sábado, 19 de janeiro de 2019

Editorial



Orgânico é economia, é saúde, é proteção ambiental.

Mercado de orgânico cresce no Brasil e, além de promover saúde, promove o desenvolvimento econômico. No Estado do Amapá é um seguimento ainda inexplorado no seu potencial de produção e consumo, porém tem mercado, pois existe consumidores em número suficiente para alavancar o plantio e a comercialização, com tendência a crescer a partir do conhecimento das vantagens oferecidas.
Como é de conhecimento geral as terras amapaenses são consideradas com alto grau de acides, e a produção agrícola é ainda ínfima, não atendendo o mercado consumidor interno, e os adeptos dos alimentos orgânicos enfrentam uma maior dificuldade, tendo em vista que os agricultores amapaenses, não conhecem a técnica de adubação orgânica e nem a fabricação, através da compostagem de resíduos orgânicos, a maioria ofertados pela própria natureza, como os excrementos de galinhas e caprinocultura, além da própria folhagem que enriquece o solo.
Neste cenário, ver crescer a produção e consumo de alimentos orgânicos é um alento e um sinal de que novos tempos são possíveis. Já existe no Amapá, projetos em execuções através de instituições públicas como EMBRAPA/AP, RURAP, SENART, SENAI, SEBRAE. Realizações de experimentos e divulgação em escolas e canteiros de hortas orgânicas no Distrito de Fazendinha (MCP) e no Km 9 na Linha D, onde existe uma fabricação artesanal de compostagem orgânica e plantação exitosas de hortifrutigranjeiros, com a existência de uma cadeia produtiva para chegar ao produto final que o Adubo Orgânico, esta experiência está sendo compartilhada com outros agricultores principalmente o familiar, que poderá alavancar, além da plantação, a comercialização e o consumo de alimentos orgânicos, dando uma perspectiva de vida saudável aos amapaenses e gerando emprego e renda e mantendo o produtor e seus filhos no campo.
São considerados orgânicos alimentos produzidos de forma sustentável, respeitando-se e não agredindo o meio ambiente, sem a utilização de fertilizantes químicos e agrotóxicos. Segundo Ministério da Agricultura em 2016, o mercado de orgânicos faturou mais de RS 3 bilhões no mercado interno, além de RS 145 milhões em exportações. Estima-se hoje que o Brasil seja o maior produtor de arroz orgânico da América Latina.
Esses números fazem refletirmos sobre a importância não apenas de saúde e bem-estar dos orgânicos, mas o seu impacto no desenvolvimento econômico do Amapá onde caminha-se ainda lentamente, mas caminha-se, o que faz com que os produtos ainda sejam caros e fora do alcance da maioria. Mas o fato é que a produção vem aumentando ano a ano e os preços, de maneira geral podem diminuir.
Resumindo o alimento orgânico também pode ser chamado de agroecológico — de acordo com as definições estabelecidas pelos especialista em agroecologia que pode ser definida como o estudo da agricultura a partir de uma perspectiva ecológica.
A produção orgânica, principalmente à agricultura familiar, – cerca de 75% dos produtores registrados no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos são agricultores familiares. Cooperativas agrícolas dedicadas unicamente à produção orgânica espalham-se por todas as regiões do Brasil, mostrando que os agricultores familiares reconhecem na agroecologia e na produção orgânica uma maneira de comercializar alimentos com valor agregado.
A Região Norte está em segundo lugar com plantio orgânico no Brasil, com 158 mil hectares, perdendo para o Sudeste que tem mais de 300 mil hectares plantados e o Amapá precisa se inserir nesse cenário, temos área apropriada, clima e produtores interessados em participar desse segmento e, principalmente, consumidores que darão preferência a uma alimentação saudável.

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