Aline Gurgel uma defensora
das mulheres amapaenses
Deputada federal eleita com mais de 16 mil
votos, tornando-se a mais votada das três mulheres eleitas (Professora
Marcivânia e Leda Sadala) e a quarta da Bancada Federal do Amapá na Câmara
Federal. Aline atua a cinco anos na política partidária em apoio as mulheres e
ao combate à violência feminina.
A partir
dessa edição estaremos trazendo aos leitores do Tribuna Amapaense uma série de
entrevistas com os novos personagens políticos que estará atuando durante o
período de 2019 a 2022 no parlamento estadual e no Congresso Nacional. A
primeira a ser escutada é a deputada federal eleita, a advogada Aline Gurgel
(PRB) com um sufrágio de 16.519 (4,53%) tornou-se a 4ª mais votada da Bancada
Federal do Amapá e a 1ª das três mulheres eleitas (Professora Marcivânia e Leda
Sadala). Aline Gurgel (PRB) iniciou sua trajetória política na juventude, como
ativista de movimentos populares e sociais; além de sua intensiva participação
na causa da criança e do adolescente, tornando-se presidente do PR Mulher. Como
militante partidária, elegeu-se a vereadora mais votada de Macapá, com 4.771, na
época filiada ao PR.
Em sua estréia
nas atividades parlamentares Aline protocolou seu primeiro projeto de Lei na
Câmara Municipal de Macapá, uma bandeira de campanha, que trata sobre o combate
a pedofilia. E nesses cinco anos de vida pública, Aline Gurgel, percorreu uma
longa estrada política, onde superou todos os desafios creditadas a uma
carreira promissora. Foi candidata ao cargo de Vice governadora em parceria com
ex-deputado estadual Bruno Mineiro; concorreu a prefeitura de Macapá e assumiu
no governo Waldez Góes a Secretaria Extraordinária de Políticas para Mulheres
do Estado e agora foi eleita a deputada federal mais votada da Bancada Federal
do Amapá.
Aline
Gurgel, que também é presidente do Diretório Estadual do PRB Amapá, afirma que
as mulheres precisam de apoio para enfrentar os problemas sociais existentes.
“Vivemos um momento de profunda transformação social em que as mulheres são
protagonistas de sua própria história, não mais como donas de casa, mas sim
como trabalhadoras que lutam pelos seus direitos. Minha luta será pelo fim da
violência contra a mulher, qualquer tipo de discriminação e preconceito”,
destacou.
O candidato
a reeleição ao executivo estadual Waldez Góes (12) que recebeu ao apoio da
deputada federal eleita a sua candidatura reconhece a qualidade técnica e
profissional da republicana. “A eleição de Aline para deputada federal foi bem acertada
e merecida. Aline tem uma vasta experiência política, profissional e está
envolvida com a luta das mulheres antes mesmo de entrar na política”, disse.
Acompanhe a entrevista da deputada federal
eleita Aline Gurgel (PRB)
Tribuna Amapaense –Gostaríamos de conhecer a trajetória da mulher, esposa,
mãe e política Aline Gurgel?
Aline Gurgel –Estou muito feliz e agradecida com essa entrevista para o
Tribuna Amapaense, reconhecido semanário amapaense. A nossa história é de
superação e sucesso, pois comecei minha vida política em 2012 como a vereadora
mais votada de Macapá e logo iniciei um trabalho de incentivo as mulheres, que
se tornou minha linha política. Incentivando, capacitando e mostrando a
importância de nos mulheres na política e fui em seguida eleita a melhor
Vereadora do Brasil por um projeto 'Vereadora na Comunidade' que fiz em todas
as comunidades do município de Macapá, sentindo na pele e levando todas as
problemáticas em forma de documentário em vídeos, entregando-os aos Ministérios
Públicos, ao governador, prefeito, deputados e vereadores, para que as
problemáticas, que tiravam o sono do comunidade, fossem solucionados, assim conseguimos
aproximar o parlamento do cidadão.
TA –Novata, mas
audaciosa politicamente, candidatou-se em 2014, a vice governadora na chapa do
então deputado estadual Bruno Mineiro, perdeu, mas o que ganhou politicamente?
AG –Foi um
grande aprendizado, não somente politicamente. Porque foi meu primeiro momento
numa majoritária, após ter sido a vereadora mais votada. Tive a oportunidade de
conhecer mais os municípios amapaenses e suas realidades sociais e estruturais.
TA –Logo em
seguida, não titubeou em aceitar o desafio de se candidatar ao executivo
municipal, e da capital do Estado, onde o eleitorado e a concorrência é maior e
desafiador. O que a motivou?
AG –Trabalhei
muito Macapá em prol do menos favorecidos, pois é uma defesa muito árdua tanto
das mulheres quando as que vivem em áreas de ressacas e precisam de uma moradia
digna. Isso nos credenciou a vir como candidata prefeita e fiquei em terceiro
lugar. Foi uma disputa árdua, porque uma mulher encabelado uma majoritária. Foi
uma experiência muito boa, pois, tive mais de 25 mil votos.
TA –Perdendo
mais com um grande cacife eleitoral e político, qual foi a ação da política
para preencher dois anos sem mandato legislativo?
AG –É, o nosso
trabalho não parou, mesmo sem mandato continuei meu trabalho em prol da
população. Os meus trabalhos sociais, são muitos fortes nas áreas de ressacas,
principalmente na Passagem Santa Fé, no Cidade Nova, com as crianças e as mães.
Dei continuidade a essas ações.
TA –Desde que se
lançou na política partidária, firmou uma linha de seu mandato voltado para o
empoderamento feminino, combate a pedofilia e prostituição infantil e combate a
violência contra a mulher. Como começou essa caminhada?
AG –Neste vácuo legislativo, assumi no atual governo Waldez
Góes, a secretaria extraordinária de Políticas para as Mulheres e isso foi
muito importante, pois tudo aquilo que eu vinha incentivando as mulheres nos
partidos eu consegui também entrar numa área muito difícil, que o combate a
violência contra as mulheres. Na secretaria nos credenciou a elaborar projetos
que vieram contribuir, realmente com a redução dos índices.
TA –Com referência a esse combate a violência contra a mulher
qual dos seus projetos na secretaria se destacaram nas aplicações junto ao
cidadão?
AG –'O Namoro
sem violência', é um projeto que lançamos e que é inédito no país. Através dele
acontece o enfrentamento da violência no namoro, que tem um índice grandíssimo
em Macapá e no Estado do Amapá. Outro é o aplicativo 'Denuncie Mulher Amapá'
que também é inédito. A mulher não será mais somente uma estatística, ela terá
políticas públicas de enfrentamento com base nos dados relativos as denuncias e
existentes no CIODES. Ali na secretaria envolvemos todos os órgãos de governo,
TJAP, MPEe tínhamos reuniões periódicas para enfrentamento e colocamos as
mulheres com possibilidades de empoderamento empreendedor. Foi um trabalho
muito bonito!
TA –Com essa
base executiva e exitosa, lhe abriu as possibilidades políticas para pleitear
um mandato federal, o que lhe daria condições de trabalhar recursos e apoio
ministeriais aos projetos voltados aos jovens e as mulheres amapaenses?
AG – Sim, me
credenciou a concorrer a uma vaga na Câmara Federal, para dar continuidade a
esse trabalho em Brasília, pois para enfrentar as políticas voltadas para as
mulheres precisamos de um orçamento digno. E essa decisão foi atendendo ao uma
proposta e aos pedidos das mulheres, dos jovens e dos homens do Amapá.
Aceitamos o desafio com o PRB e Graças a Deus conquistamos a vitoria, coroada
com 16.519 votos.
TA –Depois da
minirreforma eleitoral promovida pelo Congresso Nacional em 2015, referente a
cota para as mulheres e a já existente de 30% para candidaturas femininas. As
mulheres ainda não tem representatividade igualada a sua maioria da população
Brasileira. Como a senhora vê essa situação de 'machismo' na política
brasileira?
AG –Existe um
respeito até porque eu sou uma presidente de partido, do PRB, e no país só
existe duas presidentes de partido. Ainda temos muitas dificuldades de
incentivar as mulheres e elas tem dificuldades de adentrar nesses espaços
políticos e de conversarem de igual para igual com os homens, pois uma
sociedade somente pode ser justa e igualitária se nos estivermos unidos –
Homens e Mulheres. E não recebermos cortesias dos homens e sim de termos nossos
espaços de decisões políticas. Estamos ai com mandatos, presidimos partidos.
Mas, temos ainda um desfio enorme, apesar das conquistas, percebemos que ainda
existem barreiras fortes. No meu partido PRB foram eleitos 30 deputados
federais e somente três mulheres. Foi 10% houve crescimento? Precisamos crescer
mais, tem que ser mais 50/50% como em outros Países e na União Européia.
TA –E o que tem
que ser feito?
AG – Temos de
romper as barreiras. Precisamos conscientizar as mulheres possam entrar no
mundo político, já foi um avanço a questão do Orçamento para as nossas
campanhas para termos um orçamento digno. Isso nos ajudou e contribuiu muito
para a nossa eleição. Porque o meu partido mandou um orçamento condizente, para
que pudéssemos fazer uma grande campanha. Teremos de montar uma força tarefa
para que os partidos cumpram a legislação e falar que as mulheres posam fazer
política diariamente. Pois já fazemos quando estamos a frente de uma Associação
de Bairro, gerenciando nossos lares já estamos fazendo a boa política.
TA –Como será em
Brasília o novo desafio, em um ambiente onde temos política nacional e centenas
de personagens diversificados?
AG –É um novo
desafio, sem dúvida. Começaremos desde o primeiro dia trabalhando. Durante a
campanha afirmei que lançaria um projeto que criei para a juventude. A 'Central
do Trabalhador Jovem - CTJ' uma espécie de SINE Jovem, onde a juventude
brasileira terá um lugar especifico para ser qualificados para ser inserido no
mercado do trabalho. Pois, hoje vemos uma gama de jovens e de mulheres
desempregados. É um projeto nacional e que beneficiar principalmente o Amapá.
TA –E os
projetos voltados especificamente para o Amapá?
AG –Durante a
campanha prometi que seria uma deputada municipalista. Na câmara irei defender
os repasses dos municípios, pois as pessoas vivem nos municípios, não no
Estado.E ali que se faz necessário creches, energia elétrica, saúde
asfaltamento e ali que as coisas acontecem. Vamos dividir nossas emendas, para
que todos os municípios tenham acessos, tanto Macapá quanto Pracuúba. Pois eu
me posiciono com deputada municipalista que vai ajudar o governador do Amapá,
que se Deus quiser será o 12 a cuidar dos municípios. E que seja lá quem for o
governador estaremos cuidando de todos.
TA –Para
finalizarmos. – Conquistado o mandato federal e ainda tendo o 2º turno para o
Executivo com duas vertentes históricas disputando o governo amapaense, para
quem irá seu apoio e do seu partido?
AG –O meu apoio
político eleitoral irá para o candidato Waldez Góes o 12.
TA –Porque essa
decisão. Os programas do Waldez estão condizentes com seu trabalho voltado para
as mulheres?
AG –Foi o Waldez
Góes que criou o CAMUF, que instituiu a Secretaria das Mulheres; os CRANS;
colocou para funcionar a Delegacia Especializada para as Mulheres. O Waldez tem
um perfil de governador que defende as mulheres. Prova disso e que eu fui
secretária das Mulheres e pude lançar um aplicativo Denuncie Mulher Amapá e ele
executou o App e hoje ele está funcionando. Aumentou o orçamento da Secretaria
Extraordinária de Políticas para Mulheres do Estado tornando-o digno para
enfrentarmos a violência contra as mulheres. O Governador Waldez Góes tornou-se
um parceiro das mulheres do Amapá.
TA –E o PRB vai
de Waldez no segundo turno?
AG – Sim,
teremos uma reunião na quinta-feira e reuniremos toda a militância e lideranças
do PRB para explicar que vamos apoiar e seguir com o 12 no segundo turno. Pois ele é um governante que não persegue,
ouve a todos e dado apoio para que possamos mudar a situação de vida de toda a
população.
TA –Deixe uma
mensagem para seus eleitores e a todos os amapaenses.
AG –Estou muito feliz com minha eleição e com minha votação,
pois tivemos uma eleição muito difícil em todo o Estado e no Brasil. As pessoas
estão decepcionadas com os políticos e estavam dizendo NÃO as urnas e abstenção
foram muito grandes elas estavam muito revoltadas não somente no Amapá, mais
nacionalmente. Fizemos uma campanha de conquistas de votos sem comprar o
eleitor e explicando quem vende seu voto o preço a pagar será alto. E isso nos
trouxe o reconhecimento do nosso trabalho, como vereadora, como mulher e a
recompensa foi essa votação expressiva.
E eu quero deixar aqui uma mensagem de fé e de esperança.
Que existem pessoas boas e competentes e que vão a Brasília representar o povo
amapaense, pois é essa a função do deputado federal. Estarei representando
nossas mulheres, nossos jovens, nossos homens e o farei com muita garra. Vou
trazer as emendas pra o Estado do Amapá e que todos podem participar de nosso
mandato, pois iremos instituir o Congresso na Comunidade onde poderemos decidir
juntos quais serão as principais emendas que deverão resolver os principais
problemas de cada localidade. Podem contar com a Aline Gurgel, pois estarei
entrando com toda a força no mandato federal. E todos terão orgulho de terem
votado na Aline 1000!!!!
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