Ficais da PMM notificam
vendedores da orla do Perpetuo Socorro
Reinaldo Coelho
Com o aumento do desemprego no
País se torna maior o número de pessoas que tentam ganhar a vida no mercado
informal, e na cidade de Macapá não poderia ser diferente, mas a prefeitura
está fazendo de tudo para impedir que estes ganhem o seu pão de cada dia
honestamente.
Uma das situações conflitantes aconteceu
entre fiscais da PMM e os vendedores de produção agrícola originadas das ilhas
do Pará e do Amapá, que há anos fazem o desembarque dessas mercadorias
(melancia, banana, abobora, etc...) no ancoradouro do Igarapé das Mulheres, na
Zona Leste de Macapá. Devido ao assoreamento do igarapé, as embarcações não
estão chegando até a laje de acesso e de descarregamento em frente ao Mercado
de Peixe e onde a maioria do comercio funciona.
Devido a esse gargalo os mais
de cinquenta embarcadiços que entregam seus produtos aos atravessadores, estão
descarregando na calçamento da Orla da Cidade de Macapá, porém, não permanecem
muito tempo, pois os compradores logo levam as mercadorias expostas.
Nesta última semana ficais da
prefeitura resolveram proibir o serviço e deram 24 horas para que fossem retirados
os produtos, coisa impossível, pois o deposito são as próprias embarcações.
A reportagem esteve no local e os
ambulantes confirmaram que foram notificados e que terão que deixar os espaços
públicos, se não o fizerem dentro do prazo, a própria prefeitura irá
expulsa-los, só poderá ficar quem se cadastrar e atender todas as normas
exigidas, normas estas que muito dificilmente conseguirão se adequar.
O produtor Carlos Amaral, 28
anos, explicou que trabalha há mais de 10 anos naquele serviço e que é assim
que sustenta sua família. “Aqui trabalha minha, mãe e irmãos e mais cinquenta
outros colegas na venda dos produtos agrícolas. É dessa maneira que sustentamos
nossas famílias. Se perdemos esse local vamos passar fome, Eles preferem isso do
que permitir que o espaço público seja usado para um pai ou mãe de família
sustentarem os filhos?”.
O produtor explicou que não
teria problema em saírem do local, “o que precisamos é de um prazo mais longo,
para nos prepararmos. Pedimos um prazo até Janeiro/18 quando encerra a safra de
melancia, que é o maior produto em venda. E eles reúnam e digam como devemos
fazer e determinar o local para trabalharmos”.
A reportagem fez uma rápida
conferencia e constatou que são mais de cinquenta ponto de compra e venda. Ou
seja, é uma média de mais de 200 pessoas que são beneficiadas com a prestação
desse serviço. E os recursos que deverão circular no próprio local, pois, o
comercio varejista, vende mercadoria domesticas a esses produtores e os
carregadores e freteiros também são beneficiados com o comercio.
Enquanto isso, em frente ao
local, encontramos o logradouro abandonado, com matagal e usuários de droga e
moradores de rua circulando no local, é a Cracolândia de Macapá que a
prefeitura não envia fiscais para a retirada e a limpeza do local.
As calçadas e o centro
comercial está lotado de vendedores ambulantes, o Feirão Popular, que era para
temporário está aos pedaços, o Mercado Central abandonado, o Shooping Popular
sem previsão de conclusão. Não sabemos se o prefeito Clésio Luís tem
conhecimento dessas ações fiscalizadoras que está irritando as pessoas que estão
desempregadas e necessitam do apoio do gestor municipal para sobreviverem.
“Queremos trabalhar sossegado,
estamos sol a sol, chegamos de madrugada para vender a nossa mercadoria
legalmente, podemos até está instalado ilegalmente, mas precisamos que nos orientem
enão que destruam o que temos para sobreviver.”, desabafa o jovem Carlos
Amaral, quem tem esposa e três filhos para criar.
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