DE TUDO UM POUCO.
Nº 44/2017 – TA-582
TRIBUTO À MARIA RAIMUNDA BASTOS FREITAS ( 23/03/1939 a
31/10/2017 ) - I
Preliminarmente
agradeço ao amigo/irmão jornalista Roberto Gato pelo artigo escrito e publicado
nesta coluna no fim de semana passado sob o título “ A vida dos Anjos não lhes
pertence “.
Não há
neste artigo pretensões além da maravilhosa experiência de vida em comum entre
um casal que manteve-se unido pelos laços sagrados do matrimônio, pela
fortaleza da amizade e pelo enriquecimento comum, durante 58 anos, 6 meses e 17
h.
Tudo
começou em janeiro de 1958, quando do ingresso no primeiro ano na Escola Técnica
de Comércio do Amapá, no curso de Técnico em Contabilidade, até 1960 , quando
graduamos. Dai em diante alicerceou-se uma aliança afetiva, que estendeu-se
pelo período de namoro e noivado até 02 de abril de 1964, dia do casamento
civil e religioso, oficiado pelo Padre Antonio Cocco, do PIME, na Igreja de São
José.
É
importante compreender a relação do namoro, do noivado e do casamento, porque
são, além de distintas, principalmente as duas primeiras, alicerces para a
terceira, que durará enquanto não se efetivar a frase histórica – até que a
morte os separe.
A vida
em comum é a escola da aprendizagem de um para com o outro, em que ambos
procuram crescer juntos em virtudes, conhecimentos, convivência, experiências,
ajuda, renúncias, etc... porque essas peculiaridades foram vividas
individualmente e a partir do casamento, passam a ser divididas, multiplicadas,
somadas, e diminuídas até que a individualidade não mais exista. Daí pra frente
prevalece o pronome NÓS.
Essa
convivência aprofundou-se quando do nosso ingresso no MFC-Movimento Familiar
Cristão, em agosto de 1967, do qual somos fundadores, com mais dez casais que à
época e recém casados, empreendemos novos rumos a nossa vida em comum,
aprendendo e ensinando experiências profissionais e de família transmitidas aos
que pretendiam, como nós, constituir uma família. Essa nova escola levou-nos a
conhecer mais profundamente o sentido cristão do Ser humano. Viajamos Brasil
afora, participando de encontros nacionais, em preparação as novas
responsabilidades de administração local e regional do MFC. Mais do que
administrar, Dª Maria ( é assim que a chamo ) ensinava como Professora que era,
aplicando sempre a didática da paciência, da concórdia, da perseverança. Dizia uma frase que a fará lembrar sempre : “ a árvore
que nasce torta não poderá ser endireitada, mas se bem tratada dará bons frutos
“. Filosofia ? Inspiração ? Espiritualidade ?
Outra
escola de convivência foi nossa admissão como fundadores do Lions Clube de
Macapá – Marco Zero do Equador, em 23/03/1979 ( coincidência ou não 23/03 é dia
do aniversário natalício de Dª Maria ). A princípio como Domadora ( esposa do
associado ) e posteriormente, em 1992, admitida como CaL ( Companheira Leão ).
Nesses 38 anos de existência do Clube, foi Presidente em seis (6) mandatos.
Como sempre, a estrela de sua existência brilhou, brilha e continuará brilhando
no Estandarte do Clube.
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