Orgânico é economia, é saúde, é proteção
ambiental.
Mercado de
orgânico cresce no Brasil e, além de promover saúde, promove o desenvolvimento
econômico. No Estado do Amapá é um seguimento ainda inexplorado no seu
potencial de produção e consumo, porém tem mercado, pois existe consumidores em
número suficiente para alavancar o plantio e a comercialização, com tendência a
crescer a partir do conhecimento das vantagens oferecidas.
Como é de
conhecimento geral as terras amapaenses são consideradas com alto grau de
acides, e a produção agrícola é ainda ínfima, não atendendo o mercado
consumidor interno, e os adeptos dos alimentos orgânicos enfrentam uma maior dificuldade,
tendo em vista que os agricultores amapaenses, não conhecem a técnica de
adubação orgânica e nem a fabricação, através da compostagem de resíduos
orgânicos, a maioria ofertados pela própria natureza, como os excrementos de
galinhas e caprinocultura, além da própria folhagem que enriquece o solo.
Neste
cenário, ver crescer a produção e consumo de alimentos orgânicos é um alento e
um sinal de que novos tempos são possíveis. Já existe no Amapá, projetos em
execuções através de instituições públicas como EMBRAPA/AP, RURAP, SENART, SENAI,
SEBRAE. Realizações de experimentos e divulgação em escolas e canteiros de
hortas orgânicas no Distrito de Fazendinha (MCP) e no Km 9 na Linha D, onde
existe uma fabricação artesanal de compostagem orgânica e plantação exitosas de
hortifrutigranjeiros, com a existência de uma cadeia produtiva para chegar ao
produto final que o Adubo Orgânico, esta experiência está sendo compartilhada
com outros agricultores principalmente o familiar, que poderá alavancar, além
da plantação, a comercialização e o consumo de alimentos orgânicos, dando uma
perspectiva de vida saudável aos amapaenses e gerando emprego e renda e
mantendo o produtor e seus filhos no campo.
São
considerados orgânicos alimentos produzidos de forma sustentável,
respeitando-se e não agredindo o meio ambiente, sem a utilização de
fertilizantes químicos e agrotóxicos. Segundo Ministério da Agricultura em
2016, o mercado de orgânicos faturou mais de RS 3 bilhões no mercado interno,
além de RS 145 milhões em exportações. Estima-se hoje que o Brasil seja o maior
produtor de arroz orgânico da América Latina.
Esses números fazem refletirmos sobre a
importância não apenas de saúde e bem-estar dos orgânicos, mas o seu impacto no
desenvolvimento econômico do Amapá onde caminha-se ainda lentamente, mas
caminha-se, o que faz com que os produtos ainda sejam caros e fora do alcance
da maioria. Mas o fato é que a produção vem aumentando ano a ano e os preços,
de maneira geral podem diminuir.
Resumindo o alimento orgânico também pode ser
chamado de agroecológico — de acordo com as definições estabelecidas pelos
especialista em agroecologia que pode ser definida como o estudo da agricultura
a partir de uma perspectiva ecológica.
A produção orgânica, principalmente à
agricultura familiar, – cerca de 75% dos produtores registrados no Cadastro
Nacional de Produtores Orgânicos são agricultores familiares. Cooperativas
agrícolas dedicadas unicamente à produção orgânica espalham-se por todas as
regiões do Brasil, mostrando que os agricultores familiares reconhecem na
agroecologia e na produção orgânica uma maneira de comercializar alimentos com
valor agregado.
A Região
Norte está em segundo lugar com plantio orgânico no Brasil, com 158 mil
hectares, perdendo para o Sudeste que tem mais de 300 mil hectares plantados e
o Amapá precisa se inserir nesse cenário, temos área apropriada, clima e
produtores interessados em participar desse segmento e, principalmente,
consumidores que darão preferência a uma alimentação saudável.
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