Amapá
ganha primeiro posto de recebimento de embalagens vazias de defensivos
agrícolas
Unidade
do Sistema Campo Limpo deve receber anualmente 80 toneladas do material
Em 2018 entrará em operação o primeiro posto
de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas do estado do Amapá.
A unidade do Sistema Campo Limpo, programa responsável pela logística reversa
do material, será gerenciada pela Aridap (Associação de Revendedores de Insumos
e Defensivos Agrícolas no Estado do Amapá) operando com capacidade anual de
destinação de 80 toneladas do material. A instalação do posto contribui para
manter o Brasil como referência e liderança mundial no setor. No país, 94% das
embalagens plásticas primárias comercializadas retornam para o Sistema. Nenhum
país com programa semelhante tem resultados tão eficientes como os brasileiros
no que diz respeito à logística reversa no campo.
O Sistema Campo Limpo foi instituído pela Lei
Federal 9.974/00, que instituiu o conceito de responsabilidade compartilhada na
logística reversa de embalagens vazias e que determina obrigações para cada elo
da cadeia produtiva agrícola, envolvendo desde os fabricantes e distribuidores
até os produtores rurais, com apoio do Poder Público. Seu funcionamento tem
início já na compra do produto pelo agricultor, uma vez que a revenda deve
indicar na nota fiscal o local onde o material deve ser devolvido. “A partir da
compra, o produtor tem a responsabilidade de, após preparar a calda para
aplicação na lavoura, lavar corretamente e inutilizar a embalagem, evitando que
ela seja reutilizada. Em até um ano devem ser entregues nas unidades fixas ou
eventos de recebimento itinerante”, explica Ana Telma Maia Soares, coordenadora
regional de Operações do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de
Embalagens Vazias). O Instituto é o núcleo de inteligência do Sistema Campo
Limpa nas atividades de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas
e promove ações de conscientização e educação ambiental sobre o tema, conforme
previsto em legislação.
A responsabilidade por dar a destinação
ambientalmente correta às embalagens vazias é da indústria fabricante
(representada pelo inpEV), que as encaminha para reciclagem ou incineração. “Ao
Poder Público cabe a fiscalização do funcionamento do Sistema, como a emissão
de licença para as unidades de recebimento dos materiais e o apoio aos esforços
de educação e conscientização do agricultor em parceria com os fabricantes e
distribuidores”.
“Com a operação do posto, o produtor, que
mantinha tudo armazenado na propriedade, agora pode cumprir com sua obrigação
legal, entregando as embalagens na unidade”, complementa a coordenadora do
Instituto. “O produtor que tiver dúvidas sobre o que fazer, encontra no site do
inpEV e na Aridap todos os esclarecimentos necessários para que cumpram com sua
responsabilidade”.
Fiscalização
A Diagro (Agência de Defesa e Inspeção
Agropecuária do Estado do Amapá) será responsável por realizar a fiscalização
das propriedades que utilizam defensivos agrícolas para garantir que as
embalagens sejam devolvidas ao posto. “Visitaremos as propriedades sempre no
período de produção. Se constatarmos que há embalagens sem devolução no prazo
de um ano o produtor será multado de acordo com o previsto na Lei de
Agrotóxicos do Estado do Amapá nº 2.246/2017” informa José Renato Ribeiro,
diretor-presidente da Agência.
Ribeiro destaca ainda, que, após a
regulamentação e aprovação da Lei de Agrotóxicos do Estado no ano passado, a
Diagro passa a ter um instrumento para acompanhar melhor essas embalagens
vazias. “Existem recomendações ambientais para que essas embalagens sejam
entregues pelos próprios produtores no posto, e a partir disso, elas são
triadas e encaminhadas para uma indústria cadastrada para reciclagem ou
incineração”. Ele também faz um alerta aos produtores quanto aos cuidados
necessários que envolvem a armazenagem do material: “o produtor deve mantê-las
em local seguro e protegido e não deve reutilizá-las para qualquer fim”.
Sobre o inpEV
Há 16 anos, o inpEV (Instituto Nacional de
Processamento de Embalagens Vazias) atua como núcleo de inteligência do Sistema
Campo Limpo nas atividades de destinação de embalagens vazias de defensivos
agrícolas e promove ações de conscientização e educação ambiental sobre o tema,
conforme previsto em legislação. É uma instituição sem fins lucrativos formada
por mais de 100 empresas e nove entidades representativas da indústria do
setor, distribuidores e agricultores.
Sobre o Sistema Campo Limpo
O Sistema Campo Limpo tem como base o
princípio das responsabilidades compartilhadas entre todos os elos da cadeia
produtiva (agricultores, fabricantes e canais de distribuição, com apoio do
poder público) para realizar a logística reversa de embalagens vazias de
defensivos agrícolas. O Brasil é referência mundial na destinação
ambientalmente correta do material, encaminhando 94% de embalagens plásticas
primárias para reciclagem ou incineração
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