, como ocorreu na história do país.
O encontro ocorreu neste sábado, 30, na Câmara de Vereadores de Macapá. Foi a 21ª Edição do Projeto, com o estado amapaense sendo a 16ª unidade da Federação a receber o movimento.
Por mais de cinco horas, membros da Soberana Assembleia Federal Legislativa do Grande Oriente do Brasil e o Grande Oriente do Amapá debateram estratégias de ação para aumentar a participação da Maçonaria junto à sociedade e, principalmente, sua atuação política.
Papaléo destacou a influência histórica da irmandade não só para o Brasil, mas para a formação política no mundo. Ele lembrou que Maçonaria teve papel decisivo nos momentos mais importantes da história brasileira, como no processo de Independência e proclamação da República. Mundialmente, a irmandade exerceu sua influência em processos como a Revolução Francesa, processo que mudou os caminhos políticos, religiosos e culturais da humanidade.
“É uma organização milenar que teve participação direta na construção do mundo como vemos hoje, incluindo o Brasil. Passou muito tempo adormecida para certas questões, mas agora está querendo acordar e reativar a sua participação, o que é importante porque é uma Ordem muito forte. Certamente pode contribuir para que possamos superar o cenário difícil e conturbado que o país vive hoje”, avaliou o vice-governador.
Maçon há mais de 25 anos, Geovani Tavares, desmistificou os rumores pejorativos gerados pelos segredos da irmandade. “Somos um grupo filantrópico, filosófico, progressista. Esse compromisso temos com o Brasil inteiro e com a Amapá não é diferente. Somos contra a corrupção e violência. Queremos o que a população quer: geração de emprego e renda, parceria com a iniciativa privada, um comércio forte e competitivo, médicos bem remunerados, queremos medicamentos e leitos nos hospitais. Queremos ajudar a resolver tudo isso”, garantiu o maçon.

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Senhoras e Senhores, bom dia!

A Maçonaria desperta muita curiosidade e desconfiança em muitas pessoas da sociedade.
Para alguns, os maçons se reúnem em poderosas, sinistras e até perigosas irmandades secretas e praticam cumprimentos e rituais obscuros.
Para outros, os benefícios da Maçonaria podem ser encontrados desde a formação dos Estados Latino americanos.
Mas qual é o segredo da Maçonaria, quem são os maçons, o que fazem, porque se reúnem, para que os rituais.
A maçonaria já foi acusada de tudo: fazer rituais sinistros, promover orgias, querer dominar o mundo… Muita gente acredita que a organização controla governos e que seus integrantes usam cargos públicos para se ajudar mutuamente.
Mas a verdade é que tudo isso não passa de um grande engano.
Somos um grupo filosófico, filantrópico e progressista. Nosso escopo é o de cumprir as leis e ajudar uns aos outros, vencer nossas paixões e combater veementemente os vícios.
A maçonaria não é tão secreta assim. Em vários países, inclusive no Brasil, todo mundo sabe onde ficam as lojas maçônicas e quem são seus membros. Maçons publicam revistas e divulgam suas ideias em sites da internet. E, se antes mantinham seus templos imersos numa aura de mistério, hoje permitem visitas.
O grande segredo da maçonaria é não ter segredo algum, apesar de nossas sessões serem realizadas a portas fechadas.
A maçonaria não é secreta, mas discreta.
Nossa Irmandade é uma rede global, hoje composta de cerca de 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Só no Brasil estima-se que existam 150 mil maçons e 4.700 lojas regulares.
Os rituais variam muito, de um país para outro. Cada loja tem autonomia, mesmo que pertença a uma federação nacional ou continental.
E foi graças a ela que personalidades extraordinariamente distintas já vestiram o avental da irmandade: de Mozart a dom Pedro 1º, de Winston Churchill a Hugo Chávez.
Mas todas têm muito em comum. Independentemente do país, defendem os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Veneramos o Grande Arquiteto do Universo – como nos referimos a Deus.
Embora seja proibido falar de política e religião dentro do templo, os maçons continuam tendo o poder e a influência de sempre. A mesma que usaram para orquestrar capítulos decisivos da história, como a independência do Brasil, dos EUA e de quase todos os países da América Latina.
A origem da maçonaria é um mistério até para os maçons. Uma das teorias diz que ela surgiu há cerca de 3 mil anos, durante a construção do Templo de Salomão, em Jerusalém.
Nossa ordem deixou de ser “operativa” para ser “especulativa”. E as lojas maçônicas passaram a interpretar esses símbolos por meio de conceitos morais, éticos e filosóficos. A sociedade foi aberta a outros profissionais, como os cientistas, e deixou-se influenciar até pela alquimia.
A história de perseguição explica por que os maçons desenvolveram códigos para se reconhecer no meio de outras pessoas, através de sinais, toques e palavras.
Para ingressar na maçonaria, é necessário ter ficha limpa, ser maior de idade e acreditar em Deus.
Nossa meta é formar homens melhores, ensiná-los a se libertar dos dogmas e a pensar por si mesmos.
As pessoas ficam constantemente se perguntando quem está entre os maçons, o quanto já sabemos, e o quanto é simplesmente invenção.
Mas nossa preocupação, no momento, como maçons comprometidos com o Brasil, e no particular com o Estado do Amapá, é justamente com o futuro.
Nós, da Maçonaria, não desejamos mais a continuidade de um estado de violência e ao mesmo tempo de preconceitos de toda ordem. Observamos a corrupção teimar em manter impérios e em propiciar preocupantes índices de fome, miséria e má qualidade de vida em regiões do Brasil.
Não que se reduza, num curto prazo, esse número extremamente preocupante, mas que haja um programa sério de geração de emprego e renda em parceria com o setor privado.
Percebemos que políticas imediatistas, qual seja a que dá bom visual e votos vem sobrepondo emergenciais necessidades públicas e privadas e estrangulando, de certa forma, a confiança e a vida do empresariado. Não existe nação, Estado e município forte sem uma atividade comercial forte e competitiva.
É doente uma nação, um Estado ou um município que possua baixos índices de escolaridade e de formação acadêmica, principalmente para negros, ameríndios e pobres.
É doente uma nação quando uma das principais razões do crescimento da violência reside justamente no câncer maldito da corrupção.
É doente uma nação quando o mínimo serviço de atenção básica de saúde, em determinado município, não possui estrutura física adequada, médicos bem remunerados, equipe suficiente de apoio, leitos e medicamentos.
É doente uma nação quando parte do dito staff do executivo e do legislativo responde a processos na justiça.
O que fazer? Quem me apontaria uma saída? ( ... )
Religiosos diriam que só Jesus salva!
O pragmático político que temos de pensar num sistema parlamentarista!
Já o filósofo, pensador e esotérico sustentaria que o homem é a razão de si mesmo, causa e efeito de tudo de bom e de ruim. Que o mal reside dentro de nós mesmos, e que se agiganta quando homens de boa vontade silenciam e se acovardam.
Grandiosa é a tarefa daqueles que ousam transformar o veneno da cobra em remédio, pois realimenta vidas à beira da cova e dá-lhes nova chance de recomeçar.
Oxalá um dia seja controlado ou amenizado o estado ruim da natureza humana, momento em que reinarão na Terra homens de boa vontade tão anunciados pelos profetas.
Numa só palavra, parafraseando o poeta: Depende de nós!
O projeto Ficha Limpa, por exemplo, foi cuidadosamente gestado pela Maçonaria goiana, escrito por renomados advogados maçons, ganhou apoio total do Grande Oriente do Brasil - GOB, da Grande Loja Maçônica, da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, assim como da Associação Brasileira de Imprensa - ABI, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, e de empresários e políticos sérios deste rico Brasil varonil.
Muito ainda precisa ser feito para sanear a vida pública do Brasil.
Essa luta também é da Maçonaria, por justiça, liberdade, equidade social e de reconhecimento do mundo para a soberania nacional e a justa melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.
Luta que surgiu a partir de Gonçalves Ledo, José Bonifácio, D. Pedro I, Frei Caneca, Padre José Maurício, Padre Diogo Antônio Feijó, e muitos outros, que não podem ser esquecidos, pois foram homens maçons que lutaram pela independência do Brasil e pela Proclamação da República Federativa do Brasil.
Outro exemplo, que para nós é digno de permanentes reconhecimentos, e neste evento nossa homenagem pública, é Cabralzinho, o herói deste Estado, patrono do IRMANAR Amapá.
Poucos sabem que Francisco Xavier da Veiga Cabral (Cabralzinho), oficial militar, para o Amapá veio exilado, a mando do governador João de Abreu, do Grão-Pará, por defender abertamente, em Belém, no Ver-o-Peso e nas tabernas e clubes militares e de dança, a República, fato que profundamente irritava o governador, que era monarquista e defensor de D. Pedro II. Cabralzinho só não foi enforcado graças à intervenção de maçons que convenceram o governador a não praticar o ato para não causar insurreição na tropa e no meio do povo, devido a grande popularidade de Xavier e a força do movimento republicano em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco.
Pergunto aos senhores e senhoras: Alguma semelhança da história de Benjamin Constant e de Cabralzinho com o presente?
A época é diferente, os atores são outros, mas a história de uma forma ou outra se repete no presente: CORRUPÇÃO, ESPERTEZA e PERSEGUIÇÃO contra o justo.    
Mas, como nem só de pão e passado vive o homem maçom e nossa secular Ordem maçônica, hoje estamos realizando, aqui neste espaço, nesta casa municipal do povo, o Projeto IRMANAR, em sua 21ª edição.
Ele não é só da Maçonaria e nem é só de alguns, é de todos nós, do povo do Amapá, e de todos que aqui vivem. Foi para isso que foi concebido.
Sua missão é discutir com os participantes que aqui estão, assuntos de interesse de nossa Terra sobre política, saúde, segurança pública, meio ambiente, educação, cultura, esporte, Maçonaria, e questões sociais cruciais.
Que tudo aqui, neste salutar espaço público de debates, seja discutido com muita paz, sobriedade e, sobretudo, com compromisso para o futuro.
Sejam bem vindos ao IRMANAR Amapá.
Muito obrigado!


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