segunda-feira, 30 de abril de 2018

Consultor do BID confere ações de combate à mosca-da-carambola no Amapá





Gerardo Ortiz conheceu os resultados das pesquisas da Embrapa 

O consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Gerardo Ortiz, fez uma visita técnica ao Amapá para verificar as ações da superintendência local do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no controle da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) e o andamento das pesquisas da Embrapa Amapá visando subsidiar o Ministério na erradicação desta praga. Fez parte da agenda de trabalho, uma visita aos pontos dos municípios de Oiapoque, Calçoene, Tartarugalzinho, Amapá, Pracuúba, Santana e Macapá onde estão instaladas armadilhas para captura da mosca-da-carambola. Acompanhado do superintendente Federal de Agricultura no Amapá, José Victor Torres Alves Costa, e do Agente de Atividades Agropecuárias (aposentado), José Mac-Dowell Pires Filho, o consultor esteve também na área portuária de Santana e locais de embarque e desembarque de transporte fluvial em Macapá, a fim de verificar as condições de controle da saída de frutos hospedeiros da praga.
A mosca-da-carambola é uma praga quarentenária com presença restrita aos estados do Amapá e Roraima, sob controle oficial do Ministério da Agricultura. Originária do sudeste asiático é considerada espécie invasora no Brasil, Suriname, República da Guiana e Guiana Francesa. No Brasil, foi registrada em 1996 em Oiapoque, município do extremo norte do Amapá.
Na Embrapa Amapá, Gerardo Ortiz reuniu com o chefe-geral interino, Nagib Melém, e pesquisadores responsáveis pelas pesquisas de moscas-das-frutas, Ricardo Adaime da Silva e Cristiane Ramos de Jesus Barros. Na ocasião, ele tirou suas dúvidas quanto aos resultados e perspectivas dos estudos e mostrou-se otimista quanto à possibilidade do BID investir recursos financeiros nas pesquisas visando o combate da praga. Criado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe. Também realiza pesquisas de vanguarda e oferece assessoria de políticas, assistência técnica e capacitação para clientes do setor público e privado.
Na ocasião, Nagib Melém destacou para o consultor do BID que o Ministério da Agricultura estima que, se a praga ficar fora de controle no Brasil, poderá gerar um prejuízo potencial de US$ 30,7 milhões no ano inicial e de cerca de US$ 92,4 milhões no terceiro ano de infestação. Portanto, esforço da parceria entre Mapa, Embrapa e a Diagro, é concentrado para prevenir a entrada da mosca-da-carambola em áreas do Brasil produtoras e exportadoras de frutas, evitando assim prejuízos em torno de R$ 400 milhões anuais, no caso de as exportações de manga, laranja e goiaba serem suspensas, por exemplo.
A pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus Barros, líder da pesquisa com mosca-da-carambola, ressaltou que no Amapá estão instalados vários experimentos para testar produtos em apoio ao Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC), que é coordenado pelo Mapa. A intenção é ampliar as opões de tecnologias para o controle e combate da praga. “De forma geral, o objetivo é chegarmos a estratégias que apresentem, no mínimo, a mesma eficiência das tecnologias já existentes, mas com menor impacto ambiental e maior segurança para as pessoas”, explicou a pesquisadora. A expectativa da Embrapa é contribuir com produtos à base de tecnologias “mais limpas”, atendendo às demandas do PNEMC.

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