HABENT SUA
FATA LIBELLI.
Gilberto
Pinheiro e mais 11 imortais são empossados na Academia Amapaense de Letras
Reinaldo
Coelho
A
expressão latina que intitula esta matéria é o lema da Academia Amapaense de
Letras (AAL) e foi escolhida pelo historiador e imortal Nilson Montoril, hoje
presidente da AAL que em 1988, recebeu a incumbência de cuidar da parte
estrutural do Silogeu (Casa onde se reúnem associações literárias ou
científicas).
Ele
explica como chegou a frase. “Atentei para a adoção de um lema para a sociedade
literária do Amapá e fui localizá-lo entre expressão latina contidas no
“Diccionário Prático Encyclopédico Illustrado Luso-Brasileiro, publicado na
cidade do Porto, em Portugal, edição de 1935, sob a direção de Jayme de Seguir.
Prendeu minha atenção a expressão “HABENT SUA FATA LIBELLI” usada pelo escritor
romano Terencianus Maurus, no século II.
A
Academia Amapaense de Letras tem de ser o pedestal da nossa cultura, para que
se torne representativa e promova a coroação dos talentos individuais, ganhando
conceito e representatividade públicos.
12 novos imortais
A
cerimônia de empossamento foi conduzida
pelo presidente da AAL, professor Nilson Montoril de Araújo, com o auxílio do
secretário da entidade, o sociólogo e poeta
Fernando Pimentel Canto. Também compuseram a mesa de honra do Silogeu, o
vice-presidente, Manuel Bispo Correa; e o diretor de biblioteca, Luiz Alberto
Costa, todos membros da direção da Academia Amapaense de Letras.
A
belíssima solenidade marcou uma nova fase na existência do Silogeu do Amapá, que é a vanguarda da cultura
amapaense e representa respeito e reconhecimento por aquelas que produzem e
reproduzem arte e conhecimento através de manifestações literárias no Estado.
Ainda durante o evento, foi anunciado um futuro edital, para mais 18 vagas
nesta Academia.
Os
novos acadêmicos imortais são:
Alcinéia
Cavalcante, Rostan Martins, Fernando Canto, Paulo Tarso Barros, Piedade
Videira, César Bernardo e Gilberto Pinheiro.
O
Amapá precisa preservar, reconhecer e homenagear seus grandes nomes em todas as
áreas de atuação. Esse é um momento de reconhecimento. E o Tribuna Amapaense
destaca a imortalidade literária de Gilberto de Paula Pinheiro
De
acordo com o novo “imortal”, a honra de integrar a Academia Amapaense de Letras
é imensa. “Principalmente na cadeira que foi ocupada por Acylino de Leão,
nascido em 1888, foi membro também da Academia Paraense de Letras (os estados
ainda eram unidos na época), foi professor e fundador da Faculdade de Medicina
do Pará, além de proeminente político em seu período”, registrou.
“Além
disso tudo, teve uma obra muito marcante no âmbito literário e muito orgulha,
até hoje, nosso povo e nosso Estado, e seu exemplo e a responsabilidade de
ocupar sua cadeira na AAL apenas me incentiva a produzir cada vez mais”,
acrescentou o escritor e magistrado Gilberto Pinheiro.
Pinheiro
garantiu que esta continuidade de sua obra também deve seguir sua ênfase no
povo e na história do Amapá. “Eu sou um caboclo e escrevi, entre outras
poesias, Ser Caboclo e Rio Matapi, além do meu primeiro conto Tatu, que se
passa em Santana, além de mais de 50 crônicas, quatro delas incluídas no livro
Justiça Além dos Autos, publicado pelo Conselho Nacional de Justiça, então meu
caminho seguirá este rumo da valorização do Amapá”, assegurou.
“E
tenho outras obras que ainda estão por ser publicadas, inclusive um dicionário
feito a quatro mãos com o saudoso professor Lobo, e mais pelo menos um
romance”, observou, lembrando que “sou caboclo, sou amapaense e sou um
amazônida, e temos todos que lembrar sempre de enfatizar este amor por nosso povo
e nossa terra, escrevendo sobre isso tudo e defendendo todo o nosso
patrimônio”, concluiu.
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