quinta-feira, 19 de abril de 2018

Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) lança projeto Campo Futuro no Amapá


Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) lança projeto Campo Futuro no Amapá


Visita a área de produção de grãos fez parte do lançamento do Projeto Campo Futuro no Ampá_foto Cleber Barbosa


O projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), chegou ao Amapá na última quarta-feira, 18/4, durante reunião técnica envolvendo produtores rurais, representantes de sindicatos e entidades associativas, gestores e técnicos de federações e da extensão rural, coordenada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá (Faeap), Iraçu Colares. 
Esta iniciativa alia a capacitação do produtor rural à geração de informação para a administração de custos, de riscos de preços e gerenciamento da produção. “É uma honra recebermos este projeto da CNA e Senar no estado do Amapá. É um indicativo de que começamos a fazer parte do cenário da agricultura do país, a nos tornarmos importantes neste cenário, e a produção de grãos tem sido importante neste processo”, afirmou o chefe-geral interino da Embrapa Amapá, Nagib Melém, que participou da reunião técnica. Também estiveram no evento o Secretário Estadual de Desenvolvimento Rural, Robério Nobre, o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) Hélio Dantas, e o presidente da Associação de Produtores de Soja do Amapá (Aprosoja), Daniel Sebben. 
Através do projeto Campo Futuro, a capacitação dos produtores rurais é realizada por instrutores do Senar, que os auxiliam a calcular os seus custos de produção e os capacitam a utilizar ferramentas de gestão de risco, como contratos futuros e de opções e ainda com o seguro rural.  O levantamento e acompanhamento de dados econômico-financeiros é realizado pela CNA em parceria com instituições de ensino e pesquisa. Para esta etapa no Amapá, aturam como instrutores Alan Malinski, assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, e Diego Humberto de Oliveira, responsável pelo projeto Campo Futuro e pesquisador do Centro de Inteligência em Mercados da Universidade Federal de Lavras. “Agradeço o empenho e presença dos instrutores da CNA aqui conosco, além dos gestores de instituições, técnicos e produtores rurais. Hoje é o ponta pé inicial do projeto Campo Futuro no Amapá, que já é desenvolvido no Brasil com vários produtos, e fizemos a opção de começar no nosso estado pelos grãos. Na terça-feira fomos ao Porto de Santana para os instrutores terem uma ideia da estrutura portuária do estado, e nesta manhã (quarta-feira) realizamos o painel para coletar informações e à tarde faremos uma visita a área de produção de grãos no cerrado amapaense”, detalhou Iraçu Colares. 
Na ocasião, Diego Oliveira explicou aos participantes que do ponto de vista de gestão de custos, cada propriedade tem suas peculiaridades e os resultados são individuais, porém a metodologia do painel do projeto Campo Futuro tem o propósito de identificar o potencial tecnológico da região. “O ideal é trabalharmos com uma ideia e uma visão de uma propriedade em produção plena, que esteja com suas condições técnicas estabelecidas. Para fazermos um paralelo depois, do ponto de vista de pesquisas e análises, com outras etapas, seja uma área recém-aberta ou tecnologia recém-chegada”.  O conceito de propriedade modal, portanto, é identificar o quanto de potencial que a região possui em termos de utilização de tecnologias que estão sendo disseminadas.
De acordo com Alan Malinski, o projeto atua também em regiões onde são identificadas novas fronteiras da agricultura de escala comercial, a exemplo de Roraima e Amapá. “As informações que coletamos nesta reunião em Macapá é o nosso principal banco de dados de informações que vem do campo. São dados para subsidiar todas as discussões que vamos participar durante o ano, desde a defesa do produtor em audiências públicas, como definição do Plano Safra para tentar ampliar recursos ou linhas de financiamento diferenciadas, assim como garantira do preço mínimo para produtos de determinadas regiões”, acrescentou.  A reunião recebe o nome de painel, onde os produtores informam dados que são inseridos em uma planilha constando de itens como dificuldades da região, como se procede o sistema produtivo da região, quais produtos são utilizados, qual a principal doença de cada região, entre vários outros. “Posteriormente temos a confirmação dos dados com a parceira de institutos que são nossos parceiros, no caso de grãos atuamos junto com a Esalq. Todo o trabalho que fazemos tem a chancela de uma instituição. Depois devolvemos os dados aos produtores e cada um pode fazer o seu custo particular, para comparar com o modal da região”, diz Malinski
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