sábado, 11 de novembro de 2017

ALIMENTOS SAUDÁVEIS NA MESA

Estudo detecta contaminação de agrotóxicos em alimentos
É muito provável que na sua mesa alguns alimento estejam “temperados” com agrotóxicos. O uso de pesticidas na agricultura não é proibido, mesmo que resíduos persistam nos alimentos até seu consumo, contudo, uma pesquisa realizada em São Paulo e no Distrito Federal mostrou várias irregularidades. Esta informação deve servir de alerta para todos nós, devido o Estado importar cerca de 80% dos alimentos que consumimos.
O estudo foi patrocinado pela ONG Greenpeace, feito em grandes centro de distribuições (Ceasa), onde foi coletado e analisadas  50 amostras dos seguintes alimentos mais consumidos pelos brasileiro: arroz, feijão, café, banana, tomate, pimentão, mamão, laranja e couve.
As análises foram feitas no Laboratório de Resíduos de Pesticidas do Instituto Biológico, da Secretaria de Agricultura de São Paulo.
O resultado das análises apontou entre as 50 amostra, que 18 (36%) apresentavam irregularidades, 12 amostras (24%) tinham resíduos, porém em condições regular, ou seja, menos de 0,01mg/kilo de peso vivo – os Estados Unidos e a União Europeia, adotam este valor de 0,01 mg/kg como ponto de corte para considerar a significância  das análise de cada resíduo.
Estudos independentes, demonstram que ao consumir alimentos com qualquer resíduo de agrotóxico, o corpo passa a sofrer um processo de bioacumulaçaõ, onde os sintomas de ingestão de produtos alimentares com pesticidas, mesmo abaixo de 0,01mg/kg,  somente vão aparecer ao longo da vida decorrente da exposição e consumo. Assim, torna-se muito difícil relacionar doenças Crônicas, como o câncer, mal de Parkinson, infertilidade, aborto, desregulação hormonal, com a ingestão diária de resíduos de veneno existentes nos alimentos.
O pimentão nosso de cada dia é o destaque negativo na pesquisa. Segundo os resultados de laboratório, foi constatado  a presença de 07 diferentes resíduos de agrotóxicos nas amostras e, o que é mais grave, 03 dos agrotóxicos detectados não é permitido seu uso pela Anvisa para a respectiva cultura. Logo, quem consome pimentão está sujeito a um “coquetel de veneno” e de uma possível potencialização de efeitos negativos à saúde, ao ambiente e a segurança alimentar. Em ordem decrescente, temos o mamão Havaí, o tomate e a laranja-pera.
Segundo Marina Lacôrte, especialista do Greenpeace em agricultura e alimentação. “A nossa forma de produzir alimentos está muito distorcida, os dados mostram que estamos comendo agrotóxicos demais”.
Entretanto, de acordo com os especialistas, não se deve, contudo, deixar de comer frutas e legumes por conta de agrotóxicos, já que os benefícios são maiores que os riscos.
Uma opção segura para escapar dos alimentos com resíduos de agrotóxicos é buscar alimentos orgânicos ou agroecológicos. Entretanto, na cidade ainda não contamos com nenhuma feira de produtos orgânicos, mesmo sabendo que existem vários agricultores familiares que adotam este sistema de produção no nosso cinturão verde. Como este mercado não está estruturado, eles se misturam com os produtores que produzem  hortaliças e frutas de forma convencional  nas feiras do agricultor.
A comercialização de agrotóxicos no Brasil tem uma série de isenções de impostos, o que facilita seu uso indiscriminado. Há duas semanas, a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo tribunal Federal, um parecer em que pede o fim de incentivos fiscais a produtos considerados agrotóxicos.



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