sábado, 7 de abril de 2018

Artigo do Gato


Dia 7 de abril é o dia do jornalista?
É fato que esse profissional de superlativa importância para a democracia mundial recebe generosamente várias datas como sendo alusivas a eles, a nós.
24 de janeiro - Data do padroeiro da profissão, São Francisco de Sales (bispo e doutor da Igreja Católica) para homenagear os profissionais do jornalismo.
29 de janeiro - A data é, de longe, mais citada nos calendários comemorativos brasileiros, mas, ao mesmo tempo, a que menos tem referências à sua criação. As informações vão desde uma homenagem ao jornalista e abolicionista José do Patrocínio (que teria falecido, nesta data, em 1905) até sendo uma data exclusivamente católica.
16 de fevereiro - Dia do Repórter. Ao contrário do que o senso comum, repórter não é sinônimo de jornalista. A função de repórter é apenas mais uma das que os jornalistas podem exercer.
07 de abril - Foi instituído pela Associação Brasileira de Imprensa em homenagem a João Batista Líbero Badaró, médico e jornalista, que morreu assassinado por inimigos políticos, em São Paulo, em 22 de novembro de 1830. O movimento popular gerado por sua morte levou à abdicação de D. Pedro I, no dia 7 de abril de 1831. Um século depois, em 1931, em homenagem a esse acontecimento, o dia 7 de abril foi instituído como o "Dia do Jornalista".

03 de maio - Pode ser considerado o Dia do Jornalista por ser a data da Liberdade de Imprensa, decretada pela ONU em 1993.

01 de junho - Dia da Imprensa que durante 192 anos foi comemorado, erroneamente, em 10 de setembro (atribuía-se à Gazeta do Rio de Janeiro, jornal oficial do Império, ser o primeiro jornal brasileiro). No Brasil, a Imprensa surge em 1808, quando passou a circular, em 1º de junho, o "Correio Braziliense", editado em Londres por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça.
Dessas, vou me agarrar a sete de abril definido como o dia do jornalista pela Associação Brasileira de Imprensa a (ABI) e aí juntaria a data de três de maio por homenagear princípio fundamental para o exercício da profissão. A liberdade de imprensa. Sem liberdade não se tem imprensa.  Sem a polemização dos temas de interesse do cidadão, constituímos sociedade frágil. Badaró, italiano de Laigueglia é o mártir dessa honrosa profissão, pois era um resistente e defensor ardoroso da autonomia brasileira durante o Império de D. Pedro I. Foi assassinato e seu crime ficou na impunidade.
Muitos “Badorós” tombaram nesse caminhar árduo, porém, de capital importância para a construção de uma sociedade mais justa e esclarecida. Quer seja pelo gatilho covarde que tirou a vida dessa ilustre figura pública, ou pelos pneus queimados pelos traficantes do morro do Rio de Janeiro que tiraram a vida do repórter investigativo Tim Lopes, ou pela tentativa intimidatória daquelas figuras públicas que defendem bandeiras que apregoam liberdade e igualdade, porém não aceitam críticas as suas ações públicas e fazem da justiça o escudo intimidatório dos que ouçam informar a sociedade sobre o que eles fazem na contramão do interesse público.
É fato que a profissão no Brasil passa por um processo de desgaste e descredibilidade, patrocinada por grupos políticos que gostariam que seus mal feitos continuassem no submundo, às escuras. Quem coloca luz em temas espinhosos e denuncia figurões que se acham inatingíveis são sim os jornalistas com “J” maiúsculo.
Aos pioneiros do jornalismo amapaense, que pavimentaram essa estrada que todos trilhamos, com muita garra, dificuldade e limitações infindas, mas sempre com um trabalho destacado, de qualidade. Quero em nome de Alexandre Vaz Tavares, Alcyr Araújo, Padre Jorge Basili, Haroldo Franco, Sillas Assis, Ezequias Assis, Cordeiro Gomes, Hélio Penafort, Bomfim Salgado, Correia Neto, José Jansen Costa, Rodolfo Juarez, Jeconias Alves de Araújo, Isnard Brandão de Lima Filho, Alcinéia Cavalcante, João Silva, Paulo Silva, Wilson Pontes de Sena, Carlos Bezerra, Jorge Hernani, Luiz Melo, Obdias Alves de Araújo, Hernani Marinho, Elson Martins, Trindade, Reinaldo Coelho, Humberto Moreira e tantos outros que minha memória me trai, porém que são importantes para todos nós que ainda estamos em busca da consagração nessa profissão cheia de dificuldades, porém gratificante.




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