AGROPECUÁRIA AMAPAENSE
O Setor Terciário do Estado alcançou crescimento recorde
em 2017
A produção agrícola no Amapá, de acordo com o IBGE, deve
aumentar 26,6% em 2017, é a uma previsão que vem se concretizando na produção
da soja, milho e arroz que lideraram o setor da produção, que deve alcançar
54,4 mil toneladas neste ano.
Reinaldo Coelho
A área colhida também teve elevação, segundo
o IBGE, que apontou um crescimento para 23.274 hectares. Desse total, 18,9 mil
são destinados apenas para plantio e colheita de soja.
O produto movimentou mais de R$ 60 milhões na
economia do Estado em 2017, de acordo com a Associação de Produtores de Soja do
Amapá (APROSOJA).
A produção agrícola do Amapá é a segunda
menor da Região Norte e a quinta menor do Brasil, mas está acima de estados
como Rio de Janeiro e Espírito Santo. A previsão de aumento local está abaixo
da nacional, que ficou em 30,1%, com colheita total de 240,3 milhões de
toneladas.
A estimativa de crescimento da economia
amapaense em 2017 é de 1,2%, ficando o Amapá entre os 20 Estados que devem
terminar este ano com recuperação econômica, sendo o 5º maior indicador do
Norte e Nordeste, ficando atrás de Maranhão (3,1%), Tocantins (1,9%), Piauí
(1,7%) e Rondônia (1,4%). A média nacional, segundo o estudo, ficou em 0,5%.
2017 foi um ano de superação para o Amapá e
para o Brasil, pois foi quando a economia brasileira começou a reagir
proporcionado um pequeno e lento crescimento econômico. O Estado do Amapá está
entre os oito Estados que mesmo com crise fizeram um planejamento e adequaram a
economia a realidade brasileira, aproveitando o folego dado pela queda da
inflação.
Aqui, o governo de Waldez Góes, que tem na
bagagem uma experiência salutar de dois mandatos cumpridos, e neste terceiro
montou uma logística a partir de sua posse em 2015, baseada em planejamento e
organização do Estado, diminuindo os investimentos, desacelerando a execução
das obras, priorizando o pagamento de servidores e fornecedores, viabilizando
decretar calamidade, o que não aconteceu.
Com essa organização administrativa e
econômica o Amapá não teve o pagamento dos servidores atrasados e vem pagando
anualmente em dia o 13º salário, e em 2017 voltou a investir com
responsabilidade em todos os 16 municípios amapaenses, trazendo para os
gestores municipais e a população uma tranquilidade no crescimento do Estado.
A manutenção de investimentos em obras estruturais
com recursos próprios, do repasse constitucional e com recursos de créditos do
BNDES, as obras voltaram a deslanchar e o setor privado, deu seu apoio e o
resultado relevante do segmento de grãos cresceu 28% em 2017 e movimentar R$ 60
milhões.
Em plena expansão a colheita de soja equivale
a 70% da produção agrícola do estado. Empresários projetam crescimento
acelerado e destacam viabilidade a partir do Porto de Santana.
Exportações do Amapá cresceu 5,6% em 1 ano e
arrecadou US$ 264 milhões, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (MDIC), o aumento registrado em 2016 foi impulsionado por
minérios, madeira e soja. Governo espera crescimento 10% a mais neste ano com o
lançamento do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). O Amapá foi o 21º
Estado brasileiro a exportar e agora assume, na região Norte, o posto de 5º
maior exportador.
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Jesus Pontes, presidente da Associação dos Criadores do Amapá
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O setor de agropecuária do Amapá, com
crescimento previsto de 9% ao ano, vem impulsionando o Produto Interno Bruto
(PIB) do Estado, segundo aponta estudo divulgado pelo Valor Econômico. A
estimativa de crescimento da economia em 2017 é de 1,2%.
Os números avaliaram a projeção da situação
financeira do Estado para o ano, nos setores de agropecuária (9%), comércio
(-2,1%) e serviços (1,3%). As previsões fazem parte do "Mapa da
Recuperação Econômica", dos economistas Everton Gomes e Rodolfo Margato e
analisa dados anuais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
O estudo divulgado pelo Valor reforça também
os efeitos diretos e indiretos da agropecuária como fator determinante da
melhoria econômica, que por sua vez, eleva o setor de serviços.
Esses números revelam a capacidade do atual
gestor estadual de gerir o Amapá, e em seu primeiro mandato (2003 a 2006), a
economia amapaense teve saldo de 6%. Nos cinco anos seguintes, de 2009 a 2014,
o percentual registrou 3,3% e este ano fecha com 1,1%.
A maioria dos investimentos, atraídos para o
Amapá, tem relação com setores siderúrgico e portuário. Os segmentos vão
receber R$ 372 milhões e R$ 137 milhões, respectivamente. As cidades que mais
devem atrair recursos são Macapá e Santana, que abrangem a Área de Livre
Comércio e a Zona Franca Verde.
Em queda por dois anos consecutivos no Amapá
devido à crise financeira, a venda de carros no estado apresentou aumento de
8,27% em 2017 quando comparado ao mesmo período de 2016.
E assim o Amapá vem driblando com
responsabilidade a crise que ainda assombra os cofres públicos e o bolso do
amapaense, mas em 2017, com as ações do governo do Estado, os 16 municípios e
seus habitantes estão satisfeitos e poderão festejar um Natal com os familiares
com a mesa ainda não farta, mas com o necessário para desejarem um Feliz Ano
Novo, que 2018 seja melhor ainda.
A retomada do Programa de Aquisição de Alimentos no Amapá
A ação foi retomada em agosto e, até o fim de
2017, atendeu 1.046 agricultores em todos os municípios do Estado.
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) visa promover o acesso à alimentação adequada e à inclusão econômica e social,
incentivando a produção sustentável, comercialização e consumo, por meio da
agricultura familiar. A ação viabiliza a compra de alimentos de agricultores
familiares para o abastecimento de entidades da rede sócio assistencial e à
merenda escolar. Entre janeiro e maio de 2017, com investimento de R$
890.120,00, o PAA atendeu 379 produtores em todos os municípios do Amapá e
beneficiou mais de 130 entidades sociais, como a Casa da Hospitalidade, em
Santana, e o Abrigo São José, em Macapá.
A ação que foi retomada em agosto e, até o
fim de 2017, atendeu 1.046 agricultores em todos os municípios do Estado. O
aumento foi possível devido a uma repactuação de recursos entre o Ministério do
Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) e o Governo do Amapá, que garantiu um
aditivo de R$ 2,5 milhões destinados à continuação do programa. Os municípios
de Cutias do Araguari e Calçoene foram os primeiros a receber atendimento. O
Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (RURAP) elaborou um cronograma para
atender as demais localidades até dezembro.
O programa é executado pelo Governo do
Estado, por meio do RURAP, desde 2008. O PAA estava paralisado desde 2013 e foi
resgatado pela atual gestão que encaminhou uma nova proposta ao MDSA permitindo
a retomada do programa em setembro de 2015.
Investindo na agricultura
O Estado do Amapá deve produzir em 2017 mais
de 53 mil toneladas de alimentos, conforme dados apresentados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa um incremento de
16,1% na produção agrícola do estado em comparação com o ano passado. A soja,
segundo o IBGE, é o carro chefe da produção agrícola amapaense, mas, outros
produtos como arroz, abacaxi e banana têm apresentado destaque no campo.
De acordo com o IBGE, a previsão é de que a
produção de soja cresça 17%, em segundo lugar está o abacaxi, com um crescimento
de 11,8%; seguido pela banana e pela mandioca, que devem crescer 6,8%; a
produção de arroz também obteve destaque vai encerrar o ano com um aumento de
3,7%.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento
Rural (SDR), o aumento está relacionado principalmente aos investimentos e
programas que o Governo do Estado tem realizado nos últimos anos com o intuito
de fortalecer o setor. Além disso, o Estado oferece linhas de crédito
diferenciadas para produtores.
Entre 2015 e 2016, o governo investiu mais de
R$ 15 milhões para aquisição de máquinas agrícolas distribuídas a prefeituras
dos 16 municípios do Estado. Essas máquinas, como tratores e arados fixos,
foram disponibilizadas a agricultores e produtores rurais. O recurso também
possibilitou a aquisição de veículos que auxiliam no escoamento da produção.
Em 2017, o governo do estado já destinou mais
de R$ 1 milhão para a aquisição de máquinas e veículos que serão entregues nos
municípios Calçoene, Itaubal, Macapá, Oiapoque e Vitória do Jari. Santos
acrescenta que os recursos para o para a aquisição de maquinas e veículos são
oriundos do Governo Federal e executados pelo Estado, que também entra com
contrapartida.
“Essa mudança permitiu mais agilidade ao
produtor rural, pois com a máquina ele consegue produzir mais”, explicou o
analista de desenvolvimento rural da SDR, Fábio dos Santos. De fato, os dados
do IBGE revelam uma ampliação da área plantada na produção de grãos e
frutíferos no Amapá. A área de plantação de abacaxi cresceu 12,6%; a de soja,
11,1%; a de mandioca 7,0%.
Incentivo – Além de maquinário agrícola, os
produtores rurais do estado podem acessar financiamentos do Fundo de
Desenvolvimento Rural do Estado do Amapá (FRAP), uma linha de crédito voltada
ao setor agropecuário. O programa visa promover a elaboração e a contabilização
de ações específicas para o desenvolvimento de atividades agropecuárias,
extrativistas vegetais, agroindústrias, pesca artesanal e aquicultura.
“O fundo oferece infraestrutura de apoio à
produção e à comercialização, fomento à produção, crédito e apoio as
instituições representativas da produção familiar”, explica o assessor técnico
da SDR, Antônio Colares.
Entre 2015 e 2017, o Governo do Estado
destinou R$ 3,5 milhões a projetos aprovados pelo programa nas áreas de
agricultura, pecuária, pesca artesanal e manejo de açaí nativo nos municípios
de Amapá, Calçoene, Cutias do Araguari, Ferreira Gomes, Laranjal do Jari,
Macapá, Mazagão, Porto Grande, Pracuúba, Santana e Tartarugalzinho.