Praça Ecildo Crecêncio fortalece projeto social e intercâmbio entre jovens brasileiros e franceses

Pista de esportes radicais beneficia mais de 120 crianças e adolescentes de Oiapoque que participam do projeto Skalad´Jc na Fronteira.

A nova Praça Municipal de Esportes Ecildo Crecêncio, antes de sua inauguração, já fortalece a prática esportiva e o intercâmbio entre Brasil e Guiana Francesa. O local possui uma pista de esportes radicais que já está sendo utilizada para as atividades do projeto social Skalad’Jc na Fronteira, que atende mais de 120 crianças e adolescentes de Oiapoque.

O Skalad’Jc na Fronteira é coordenado pelo professor Jean Cloude, 47 anos. Ele contou que o projeto existe há 30 anos, executado na Guiana Francesa, onde nasceu; e ainda, na França e na Noruega, países por onde passou ao longo de sua trajetória.

Há 10 anos ele atende alunos em Oiapoque com esportes radicais nas modalidades skate, patins, BMX e patinete. O coordenador conta que somente agora, com a nova praça municipal, ele e os alunos possuem um local apropriado e digno para desenvolver os treinos e competições.

“Antes fazíamos as aulas nas ruas do município, na orla. Agora temos um espaço apropriado, bem no centro da cidade, que era a nossa maior luta. Agradecemos o espaço e o olhar cuidadoso com o nosso projeto. Acreditamos que, a partir de agora, seremos mais forte e conseguiremos tirar mais jovens das ruas e da ociosidade ensinando, além de técnicas esportivas, a ter disciplina, respeito ao próximo, além de intercâmbio cultural”, ressaltou Jean Cloude.

Intercâmbio Brasil e Guiana Francesa

O professor, semanalmente, traz alunos da Guiana Francesa para interagir com os de Oiapoque, e em breve, pontuou, a intenção é levar alunos brasileiros à Guiana.

Entre os integrantes da Guiana que estão em Oiapoque, está Anthony Cordovil, 17 anos, aluno do projeto desde os 7 anos. Ele contou dos benefícios do projeto para a sua vida e da troca de experiências com os brasileiros.

“A modalidade que mais me identifico é manobras com patins. Gosto da adrenalina que o esporte radical proporciona, pois, além de me tirar da ociosidade, gera oportunidades, como essa de interagir com outros jovens de diferentes culturas e costumes”, relatou Anthony.

Camila Silva, 15 anos, é moradora de Oiapoque e frequenta o projeto há cerca de cinco meses. Ela demonstrou sua satisfação com o novo espaço para treinos e com os benefícios do projeto social. “Antes, não tínhamos um local para fazer o nosso treino. Esse projeto veio para melhorar a nossa vida e agradeço o espaço, pois, de fato, estávamos precisando. Gosto da troca cultural também, de poder fortalecer os laços com nossos vizinhos de fronteira. Os alunos da Guiana têm mais estrutura e nos ensinam novas técnicas, e busco aprender o máximo que posso”, registrou a jovem.