Biblioteca
Elcy Lacerda
Um
Centro Cultural vivo
POEMAS, POESIAS E OUTRAS RIMAS/Coletânea é mais um lançamento literário
que prestigia os autores e poetas amapaenses.
Reinaldo Coelho
Esse é mais um evento
realizado pela Biblioteca Elcy Lacerda que, nos últimos anos, vem se
notabilizando como um espaço dedicado à cultura. Confirmando que a Biblioteca
deve ser não apenas depositária de acervo cultural, mas que deve tornar-se
também um centro cultural vivo, e a Biblioteca Elcy Lacerda vem executando
projetos que atraem o público para a instituição e principalmente incentiva a
leitura e que conheçam os autores e poetas regionais.
Na noite de lançamento do livro comas Coletâneas, aconteceu
declamações e intervenções poéticas dos escritores. Entre eles o poeta
oiapoquense Marven Junius Franklin é ele que narra a importância do evento.
No dia 23 de
fevereiro, a literatura amapaense deu mais um salto em sua linda caminhada, que
principiou com poetas como Alcyr Araújo, Isnard Lima – entre outros. O
lançamento da coletânea “Poemas, poesias e outras rimas” produzido pela
Associação Literária do Estado do Amapá (ALIEAP) – encabeçada pela poetisa Jô
Araújo e que também participa do livro. Esse lançamento se torna um marco no
processo de afirmação da literatura tucuju. Vinte poetas reunidos em um livro
ousado e com pretensões ambiciosas e com planos de participação em bienais e
outros eventos nacionais. Poetas jovens integrados aos mais experientes... Várias
nuances poéticas em harmonia – cada autor esboçando seu eu – porém , encadeados
na busca da afirmação de nossa literatura. Uma festa de estilos e gêneros, a
poesia e a prosa poética em consonância. O lançamento aconteceu na Biblioteca
Elcy Lacerda, a Meca da literatura amapaense, casa que está se caracterizando
por abrir as portas para receber os lançamentos de livros de autores
amapaenses. Lendo o que Manoel Bispo escreve na apresentação do livro...
(...) E foi alinhando
diversos eu-líricos, afinando vozes diversas num coral literalmente harmônico,
que levamos ao palco de exibição o livro...
Eu-líricos como, por exemplo, o do poeta Oiapoquense,
Marven Junius Franklin, que inclusive já fizemos uma entrevista com ele neste
caderno de cultura – autor que traz a
prosa poética da fronteira – a peculiar da linguagem do extremo norte
brasileiro. Marven vem ao lado de grandes poetas amapaenses que por si só
dispensam explanações e que humildemente emprestam sua bagagem literária como a
escritora e jornalista Alcinéa Cavalcante (que além de uma carreira literária
vitoriosa, mantem em seu blog um espaço destinado aos autores amapaenses),
Manoel Bispos considerado o melhor poeta amapaense da atualidade, Jose Pastana
poeta que dirige a Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda e Luiz Alberto
Guedes – um defensor da temática amazônica. Aliás, é bom deixar claro que esses
quatro escritores fazem parte da Academia Amapaense de Letras (AAL).
Porém, poetas da nova geração não faltam nessa antologia,
pois além do poeta da fronteira, Marven Junius Franklin, temos gratas
revelações da poesia macapaense como Jaci rocha, Ronilson Medeiros, Celestino
Filho, Eliade Cristina, Fabio Nescau, Hamilton Antunes e Rogerio Silva.
Além do mais, poetas que já tem certa trajetória
literária abrilhantam o livro com sua escrita como Maria Ester, que em 2013
lançou o badalado livro “As aventuras do professor Pierre na terra Tucuju”;
Annie Carvalho, que participou da coletânea “Quinze dedos de prosa” em 2015;
Joao Barbosa, autor do livro “Aprendendo com Versos”, 2001 e “Gritos no olhar”,
2007 entre outras antologias; Raquel Braga que participou das coletâneas
“Poetas na linha imaginaria”, 2013, “Quinze dedos de prosa” e “Poesia na boca
da noite” ambas em 2015; Neth Brazão que participou da coletânea “Poetas na
linha imaginaria”, 2013 e em 2015 das coletâneas “Poesia na boca da noite” e da
antologia de contos e crônicas “Quinze dedos de prosa”; Ricardo pontes, autor
de livros como “Expressão d’alma” e “Gotas da imaginação” e “Raízes do amanhã”
e outras antologias e Tiago Quingosta, que escreveu em parceria com outros
autores amapaenses “Foz florescente”, 2013 e “Trilogia Poética” , 2016. Quem
ganha é a cultura do Amapá – a poesia como engrandecimento da sociedade e
instrumento de conscientização social. Em breve será produzida uma coletânea de
contos. A literatura agradece!
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