Daylon Costa, 10 anos: Um diamante a ser lapidado
O sonho? Ser
um craque do futebol brasileiro.Mas falta apoio financeiro para ser realizado.
Reinaldo
Coelho
A bola e o futuro. A cada chute certo, o
sonho mais próximo. A cada boa exibição, um passo a mais em um caminho estreito
e tortuoso. A cada mudança de categoria, a certeza. A cada dia, uma provação. O
brincar de bola não cabe mais. Aos 10 anos, o futebol muitas vezes não permite
erros para quem sonha com o mundo encantado dos profissionais. Atrás de quem
conseguiu tão cedo um lugar entre os melhores clubes do Brasil, a lista de
espera é enorme. Quem quiser saber se ainda no começo da pré-adolescência é
possível apenas se divertir e, ainda assim, chegar ao sucesso no principal
esporte do país, a resposta é simples e objetiva: Não.
Consciente
dessa realidade Abrahão da Silva Costa, pai do garoto Daylon conta que com 7
anos ele já jogava na escolinha do Internacional em Macapá, quando teve uma
peneira do Internacional ele passou. "Não foi por motivo de ser muito novo
e muito frio no período e também não tinha condições financeiras de levar ele",
explica o analista de sistema, Abrahão Costa.
A descoberta
Macapá
e Santana conta com mais de 80 escolinhas de futebol e de futsal, a maioria
delas mantidas por comerciantes ou profissionais liberais que têm o futebol
como paixão. E os treinadores ou ''professores'' dessas escolinhas
invariavelmente são ex-boleiros que, após pendurar as chuteiras, procuram manter
o contato com a bola por meio do trabalho com a garotada. Quando não são
ex-profissionais, esses técnicos geralmente são ex-jogadores de clubes amadores
da cidade ou ainda pessoas da comunidade que se envolvem em projetos sociais
nos bairros. O grande problema é que esses colaboradores não têm formação
específica para exercer a função e muitos sofrem com a falta de contatos com os
grandes equipes nacionais.
Mas
elas se tornam celeiros de craques promissores que estão aguardando que um
olheiro, ou um técnico relacionado, o indique a uma peneira nacional. É o caso
de Daylon Costa, com diferencial ele já foi descoberto, e submeteu-se a
diversas peneiras em grandes clubes e passou em todas, mais problemas
financeiros e de adaptação pela pouca idade, o tem impedido a 3 anos de se estabelecer
nos grandes clubes, onde submeteu-se a avaliação e aprovado, caso do
Internacional, Flamengo, Fluminense e recentemente ao Vasco da Gama.
Seu
maior fã e aficionado incentivador, Abrahão Costa, conta que tudo começou em um dia
que ele brincava com os garotos em uma confraternização da Policia Militar. "O
sargento Guerra Brabo da PM viu ele jogado com os garotos de uma maneira diferente.
Então o convidou para jogar na Equipe do Barca. E ele foi o artilheiro de duas
competições. Agradeço o Brabo e Ronaldinho da equipe do Barca pela primeira iniciativa
de acreditar no potencial de meu filho".
Daylon
Costa começou a participar de um projeto social da Igreja Betel, a Escolinha de
Futebol de Santana, 'Estrela da Manhã'. Abrahão narra que o filho continuou
revelando sua potencialidade ali ele já treinava com os garotos de 10, 12, até
14 anos.
Foi
nesse momento que Daylon Costa passou na Peneira do Internacional com 7 Anos e
em seguida passou na peneira do Flamengo onde ficou uma semana. Passou na peneira
do Fluminense no Rio e Passou na peneira do Santos (SP).
"Não
tive como ficar e financiar ele. Pois com 12 anos os garotos podem ficar em
alojamento que o clube oferece. Em Setembro agora SEDEL fez uma peneira no Zerão
junto com os representantes do Vasco do Rio. Ele passou novamente".
A grande dificuldade é o patrocínio
A
certeza de que o sonho não vem com um caminho fácil. Aos 10 anos, Daylon Costa é um dos pequenos que esperam, um dia, sair da
escolinha de futebol e defender um clube. Espera, quem sabe, chegar à Seleção
Brasileira. Por trás do sonho, horas de treino, apoio da família, inscrições e
viagens para peneiras nacionais. Entre gastos que vão de compra de chuteira e
meião ao transporte, a conta do investimento financeiro é grande.
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