sexta-feira, 17 de novembro de 2017

CORREIOS NA ERA DIGITAL


Empresa de Correios do Brasil se consolidando na era digital


“Os Correios encontra-se no seu momento de transformação. Uma nova realidade é a digital para encomendas. E temos o sinônimo de entrega que é o SEDEX, esse é o nosso primeiro passo para o futuro. Em breve estaremos lançando o ‘Correio Celular’, aqui no Amapá”, – Guilherme Campos, presidente da Empresa de Correios e Telégrafos do Brasil.

Reinaldo Coelho

O presidente da Empresa de Correios e Telégrafos do Brasil (ECT), Guilherme Campos Junior (PSD), esteve em Macapá na última quarta-feira (14), para o lançamento do selo comemorativo aos 15 anos da Rede SUPER FÁCIL do Estado do Amapá, além de outros compromissos institucionais junto a superintendência regional da estatal.
O evento comemorativo, que aconteceu no Palácio do Setentrião, com a presença dos servidores da Rede SUPER FÁCIL – SIAC, membros da regional e do Vice-governador Papaléo Paes e do Deputado Federal Marcos Reátegui (PSD/Ap) Aproveitando a ocasião o ex-deputado federal e presidente nacional interino do PSD anunciou uma nova unidade de Correios na Rede SUPER FÁCIL –SIAC na Zona Oeste de Macapá e parabenizou o governo do Estado, através do vice-governador Papaléo Paes, que representava o governador Waldez Góes.


“Quero parabenizar através da diretora-presidente da rede, Luzia Grunho todos os servidores do SUPER FÁCIL, pela parceria exitosa com os Correios. E aproveito para agradecer ao Superintendente Regional, Heráclito, por ter permito que eu anunciasse mais uma agencia dos correios na Rede SIAC do Amapá. Agora na Zona Oeste de Macapá. E agradecer a presença do Deputado Federal Marcos Reátegui, que tão bem representa o Amapá, e parabenizo os gestores e os servidores pelos 15 anos servindo o cidadão amapaense”.
A reportagem do Tribuna Amapaense entrevistou o presidente do ECT sobre a situação dos Correios frente a crise econômica, a sobreposição da internet, trazendo uma queda nas atividades fins da empresa e a insegurança gerada pelos constantes assaltos aos carteiros e as agências de correspondentes bancários nos municípios do interior do Estado.

Ele afirmou que são 354 anos de história da empresa, e ela, hoje, está presente em todos os municípios brasileiros. São mais de 14 mil agências espalhadas no País. São 6.500 agencias próprias, 4.500 agencias comunitárias, são com parcerias com as prefeituras e 1.000 agências franqueadas.
“Nascemos no Brasil Colônia, temos o monopólio postal, esse monopólio que pela evolução da tecnologia, vem caindo muita nas suas atividades. Os correios tem agora seu momento de transformação e uma nova realidade, a digital, a realidade de encomendas via postal”, explicou Guilherme Campos.

Nessa nova realidade os Correios oferecem soluções, com tecnologia de ponta,
 para atender às necessidades de comunicação das empresas e instituições em um mercado cada vez mais competitivo.

Resultado de imagem para SEDEXÉ o caso do SEDEX, criado em 1982, que se tornou um dos principais produtos da empresa e lidera o setor de encomendas expressas no Brasil. Nos últimos anos, o serviço passou a contar com outras modalidades, como o Sedex 10, SEDEX 12, SEDEX Hoje e SEDEX Mundi, agilizando ainda mais a entrega de encomendas.

Transformação tecnológica

Ele continuou explicando que a transformação que os Correios vem passando é de suma importância para a consolidação e a transformação da Empresa de monopólio que tinha usuário, para uma empresa que concorre e tem cliente. “Todos são agora clientes do Correio, neste momento de transformação, recebemos uma missão do presidente Michel Temer, a recuperação dos Correios, por isso, estamos trabalhando muito para que isso aconteça e está acontecendo, estamos voltando para os patamares históricos, a população brasileira está voltando a confiar, com a participação decisiva de todos os funcionários do Correio. Um exemplo foi a participação da empresa no ENEM, nas duas etapas, 100% cumprida”.


Ele ressaltou que tem muitos desafios a vencer, porém, a presença nacional, essa capilaridade ninguém tem, os Correios têm. Devido à forte capilaridade da empresa, a prestação de serviços financeiros nas agências dos Correios constitui-se, cada vez mais, numa importante contribuição para a inclusão bancária de milhões de brasileiros.
Desde a criação do Banco Postal, milhares de pessoas, que antes tinham que se deslocar para uma cidade vizinha para realizar uma simples operação bancária, agora contam com a comodidade de tudo poder ser feito na própria cidade onde moram.


É objetivo nessa transformação formar parcerias e apresentar maior opções de serviço. “Temos de ser a primeira escolha do cliente para os nossos produtos e serviços”.

Correio Celular


Uma novidade a ser lançada aqui no Estado do Amapá é o “Correio Celular”. A empresa entra em operação na área de telefonia móvel, desde março deste ano, é o serviço de telefonia dos correios, um serviço pré-pago, uma parceria feita com a EUTV. “Essa entrada dos Correios na telefonia móvel Correios Celular vem para complementar o conjunto de serviços oferecidos pela estatal a seus clientes, valendo-se de parceria estabelecida com a EUTV, prestadora de Serviço Móvel Pessoal (SMP), autorizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). A EUTV será responsável pela infraestrutura de suporte às telecomunicações.
O objetivo é atender os clientes que buscam serviços simples, práticos e prestados com transparência e os pacotes foram planejados para estar entre os mais baratos do mercado.

Para Guilherme Campos, o grande diferencial do serviço está na associação à palavra Correios. “Presença nacional, capilaridade, confiança e capacidade de entregar aquilo que se compromete a realizar. Nós temos certeza de que esse passo dado, no sentido de prover um serviço na área de telefonia celular, vai ser uma grande atividade dentro da empresa, aproveitando toda a nossa infraestrutura física e equipes de vendas espalhadas pelo Brasil, além de toda a tecnologia que nossos parceiros desenvolveram e deixaram pronta para fazermos uso”, afirma o dirigente.

Segurança dos correspondentes bancários


O Banco Postal é uma parceria do Correio com o Banco do Brasil que se vale da rede de atendimento dos Correios para a intermediação de serviços bancários básicos. Em vários municípios chega a ser a única opção de acesso bancário. Atualmente, o serviço é oferecidos em cerca de 6.500 agências dos Correios.
No Amapá a redução de carteiros que optaram pelo PDV e o fechamento de duas agencias, os assaltos a carteiros em vias públicas e à agencias de correspondentes bancários, vem preocupando os clientes e os servidores.
O presidente Guilherme Campos, declarou a reportagem que essa situação está acontecendo em todos os estados e que é uma das preocupações da sua administração.
“A questão de segurança das agências do correio e dos Bancos Postal e conseguimos um paliativo até 31 de janeiro e vamos discutir esse tema em 7 de dezembro em uma Audiência Pública, na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara Federal, será fundamental a participação da Bancada Federal do Estado do Amapá e gostaríamos que o governador do Amapá, estivesse ciente e diligente a respeito do tema. O problema atinge nosso correspondente com o Banco do Brasil e as Lotéricas com a Caixa Econômica. E em 900 cidades, só tem o Banco Postal como agencia bancária”.
O presidente Guilherme Campos reforçou que a participação dos grupos financeiros dos estados é de suma importância, devido a empresa os representar como correspondente bancários.

Privatização

Quanto à possibilidade de privatização dos Correios, Guilherme Campos foi enfático: – “Fomos nomeados com um objetivo a recuperação da empresa. O presidente Temer sempre firmou que ‘os correios, são empresas muito admirada e muito querida por todos os brasileiros e não faz parte das empresas a serem privatizadas’. Porém, se o Correio se reinventarem e mostrarem viáveis, outras ações serão tomadas, nosso finalidade é recuperação, e está acontecendo, temos retomada da qualidade, o foco são as encomendas, como alternativa postal que vem caindo no Brasil e no mundo”.

Bancada Federal

O deputado federal Marcos Reátegui prestou apoio ao presidente Guilherme Campos, e prometeu levar a pauta para a bancada amapaense e conversar com o governador Waldez Góes para tratar do assunto.



“Sou delegado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista da Segurança, Desenvolvimento e Integração das Fronteiras e no dia 21 de novembro teremos uma reunião com os todos os secretários de Segurança da Região Norte, com a participação dos Ministérios da Defesa e da Justiça e órgãos envolvidos com a Segurança Pública, desde a PF, PRF, PM e representantes dos Guardas Municipais. Os principais crimes que o Brasil enfrenta hoje são o tráfico de drogas, armas e de pessoas, descaminho do cigarro e roubos de cargas. E eles estão sub-investigados, as investigações estão voltadas para os crimes de colarinho branco. Não temos um membro do Ministério Público atuando nestes crimes. Então isso explica o aumento da criminalidade e a violência que o crime organizado utiliza e aqui não é diferente. Temos ciências de execução aqui no Amapá, coisa que é estranha no nosso Estado. Nessa reunião estarei convidando a todos para a participarem da reunião de 7 de dezembro”.

O deputado Marcos Reátegui, informou a reportagem que com referência a segurança das agências do Banco Postal, e dos correspondentes do Correio, são de altos custos e como são localizadas em cidades carentes, o investimento se torna mais alto. “Os custos com a segurança são incompatíveis com a receita. A segurança privada tem alto custo e como o Correio oferece um serviço público, nada mais justo que a segurança pública ofereça essa tomada de contas dos produtos e serviços que são disponibilizado para a Nação. Hoje, nossos esforços, para que possamos minimizar os efeitos danosos da delinquência que tenta se apropriar dos objetos da população que esteja sob a responsabilidade dos correios e para isso tem de ter a participação dos Estados e municípios que precisam desses serviços prestados pela estatal”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...