sábado, 3 de março de 2018

Cultura



Biblioteca Elcy Lacerda
Um Centro Cultural vivo



POEMAS, POESIAS E OUTRAS RIMAS/Coletânea é mais um lançamento literário que prestigia os autores e poetas amapaenses.
                                                                        

Reinaldo Coelho
Esse é mais um evento realizado pela Biblioteca Elcy Lacerda que, nos últimos anos, vem se notabilizando como um espaço dedicado à cultura. Confirmando que a Biblioteca deve ser não apenas depositária de acervo cultural, mas que deve tornar-se também um centro cultural vivo, e a Biblioteca Elcy Lacerda vem executando projetos que atraem o público para a instituição e principalmente incentiva a leitura e que conheçam os autores e poetas regionais.

Na noite de lançamento do livro comas Coletâneas, aconteceu declamações e intervenções poéticas dos escritores. Entre eles o poeta oiapoquense Marven Junius Franklin é ele que narra a importância do evento.

 No dia 23 de fevereiro, a literatura amapaense deu mais um salto em sua linda caminhada, que principiou com poetas como Alcyr Araújo, Isnard Lima – entre outros. O lançamento da coletânea “Poemas, poesias e outras rimas” produzido pela Associação Literária do Estado do Amapá (ALIEAP) – encabeçada pela poetisa Jô Araújo e que também participa do livro. Esse lançamento se torna um marco no processo de afirmação da literatura tucuju. Vinte poetas reunidos em um livro ousado e com pretensões ambiciosas e com planos de participação em bienais e outros eventos nacionais. Poetas jovens integrados aos mais experientes... Várias nuances poéticas em harmonia – cada autor esboçando seu eu – porém , encadeados na busca da afirmação de nossa literatura. Uma festa de estilos e gêneros, a poesia e a prosa poética em consonância. O lançamento aconteceu na Biblioteca Elcy Lacerda, a Meca da literatura amapaense, casa que está se caracterizando por abrir as portas para receber os lançamentos de livros de autores amapaenses. Lendo o que Manoel Bispo escreve na apresentação do livro...

(...) E foi alinhando diversos eu-líricos, afinando vozes diversas num coral literalmente harmônico, que levamos ao palco de exibição o livro...
Eu-líricos como, por exemplo, o do poeta Oiapoquense, Marven Junius Franklin, que inclusive já fizemos uma entrevista com ele neste caderno de cultura  – autor que traz a prosa poética da fronteira – a peculiar da linguagem do extremo norte brasileiro. Marven vem ao lado de grandes poetas amapaenses que por si só dispensam explanações e que humildemente emprestam sua bagagem literária como a escritora e jornalista Alcinéa Cavalcante (que além de uma carreira literária vitoriosa, mantem em seu blog um espaço destinado aos autores amapaenses), Manoel Bispos considerado o melhor poeta amapaense da atualidade, Jose Pastana poeta que dirige a Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda e Luiz Alberto Guedes – um defensor da temática amazônica. Aliás, é bom deixar claro que esses quatro escritores fazem parte da Academia Amapaense de Letras (AAL).

Porém, poetas da nova geração não faltam nessa antologia, pois além do poeta da fronteira, Marven Junius Franklin, temos gratas revelações da poesia macapaense como Jaci rocha, Ronilson Medeiros, Celestino Filho, Eliade Cristina, Fabio Nescau, Hamilton Antunes e Rogerio Silva.
Além do mais, poetas que já tem certa trajetória literária abrilhantam o livro com sua escrita como Maria Ester, que em 2013 lançou o badalado livro “As aventuras do professor Pierre na terra Tucuju”; Annie Carvalho, que participou da coletânea “Quinze dedos de prosa” em 2015; Joao Barbosa, autor do livro “Aprendendo com Versos”, 2001 e “Gritos no olhar”, 2007 entre outras antologias; Raquel Braga que participou das coletâneas “Poetas na linha imaginaria”, 2013, “Quinze dedos de prosa” e “Poesia na boca da noite” ambas em 2015; Neth Brazão que participou da coletânea “Poetas na linha imaginaria”, 2013 e em 2015 das coletâneas “Poesia na boca da noite” e da antologia de contos e crônicas “Quinze dedos de prosa”; Ricardo pontes, autor de livros como “Expressão d’alma” e “Gotas da imaginação” e “Raízes do amanhã” e outras antologias e Tiago Quingosta, que escreveu em parceria com outros autores amapaenses “Foz florescente”, 2013 e “Trilogia Poética” , 2016. Quem ganha é a cultura do Amapá – a poesia como engrandecimento da sociedade e instrumento de conscientização social. Em breve será produzida uma coletânea de contos. A literatura agradece!


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