sábado, 28 de outubro de 2017

VENDEDORES DE HORTIFRÚTI SÃO AMEAÇADOS POR FISCAIS DA PMM

Ficais da PMM notificam vendedores da orla do Perpetuo Socorro 


Reinaldo Coelho

Com o aumento do desemprego no País se torna maior o número de pessoas que tentam ganhar a vida no mercado informal, e na cidade de Macapá não poderia ser diferente, mas a prefeitura está fazendo de tudo para impedir que estes ganhem o seu pão de cada dia honestamente.
Uma das situações conflitantes aconteceu entre fiscais da PMM e os vendedores de produção agrícola originadas das ilhas do Pará e do Amapá, que há anos fazem o desembarque dessas mercadorias (melancia, banana, abobora, etc...) no ancoradouro do Igarapé das Mulheres, na Zona Leste de Macapá. Devido ao assoreamento do igarapé, as embarcações não estão chegando até a laje de acesso e de descarregamento em frente ao Mercado de Peixe e onde a maioria do comercio funciona.
Devido a esse gargalo os mais de cinquenta embarcadiços que entregam seus produtos aos atravessadores, estão descarregando na calçamento da Orla da Cidade de Macapá, porém, não permanecem muito tempo, pois os compradores logo levam as mercadorias expostas.
Nesta última semana ficais da prefeitura resolveram proibir o serviço e deram 24 horas para que fossem retirados os produtos, coisa impossível, pois o deposito são as próprias embarcações.
A reportagem esteve no local e os ambulantes confirmaram que foram notificados e que terão que deixar os espaços públicos, se não o fizerem dentro do prazo, a própria prefeitura irá expulsa-los, só poderá ficar quem se cadastrar e atender todas as normas exigidas, normas estas que muito dificilmente conseguirão se adequar.
O produtor Carlos Amaral, 28 anos, explicou que trabalha há mais de 10 anos naquele serviço e que é assim que sustenta sua família. “Aqui trabalha minha, mãe e irmãos e mais cinquenta outros colegas na venda dos produtos agrícolas. É dessa maneira que sustentamos nossas famílias. Se perdemos esse local vamos passar fome, Eles preferem isso do que permitir que o espaço público seja usado para um pai ou mãe de família sustentarem os filhos?”.
O produtor explicou que não teria problema em saírem do local, “o que precisamos é de um prazo mais longo, para nos prepararmos. Pedimos um prazo até Janeiro/18 quando encerra a safra de melancia, que é o maior produto em venda. E eles reúnam e digam como devemos fazer e determinar o local para trabalharmos”.

A reportagem fez uma rápida conferencia e constatou que são mais de cinquenta ponto de compra e venda. Ou seja, é uma média de mais de 200 pessoas que são beneficiadas com a prestação desse serviço. E os recursos que deverão circular no próprio local, pois, o comercio varejista, vende mercadoria domesticas a esses produtores e os carregadores e freteiros também são beneficiados com o comercio.
Enquanto isso, em frente ao local, encontramos o logradouro abandonado, com matagal e usuários de droga e moradores de rua circulando no local, é a Cracolândia de Macapá que a prefeitura não envia fiscais para a retirada e a limpeza do local.
As calçadas e o centro comercial está lotado de vendedores ambulantes, o Feirão Popular, que era para temporário está aos pedaços, o Mercado Central abandonado, o Shooping Popular sem previsão de conclusão. Não sabemos se o prefeito Clésio Luís tem conhecimento dessas ações fiscalizadoras que está irritando as pessoas que estão desempregadas e necessitam do apoio do gestor municipal para sobreviverem.
“Queremos trabalhar sossegado, estamos sol a sol, chegamos de madrugada para vender a nossa mercadoria legalmente, podemos até está instalado ilegalmente, mas precisamos que nos orientem enão que destruam o que temos para sobreviver.”, desabafa o jovem Carlos Amaral, quem tem esposa e três filhos para criar.





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