Chuvas já começaram
a cair em algumas regiões do Amapá.
Previsão é que
chova ainda mais nos últimos dias de dezembro
O natal e a chagada de 2018 podem ser marcados por chuvas localizadas em
alguns pontos do Estado. A previsão do Núcleo de Hidrometeorologia e Energias
Renováveis do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do
Amapá (Iepa) é que no fim de dezembro chova entre 30 a 50 milímetros nos
municípios de Macapá, Santana e Mazagão. Um milímetro de chuva equivale a um milímetro
de água por metro quadrado.
De acordo com o meteorologista Jefferson Vilhena, o fenômeno é
característico da nossa climatologia, além de estar associado às mudanças
climáticas globais. “No estudo sobre a climatologia do Estado, a gente
verificou que essa climatologia está sendo alterada aos poucos. Nossas chuvas
estão cada vez mais localizadas e menos extensas em comparação aos anos
anteriores”, explicou.
De acordo com o meteorologista, já começou a chover em algumas regiões
do Amapá desde novembro. É o caso de Oiapoque, Calçoene, em algumas áreas de
Laranjal do Jari e em outras partes do interior.
Em relação à capital amapaense e aos municípios de Santana e Mazagão, as
chuvas estão chegando de forma localizadas. Ele ressalta que isso vem sendo observado
desde novembro e vem ocorrendo em pequenos centros urbanos, como em alguns
bairros.
O meteorologista destaca que essa é a grande característica deste
período e que isso ocorre por conta do aumento da nebulosidade. “É neste
momento que as chuvas começam a se tornar padrão, é o que chamamos de período
de transição, ou seja, no final de estiagem e início do período chuvoso”,
finalizou Vilhena.
Começou
os alagamentos
As primeiras chuvas de
dezembro de 2017, que caíram na madrugada de quinta-feira (14), trouxe
transtorno para os moradores dos bairros que tem áreas alagadas, o transtorno e
prejuízos causados pelos alagamentos foram inevitáveis e na queda do muro do Centro de Referência de
Assistência Social (Cras) do bairro Nova Esperança, na Zona Sul. O temporal
continuou no início da manhã e amenizou por volta de 8h em quase toda a cidade.
De acordo com o comandante
da Defesa Civil, coronel Ubiranildo Macedo, a instituição não foi acionada, mas
acompanhou o processo e esvaziamento nos pontos mais críticos da capital, a
exemplo das avenidas Professora Cora de Carvalho, no Centro, e a 13 de
Setembro, na Zona Sul. Ele falou que os canais e áreas mais baixas da cidade
não foram comprometidos.
"Como foi uma chuva
forte, nós verificamos a necessidade de algum trabalho. Algumas pessoas
bloquearam as vias naturais de esvaziamento e a vazão que é natural fica mais
lenta. Os canais e áreas baixas não foram inundados", destacou Macedo.
Na 13 de Setembro, alguns
moradores ficaram ilhados, como é o caso da dona de casa Elisângela dos Reis,
de 40 anos, que acordou com a frente da casa inundada. "Toda vez que chove
mais forte alaga por aqui e ficamos ilhados. Hoje só vou sair de casa quando a
água descer", contou Elisângela.
Outro transtorno causado
pela chuva aconteceu na Avenida 1º de Maio, na Zona Sul, onde um caminhão do
Corpo de Bombeiros ficou atolado em meio a um lamaçal e foi necessário um
guincho para fazer.
De acordo com a central de
atendimentos da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), até a publicação
desta matéria, os bairros Santa Rita, Beirol, Jardim Equatorial, São Lázaro,
Jardim Marco Zero, Pacoval, Muca, Jesus de Nazaré, Laguinho estão sem energia
elétrica.



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