Empresa de Correios do Brasil se consolidando
na era digital
“Os Correios encontra-se no seu momento de
transformação. Uma nova realidade é a digital para encomendas. E temos o
sinônimo de entrega que é o SEDEX, esse é o nosso primeiro passo para o futuro.
Em breve estaremos lançando o ‘Correio Celular’, aqui no Amapá”, – Guilherme Campos, presidente da Empresa de
Correios e Telégrafos do Brasil.
Reinaldo Coelho
O presidente
da Empresa de Correios e Telégrafos do Brasil (ECT), Guilherme Campos Junior
(PSD), esteve em Macapá na última quarta-feira (14), para o lançamento do selo
comemorativo aos 15 anos da Rede SUPER FÁCIL do Estado do Amapá, além de outros
compromissos institucionais junto a superintendência regional da estatal.
O evento
comemorativo, que aconteceu no Palácio do Setentrião, com a presença dos
servidores da Rede SUPER FÁCIL – SIAC, membros da regional e do Vice-governador
Papaléo Paes e do Deputado Federal Marcos Reátegui (PSD/Ap) Aproveitando a
ocasião o ex-deputado federal e presidente nacional interino do PSD anunciou
uma nova unidade de Correios na Rede SUPER FÁCIL –SIAC na Zona Oeste de Macapá
e parabenizou o governo do Estado, através do vice-governador Papaléo Paes, que
representava o governador Waldez Góes.
“Quero
parabenizar através da diretora-presidente da rede, Luzia Grunho todos os
servidores do SUPER FÁCIL, pela parceria exitosa com os Correios. E aproveito
para agradecer ao Superintendente Regional, Heráclito, por ter permito que eu
anunciasse mais uma agencia dos correios na Rede SIAC do Amapá. Agora na Zona
Oeste de Macapá. E agradecer a presença do Deputado Federal Marcos Reátegui,
que tão bem representa o Amapá, e parabenizo os gestores e os servidores pelos
15 anos servindo o cidadão amapaense”.
A reportagem
do Tribuna Amapaense entrevistou o presidente do ECT sobre a situação dos
Correios frente a crise econômica, a sobreposição da internet, trazendo uma
queda nas atividades fins da empresa e a insegurança gerada pelos constantes
assaltos aos carteiros e as agências de correspondentes bancários nos
municípios do interior do Estado.
Ele afirmou
que são 354 anos de história da empresa, e ela, hoje, está presente em todos os
municípios brasileiros. São mais de 14 mil agências espalhadas no País. São
6.500 agencias próprias, 4.500 agencias comunitárias, são com parcerias com as
prefeituras e 1.000 agências franqueadas.
“Nascemos no
Brasil Colônia, temos o monopólio postal, esse monopólio que pela evolução da
tecnologia, vem caindo muita nas suas atividades. Os correios tem agora seu
momento de transformação e uma nova realidade, a digital, a realidade de
encomendas via postal”, explicou Guilherme Campos.
Nessa nova
realidade os Correios oferecem soluções, com tecnologia de ponta,
Transformação tecnológica
Ele
continuou explicando que a transformação que os Correios vem passando é de suma
importância para a consolidação e a transformação da Empresa de monopólio que
tinha usuário, para uma empresa que concorre e tem cliente. “Todos são agora
clientes do Correio, neste momento de transformação, recebemos uma missão do presidente
Michel Temer, a recuperação dos Correios, por isso, estamos trabalhando muito
para que isso aconteça e está acontecendo, estamos voltando para os patamares
históricos, a população brasileira está voltando a confiar, com a participação
decisiva de todos os funcionários do Correio. Um exemplo foi a participação da
empresa no ENEM, nas duas etapas, 100% cumprida”.
Ele
ressaltou que tem muitos desafios a vencer, porém, a presença nacional, essa
capilaridade ninguém tem, os Correios têm. Devido à forte capilaridade da
empresa, a prestação de serviços financeiros nas agências dos Correios
constitui-se, cada vez mais, numa importante contribuição para a inclusão
bancária de milhões de brasileiros.
Desde a
criação do Banco Postal, milhares de pessoas, que antes tinham que se deslocar
para uma cidade vizinha para realizar uma simples operação bancária, agora
contam com a comodidade de tudo poder ser feito na própria cidade onde moram.
É objetivo
nessa transformação formar parcerias e apresentar maior opções de serviço.
“Temos de ser a primeira escolha do cliente para os nossos produtos e
serviços”.
Correio Celular
Uma novidade
a ser lançada aqui no Estado do Amapá é o “Correio Celular”. A empresa entra em
operação na área de telefonia móvel, desde março deste ano, é o serviço de
telefonia dos correios, um serviço pré-pago, uma parceria feita com a EUTV.
“Essa entrada dos Correios na telefonia móvel Correios Celular vem para
complementar o conjunto de serviços oferecidos pela estatal a seus clientes,
valendo-se de parceria estabelecida com a EUTV, prestadora de Serviço Móvel
Pessoal (SMP), autorizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). A
EUTV será responsável pela infraestrutura de suporte às telecomunicações.
O objetivo é
atender os clientes que buscam serviços simples, práticos e prestados com
transparência e os pacotes foram planejados para estar entre os mais baratos do
mercado.
Para
Guilherme Campos, o grande diferencial do serviço está na associação à palavra
Correios. “Presença nacional, capilaridade, confiança e capacidade de entregar
aquilo que se compromete a realizar. Nós temos certeza de que esse passo dado,
no sentido de prover um serviço na área de telefonia celular, vai ser uma
grande atividade dentro da empresa, aproveitando toda a nossa infraestrutura
física e equipes de vendas espalhadas pelo Brasil, além de toda a tecnologia
que nossos parceiros desenvolveram e deixaram pronta para fazermos uso”, afirma
o dirigente.
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O Banco
Postal é uma parceria do Correio com o Banco do Brasil que se vale da rede de
atendimento dos Correios para a intermediação de serviços bancários básicos. Em
vários municípios chega a ser a única opção de acesso bancário. Atualmente, o
serviço é oferecidos em cerca de 6.500 agências dos Correios.
No Amapá a
redução de carteiros que optaram pelo PDV e o fechamento de duas agencias, os
assaltos a carteiros em vias públicas e à agencias de correspondentes
bancários, vem preocupando os clientes e os servidores.
O presidente
Guilherme Campos, declarou a reportagem que essa situação está acontecendo em
todos os estados e que é uma das preocupações da sua administração.
“A questão
de segurança das agências do correio e dos Bancos Postal e conseguimos um
paliativo até 31 de janeiro e vamos discutir esse tema em 7 de dezembro em uma
Audiência Pública, na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara Federal, será
fundamental a participação da Bancada Federal do Estado do Amapá e gostaríamos
que o governador do Amapá, estivesse ciente e diligente a respeito do tema. O problema
atinge nosso correspondente com o Banco do Brasil e as Lotéricas com a Caixa
Econômica. E em 900 cidades, só tem o Banco Postal como agencia bancária”.
O presidente
Guilherme Campos reforçou que a participação dos grupos financeiros dos estados
é de suma importância, devido a empresa os representar como correspondente
bancários.
Privatização
Quanto à
possibilidade de privatização dos Correios, Guilherme Campos foi enfático: – “Fomos
nomeados com um objetivo a recuperação da empresa. O presidente Temer sempre
firmou que ‘os correios, são empresas muito admirada e muito querida por todos
os brasileiros e não faz parte das empresas a serem privatizadas’. Porém, se o
Correio se reinventarem e mostrarem viáveis, outras ações serão tomadas, nosso
finalidade é recuperação, e está acontecendo, temos retomada da qualidade, o
foco são as encomendas, como alternativa postal que vem caindo no Brasil e no
mundo”.
Bancada Federal
O deputado
federal Marcos Reátegui prestou apoio ao presidente Guilherme Campos, e
prometeu levar a pauta para a bancada amapaense e conversar com o governador
Waldez Góes para tratar do assunto.
“Sou
delegado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista da Segurança,
Desenvolvimento e Integração das Fronteiras e no dia 21 de novembro teremos uma
reunião com os todos os secretários de Segurança da Região Norte, com a
participação dos Ministérios da Defesa e da Justiça e órgãos envolvidos com a
Segurança Pública, desde a PF, PRF, PM e representantes dos Guardas Municipais.
Os principais crimes que o Brasil enfrenta hoje são o tráfico de drogas, armas
e de pessoas, descaminho do cigarro e roubos de cargas. E eles estão sub-investigados,
as investigações estão voltadas para os crimes de colarinho branco. Não temos
um membro do Ministério Público atuando nestes crimes. Então isso explica o
aumento da criminalidade e a violência que o crime organizado utiliza e aqui
não é diferente. Temos ciências de execução aqui no Amapá, coisa que é estranha
no nosso Estado. Nessa reunião estarei convidando a todos para a participarem
da reunião de 7 de dezembro”.
O deputado
Marcos Reátegui, informou a reportagem que com referência a segurança das
agências do Banco Postal, e dos correspondentes do Correio, são de altos custos
e como são localizadas em cidades carentes, o investimento se torna mais alto.
“Os custos com a segurança são incompatíveis com a receita. A segurança privada
tem alto custo e como o Correio oferece um serviço público, nada mais justo que
a segurança pública ofereça essa tomada de contas dos produtos e serviços que
são disponibilizado para a Nação. Hoje, nossos esforços, para que possamos
minimizar os efeitos danosos da delinquência que tenta se apropriar dos objetos
da população que esteja sob a responsabilidade dos correios e para isso tem de
ter a participação dos Estados e municípios que precisam desses serviços
prestados pela estatal”.
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