sexta-feira, 3 de novembro de 2017

CULTURA

HABENT SUA FATA LIBELLI.  
  



Gilberto Pinheiro e mais 11 imortais são empossados na Academia Amapaense de Letras



Reinaldo Coelho


A expressão latina que intitula esta matéria é o lema da Academia Amapaense de Letras (AAL) e foi escolhida pelo historiador e imortal Nilson Montoril, hoje presidente da AAL que em 1988, recebeu a incumbência de cuidar da parte estrutural do Silogeu (Casa onde se reúnem associações literárias ou científicas).

Ele explica como chegou a frase. “Atentei para a adoção de um lema para a sociedade literária do Amapá e fui localizá-lo entre expressão latina contidas no “Diccionário Prático Encyclopédico Illustrado Luso-Brasileiro, publicado na cidade do Porto, em Portugal, edição de 1935, sob a direção de Jayme de Seguir. Prendeu minha atenção a expressão “HABENT SUA FATA LIBELLI” usada pelo escritor romano Terencianus Maurus, no século II.


A Academia Amapaense de Letras tem de ser o pedestal da nossa cultura, para que se torne representativa e promova a coroação dos talentos individuais, ganhando conceito e representatividade públicos. 

12 novos imortais
A cerimônia de empossamento  foi conduzida pelo presidente da AAL, professor Nilson Montoril de Araújo, com o auxílio do secretário da entidade, o sociólogo e poeta  Fernando Pimentel Canto. Também compuseram a mesa de honra do Silogeu, o vice-presidente, Manuel Bispo Correa; e o diretor de biblioteca, Luiz Alberto Costa, todos membros da direção da Academia Amapaense de Letras.

A belíssima solenidade marcou uma nova fase na existência do Silogeu  do Amapá, que é a vanguarda da cultura amapaense e representa respeito e reconhecimento por aquelas que produzem e reproduzem arte e conhecimento através de manifestações literárias no Estado. Ainda durante o evento, foi anunciado um futuro edital, para mais 18 vagas nesta Academia.

Os novos acadêmicos imortais são:
Alcinéia Cavalcante, Rostan Martins, Fernando Canto, Paulo Tarso Barros, Piedade Videira, César Bernardo e Gilberto Pinheiro.


O Amapá precisa preservar, reconhecer e homenagear seus grandes nomes em todas as áreas de atuação. Esse é um momento de reconhecimento. E o Tribuna Amapaense destaca a imortalidade literária de Gilberto de Paula Pinheiro
         
De acordo com o novo “imortal”, a honra de integrar a Academia Amapaense de Letras é imensa. “Principalmente na cadeira que foi ocupada por Acylino de Leão, nascido em 1888, foi membro também da Academia Paraense de Letras (os estados ainda eram unidos na época), foi professor e fundador da Faculdade de Medicina do Pará, além de proeminente político em seu período”, registrou.

“Além disso tudo, teve uma obra muito marcante no âmbito literário e muito orgulha, até hoje, nosso povo e nosso Estado, e seu exemplo e a responsabilidade de ocupar sua cadeira na AAL apenas me incentiva a produzir cada vez mais”, acrescentou o escritor e magistrado Gilberto Pinheiro.

Pinheiro garantiu que esta continuidade de sua obra também deve seguir sua ênfase no povo e na história do Amapá. “Eu sou um caboclo e escrevi, entre outras poesias, Ser Caboclo e Rio Matapi, além do meu primeiro conto Tatu, que se passa em Santana, além de mais de 50 crônicas, quatro delas incluídas no livro Justiça Além dos Autos, publicado pelo Conselho Nacional de Justiça, então meu caminho seguirá este rumo da valorização do Amapá”, assegurou.


“E tenho outras obras que ainda estão por ser publicadas, inclusive um dicionário feito a quatro mãos com o saudoso professor Lobo, e mais pelo menos um romance”, observou, lembrando que “sou caboclo, sou amapaense e sou um amazônida, e temos todos que lembrar sempre de enfatizar este amor por nosso povo e nossa terra, escrevendo sobre isso tudo e defendendo todo o nosso patrimônio”, concluiu.


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