DNIT implanta iluminação de LED no trecho urbano da BR
210
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A nova iluminação está em fase de testes, mas já faz diferença na travessia noturna da via. |
Reinaldo Coelho
Começaram a ser acionadas – ainda em fase de
testes – as novas luminárias de LED que o DNIT (Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes) mandou instalar no perímetro urbano da BR 210,
trecho que vai do Bairro São Lázaro até o quilômetro 9, onde fica o posto da
Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Há dois anos a rodovia vem recebendo obras de
mobilidade urbana, iniciando com a duplicação, a sinalização horizontal e
vertical, chegando a esta última fase, que inclui além da iluminação a
instalação de quatro passarelas elevadas.
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Superintendente Regional do DNIT, Fábio Vilarinho |
Segundo o superintendente regional do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fábio Vilarinho,
esta última fase da obra está orçada em R$ 15 milhões, recursos federais do
órgão, que foram garantidos a partir de gestões do deputado federal Vinícius
Gurgel (PR-AP), que mantém forte interlocução com a direção nacional da
autarquia.
Vilarinho explicou que além de mais
econômicas e duráveis, as luminárias de LED são o que de mais moderno existe em
termos de tecnologia para iluminação pública e apresentam um resultado muito
bom.
Mesmo em fase de testes, a nova iluminação já
agrada a motoristas e pedestres que diariamente vinham se arriscando na
travessia da via, em comunidades espalhadas ao longo do trecho urbano da BR
210, como os bairros Infraero 1 e 2, São José, Boné Azul e Brasil Novo. A
conclusão dos serviços está prevista para março deste ano.
Uma análise das obras na BR 210
O superintendente regional do DNIT no Amapá,
Fábio Vilarinho, discorreu sobre essa nova fase da revitalização da BR 210 e a
importância da presença dos moradores dos bairros do entorno urbano que criaram
uma comissão para acompanhar os serviços de iluminação e da obras das
passarelas.
“Isso é importante para as atividades do serviço
público, o conhecimento e acompanhamento dos cidadãos. Essa comissão é formada
por moradores dos bairros adjacentes, como Boné Azul, Brasil Novo, Infraero e
Açaí, que tem acompanhado, tem ajudado e tem cobrado e com uma mulher à frente,
de forma muito atuante mesmo. Isso é muito importante porque quando existe um
comprometimento da sociedade, um comprometimento das comunidades, fica até mais
gostoso fazer as coisas porque você sente o quanto aquela obra é importante
para a comunidade, o município e o estado como um todo”.
O superintendente do DNIT explicou que os
serviços já estão acontecendo entre Macapá e a localidade de Tracajatuba.
“É um trecho de seis quilômetros e meio, uma
obra dividida em quatro fases, sendo que a primeira foi de restauração entre
Macapá e a localidade do Tracajatuba, em torno de 150 quilômetros, e depois
veio a segunda fase, da duplicação, feita entre 2015 e 2015; depois disso veio
também a etapa da iluminação e das passarelas. A fase da iluminação pública já
passou da metade, alcançando ali o IFAP, mas ela vai até depois da Polícia
Rodoviária Federal, onde termina a duplicação. As passarelas serão quatro, uma
em frente ao [bairro] Boné Azul, outra em frente ao Açaí, a terceira em frente
ao Brasil Novo e outra em frente ao IFAP”.
Quanto a previsão para serem entregues essas
obras, Fábio Vilarinho estabeleceu que está sendo feito tudo para que seja
cumprido o calendário estipulado que é Março de 2018.
“O prazo estipulado, é março deste ano; no
caso da iluminação, que chegou ali em frente ao Macapaba, que foi exatamente o
trecho que a gente iluminou essa semana para testar o sistema, pois quando a
gente ligar em definitivo não pode haver falhas, pois ali é um sistema
totalmente independente, onde além da iluminação a energia é separada dos
bairros, tem transformadores próprios que estão regulados para manter a energia
estável e assim aumentar a vida útil das luminárias, sem correr o risco de
queimar alguma lâmpada, pois o Led tem previsão de durar mais de dois anos, podendo
chegar a três ou até quatro anos se a gente conseguir manter uma energia
estabilizada nesse trecho, onde são utilizadas 460 lâmpadas”. Ele também esclareceu que as áreas do entorno
são de competência do município.
“Estamos fazendo a iluminação na rodovia, então a parte urbana fica a
cargo da prefeitura, do estado ou da própria CEA”.
Vandalismo
O superintendente do DNIT-Amapá esclareceu sobre
os problemas com furto de fiação, pois já houveram casos como na ponte do
Matapi e da Sérgio Arruda, onde os vândalos surripiaram a fiação da iluminação
desses locais.
“Certo, optamos por usar a ligação por via
aérea para evitar a ocorrência de furtos. Então daí a importância dos testes,
tanto que estamos formalizando um convênio com a prefeitura e também com a CEA
para a manutenção futura, pois o DNIT só constrói, então após a conclusão das
obras da iluminação a gente vai passar a manutenção e a conservação para o
município. Mas isso também está bem avançado, tanto que a gente já passou para a
Procuradoria dar seu aval para a gente assinar o convênio”.
Inverno Amazônico e atoleiros
A estação das chuvas já chegou e sempre
existe a preocupação com relação a registro de atoleiros nos trechos não
pavimentados das rodovias federais do Amapá. O superintendente foi otimista ao
afirmar que, “não temos atoleiros, nem
no trecho que vai para Laranjal do Jari, que são 248 quilômetros, como no
trecho para Oiapoque, com pouco mais de 100 quilômetros”.
“Nós temos seis contratos de manutenção, as
empresas estão mobilizadas e estão cada uma num trecho. A gente não pode dizer
que não vai ter atoleiro, claro, porque quando você mantém uma estrada não
pavimentada isso depende muito da chuva. Mas naqueles pontos que houve registro
no ano passado a gente fez um trabalho reforçado, então só se acontecer em
outro lugar, só que a gente vai fazer o possível para que isso não aconteça e
se acontecer que as empresas mobilizadas possam resolver o mais rápido possível
e garantir assistência a quem precisar”.
Retorno da pavimentação da BR 2010
Quanto ao retorno da pavimentação dos trechos
da BR 2010, Fábio Vilarinho descreveu que quando as chuvas passarem, há
programação para retomar as obras de asfaltamento dos trecho de terra. E
definiu que a Bancada Federal conseguiu vários recursos, não através de emendas
[parlamentares], mas através do Ministério dos Transportes, do Planejamento e
também dentro do próprio DNIT, para que aconteça o início à obra em si, pois o
projeto executivo já está em fase de aprovação. A gente vai começar pelo último
trecho que vai lá do final da rodovia, no sentido de Calçoene para Oiapoque,
até o primeiro, sendo que 27 quilômetros destes já estão no DNIT [aprovados] só
que a gente precisa de recursos e a obra em si foi licitada em R$ 252 milhões e
além disso nós temos a supervisão ambiental e a supervisão da obra, então o
total da obra vai ficar em R$ 280 milhões, daí nossa luta em liberar os
recursos. Hoje nós já temos um recurso, na ordem de R$ 40 milhões, sendo que R$
13 milhões já estão alocados, empenhados para a empresa que ganhou [a
licitação] o lote 2 e o lote 3, e mais R4 3 milhões para fazer o projeto
executivo do lote 4, além de outra questão relacionada às aldeias [indígenas]”.
Aldeias indígenas
Quanto as obras de construção das aldeias,
objeto de acordo prévio, a título de compensações, num total de 11 aldeias, o
superintendente explicou que já foi construído 5 e ainda faltam 6 aldeias. “Se
não fizermos essas obras restantes teremos que parar as obras 11 quilômetros
antes de chegar até essas reservas indígenas, então no verão a gente vai
iniciar sim algumas obras, mas pode acontecer também de agora mesmo no inverno
a gente iniciar algumas das chamadas obras de arte especiais, que são as pontes
de concreto”, finalizou.
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