Artigo do Gato
Hipócritas
Um retrato da esquerda da elite. ‘’É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o
socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar — bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês; trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola...’’
Esse
trecho da obra de Rodrigo Constantino, intitulada “Esquerda Caviar.” Resume de
forma cirúrgica o esquerdismo nacional e lógico o nosso Tucujú, cujos ícones
são Capiberibe, Randolfe e Clécio.
A
hipocrisia não está só em gostar de grana, e em moeda forte, ausência de
censura e consumismo burguês. Está na retórica política divorciada da prática.
Nem
uma das figuras citadas aí admite publicamente que são contra a propriedade
privada, tão poucos professam que são contra a instituição da família. Na obra
a República de Platão, a base do pensamento socialista da antiguidade, fica bem
claro que os filhos não deveriam conhecer seus pais e eles deveriam ser
tutelados pelo Estado. O Camilo Capiberibe não deveria conhecer o Capiberibe.
Ele acredita ou não no comunismo. Se seguem a cartilha de Karl Marx e Friedrich
Engels, deveriam acabar com a propriedade privada, mas ao que parece ele, Capi,
Randolfe, Clécio, Lula, Gleisi Hoffmann e etc. moram e muito bem. Tem carros e
não são populares. Com certeza na casa deles nenhum pobre e chamado para
dividir os aposentos desocupados que devem ter aos montes. Roupas quando vejo
Camilo e trupe e sempre muito bem trajados, roupas de grife e chapéu Panamá.
Comunistas? Socialização? De Que?
Mas
para ilustrar a dicotomia entre discurso e prática, Clécio Luiz é a figura
central da incoerência. Numa carta de 2008, ano em que exercia mandato de
vereador ele fez um libelo de defesa do empreendedorismo. Criticou o que chamou
de atuação truculenta do ex-prefeito Roberto Góes ao retirar os ambulantes da
Cândido do Mendes. Para Clécio, Empreendedores informais. Geradores de receita,
emprego e fundamentais para denotar com suas atividades comerciais o espírito
empreendedor de todos aqueles que querem quebrar o paradigma da economia do
contracheque. Leiam a carta no “Box” da matéria feita pelo Reinaldo Coelho. Dá
vontade de rolar de rir. Clécio hoje na condição de prefeito está às turras
tirando ambulantes de calçada e logradouros públicos. Dando o ultimato, saia
espontaneamente em 24 horas ou usarei a força para fazer com que o Plano
Diretor do Município seja cumprido.
Discurso
bem diferente do de 2009. Em 2009 Clécio Luiz era estilingue. Atirava em tudo e
em todos a todo o momento. Hoje é uma baita vidraça e só não ruiu de vez pela
mão protetora do Ministério Público que parece ser míope quando a cuíca ronca
fora do tom pelas bandas do Palácio Laurindo Banha. Vide a transgressão da Lei
de Responsabilidade Fiscal com relação a folha de pagamento da PMM. Em 2016 o
nobre comunista extrapolou em 16% o limite prudencial da LRF e esse ano apesar
da redução drástica ainda está acima do limite 3%. Mas e daí.
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