sábado, 11 de novembro de 2017

ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL NO AMAPÁ

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ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL NO AMAPÁ


‘É deixar o carro na garagem ou vender’

Reinaldo Coelho

A semana não começou bem para os proprietários de automóveis, principalmente para os que o utilizam para o transporte profissional e comercial, com o aumento realizado pela Petrobrás, na segunda-feira (6). O aumento no preço é registrado em todo o país, porque a Petrobras passou a adotar a nova política de preços de combustíveis em 3 de julho. Desde então, os anúncios de reajustes passaram a ser mais frequentes, inclusive diariamente.
Os amapaenses já sentiram no bolso o novo reajuste dos preços da gasolina, anunciado pela Petrobras, e os preços da gasolina nas bombas de Macapá chegaram a R$ 4,19, na última semana. Este movimento de preços pode acontecer de surpresa. No Amapá o preço da gasolina comum iniciou 2017 entre R$3,68 a R$4,00, e chegou ao 11º mês do ano a R$ 4,19. E é o terceiro movimento consecutivo de aumento nesse mês de novembro, acumulando em 6,7% o aumento da gasolina vendida pela estatal.
Os revendedores, claro, repassam ao consumidor. Em alguns postos da capital, o preço está estacionado em R$ 3,85.
Esse novo reajuste se refere aos preços para as refinarias. O repasse ou não do aumento para o consumidor final depende dos postos. E os revendedores de Macapá resolveram repassar aos consumidores o aumento. "Eu percebi um aumento nesses últimos dias aqui, mas muda muito esses valores, sempre para cima", reclamou o motorista André Lopes, de 36 anos.
Os preços começaram a ser modificados nos postos de gasolina a partir da zero hora da terça-feira (7). E pela manhã os funcionários públicos e os profissionais autônomos sentiram a diferença nas tabelas de preços nos postos de abastecimento. 
Em alguns estabelecimentos da capital o valor já ultrapassa os R$ 4, apesar do preço médio da gasolina comum estar em R$ 3,722, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Em Macapá os valores da gasolina comum variavam na última semana entre R$ 3,73 e R$ 4,07. No caso da aditivada, o litro chegou a R$ 4,19. O custo do litro ainda pode variar nos postos em função da forma de pagamento, sendo dinheiro ou crédito.
Em um dos postos visitados pela reportagem o preço estava tabelado em R$ 4,19, valor pago no cartão de débito ou crédito. Se for em dinheiro fica em R$ 4,10.
Para conseguir driblar essa sequência de aumentos, que já foram mais de sete, durante os três primeiros trimestres de 2017, para muitos andar de carro virou luxo. Marinaldo da Silva é agricultor e trabalha diariamente com carro, caminhão e trator. Segundo ele está cada vez mais difícil achar alternativas para driblar esses aumentos.
“O custo está muito alto pra gente, tanto na gasolina como no diesel. A gente já deixou de usar carro e usa moto. A gente já diminuiu a viagem, que a gente mora em interior. Em vez de vir [para a cidade] duas ou três vezes na semana, vem uma vez só. São várias economias para não gastar o que tem e chegar no fim do mês e não conseguir pagar as contas”, explica.
Antônio Pádua, funcionário público, optou em deixar o automóvel em casa. “Vamos andando, de ônibus, limitar o ar condicionado. Tem de economizar”.
Se os aumentos continuarem ele pretende adotar uma solução que não é tão simples. “Parar o carro e deixar na garagem ou vender. Essa é a solução”, lamenta.
Os consumidores consideram a nova medida da Petrobrás preocupante. Segundo eles o principal responsável pelo aumento é a alta carga tributária que sobre os combustíveis. Para eles os revendedores não têm outra alternativa a não ser repassar os aumentos ao consumidor.
O autônomo Erick Gonçalves conta que já se desfez do carro porque não tinha condições de mantê-lo.
“A inflação vem caindo, porém aumenta a gasolina e tudo mais. Acho que é uma falta de vergonha. Rouba o Brasil todinho e quem paga o ‘pato’ somos nós. Vendi o carro e comprei duas motos, uma para mim e outra para minha esposa, porque não tem mais condições”, finaliza.

O Gás de cozinha também foi reajustado


As refinarias aumentaram a partir da 0h do dia cinco deste mês os preços do gás de cozinha para uso residencial em botijões de até 13 kg (GLP P-13). O aumento é de 4,5%, em média.
O valor de elevação anunciado é o aplicado sobre os preços praticados nas refinarias, sem incidência de tributos. Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, o preço para o consumidor dependerá de cada distribuidora e revendedora.
Se o reajuste for repassado integralmente ao consumidor final, o botijão pode chegar a aumentar em média 2%, uma alta de R$ 1,21, segundo os cálculos da companhia – mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)no Estado Amapá o valor médio do gás de cozinha na capital, era de R$ 67. E deverá chegar a R$ 73 e este preço já está sendo comercializado em Macapá pelas revendedoras, que repassaram integralmente o aumento ao consumidor.



     





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